Capítulo VII - Retorno

189 28 8
                                    


– Quem era?

O moreno guardou o seu celular no bolso da calça de moletom cinza, olhando para o homem de cabelos rosa e cara fechada na sua frente. Às vezes, aquela curiosidade toda de Sabito lhe dava nos nervos, e olha que o Tomioka era um poço de paciência. Giyuu Tomioka era um homem bastante atraente, e ele tinha noção disso. Pele clara, olhos azuis escuros e cabelos curtos preto azulado. Segundo Uzui, ele tinha uma beleza pouco extravagante, mas bela. Riu da lembrança do amigo, sabia que o albino de olhos magenta gostava de coisas extravagantes, fora do comum, e ficava imaginando que tipo de pessoa é o companheiro de Uzui. Seria extravagante na aparência ou na personalidade? Rezava para que não fosse como as mulheres, e até alguns homens que o albino havia saído ou manteve um longo relacionamento - sendo o maior de seis meses. Se lembrava da última vez que Tengen foi o visitar, levando uma acompanhante, que nem se deu ao trabalho de gravar o nome. Foi a pior semana da sua vida, teve uma hora que ele teve que segurar Sabito para o rosado não dar um belo tapa na cara da mulher, por ter quebrado uma lente de sua câmera.

– É só um pedaço de plástico. Credo. Aposto que não vale mais que minha bolsa da Chanel. – Disse a loira, deitada no sofá do loft, com os pés apoiados na mesinha de centro, enquanto devorava a caixa de chocolates que Sabito havia comprado para si, e avisado a todos que era dele e que não iria dividir – Hum...esse chocolate está delicioso. O coisa rosa, para de drama e vai comprar mais dessa delícia para mim.

– Como é?

– Ah, esqueci de pedir por favor. Mas eu sei, que você vai fazer isso pra mim, afinal, eu vou me casar com o Tengen.

– Jura fofa? Cuidado para não cair do cavalinho.

Disse Sabito, o homem de cabelos rosados espetados, olhos em um azul puxado para o cinza. Sabito Urokodaki era um homem calmo, quase tão calmo quanto Tomioka, e quando começa a perder a paciência, o seu lado sarcástico começa a aflorar. A mulher não gostou do tom usado pelo rosado, se levantando do sofá e indo na direção dos dois homens. À medida que ela se aproximava, Tomioka apertava o agarre em seus braços.

– Muito cuidado com a sua língua, eu não gostaria de ter um péssimo relacionamento com os empregados do irmão do meu noivo.

– Acontece anjo, que eu não sou empregado de ninguém.

– Tem certeza? Pois namorado do Giyuu você não é, não é mesmo Giyuu?

– Ele pode não ser o meu namorado, mas também não é empregado de ninguém. E tenho a certeza de que o meu irmão, não vai se comprometer com alguém como você.

– Uzui é um homem correto. E ele não vai abandonar a mulher que está esperando um filho dele.

– O que?! – exclamou Giyuu, não acreditando naquela historinha. E não acreditando que o albino fosse tão descuidado. O sorriso de vitória da loira fazia o sangue do Urokodaki ferver.

– Exatamente. Já tenho o resultado dos exames, quatro meses de gestação e a única pessoa que eu me relacionei nesses últimos tempos é o Tengen. E sendo alguém correto, eu sei que ele vai me pedir em casamento.

– Pedir quem em casamento?

Questionou o albino, adentrando na sala e vendo a pequena confusão. A notícia da gravidez se espalhou igual fogo em gasolina, não demorou muito para todos os familiares ficarem sabendo. Rengoku ficou muito preocupado, se aquilo fosse verdade, aquela garota corria sério risco de vida. Já que o corpo humano não aguentava o feto, que iria destruir e apodrecer o corpo da mãe, de dentro para fora. Shinobu exigiu um teste de gravidez e de DNA, a reação da loira foi agressiva, dizendo que eles não confiavam nela e que a estava ofendendo. No final das contas, a mulher realmente estava grávida, mas não de Uzui. Provando que ela não era tão fiel quanto afirmava. O moreno chamou o garçom, pedindo a conta e se ajeitando para ir embora. A resposta para o questionamento do rosado veio curta e objetiva.

FragmentosOnde histórias criam vida. Descubra agora