Fragmentos

Capítulo XXV - Tortura

NOTAS DA AUTORA - POR FAVOR, LEIAM

Já estou aviando que esse daqui vai ser um pouco pesado, com tentativa de estupro. Então, quem tiver algum gatilho, não recomendo que leia. E gente, acabei de perceber que estava errado o nome do irmão postiço do Zenitsu, que é Kaigaku e eu estava colocando algo parecido. Peço desculpas pelo erro. 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

– Qual é o seu maior sonho?

Olhou para o homem que estava deitado ao seu lado na cama. Haviam acabado de ter uma bela noite quente. Zenitsu ainda não podia acreditar que alguém como Uzui estava consigo. Mas decidiu não pensar naquilo e sim na pergunta feita pelo mais velho. Se espreguiçou na cama, sentindo o seu corpo sendo puxado para perto do grande corpo.

– Acho que é ir à praia. Ver o mar. Sentir aquela brisa marítima que todos falam bem.

– Você nunca foi a uma praia?

– Não tive a oportunidade. A minha família era bem humilde, sabe? Ainda é.

– Você nunca me conta nada sobre a sua família. Eu fico curioso para saber.

– Bom, não tem muita coisa para contar. Eu nunca me dei bem com o meu irmão postiço. Ele também não ajudava muito, sempre implicando comigo. Mas eu... até entendo como ele se sente. Pensa, você é o centro do universo da sua família, e do nada, você tem que dividir a atenção com um garoto que você nunca viu na vida.

– Deixa eu adivinhar, um dos seus pais se casou com um dos pais desse pirralho.

– Não. Eu nunca conheci os meus pais. Fui adotado pelo avô do pirralho. O vovô é um cara legal. Uma das melhores pessoas que eu já vi e conheci na minha vida. Sempre foi o meu modelo de pessoa.

– Você acha que ele iria gostar de mim?

– O vovô? É claro que não.

– E por que não?

– Como você mesmo diz, Tengen, você é muito extravagante.

A risada do loiro preencheu o quarto. Para Uzui, não existia som melhor do que aquele. Colocou o mais novo sob si, beijando aquela boca que o viciava a cada beijo que dava. Beijaria aquela boca para o resto da sua eternidade, e não se arrependeria nem um pouco daquela decisão. O beijo foi cortado por Zenitsu, que acariciava a bela face de Tengen. Sua voz sussurrada chamou a atenção do albino, que analisava o rosto corado do mais novo.

– E saber? Quando eu morrer, eu quero que as minhas cinzas sejam jogadas no mar. Igual aos filmes.

– Lamento ter que acabar com esse seu sonho. Mas eu não vou deixar o meu anjo morrer.

– Não me prometa algo que você não pode cumprir Tengen Uzui.

– Mas isso sim, eu posso. E vou cumprir.

– Por que você me chama de anjo?

– Porque, para mim, você completa todos os requisitos para ser um anjo. É bonito, bondoso, tem uma voz angelical, principalmente quando fala o meu nome. Mas, particularmente, eu prefiro a sua voz gemendo o meu nome.

Sorriu com a vermelhidão do rosto do Agatsuma, e de como ele desviava os olhos com qualquer tipo de elogio. Protegeria aquele anjo com todas as suas forças, não deixaria que nada machucasse Zenitsu. E por isso, sentiu o desespero tomar conta do seu corpo quando recebeu aquela mensagem de áudio do loiro. Não se importou muito em ser discreto, atravessou o mar de gente em direção ao castelo, com Kanae e Rengoku na sua cola, lhe perguntando o que havia acontecido e o motivo do seu desespero. Não teve tempo de explicar com exatidão o que estava ocorrendo, só pediu para eles o acompanhar até a academia o mais rápido possível. Todo segundo era vital para achar o seu anjo.