chapter 14- Um pedido de ajuda.

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oi guys,tô meio triste mas senti a necessidade de escrever esse capítulo,ele vai ser importante para o desenvolvimento da relação deles e tô com ideias agora, não quero perde-las.
acabei de ler é assim que acaba,da colleen hoover. O assunto do livro é muito importante, recomendo lerem.
enfim, fiquem com o capítulo de hoje :)


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A atmosfera do ambiente em que estávamos mudou completamente quando falei do corte no braço. Me arrependi amargamente por ter dito isso a ele. Quando neguei as mãos de Kozume em meu rosto,levantei rapidamente me desviando e entrando para dentro da escola que já estava aberta. Eu era patética.

Eu não estava em clima de assistir uma aula sequer. Fiquei imersa em meus pensamentos e mal prestei atenção nas aulas,e só faltava 1 semana para as provas começarem. Não tinha psicológico suficiente para ficar horas em frente a livros e cadernos. Só de pensar nisso choraminguei e afundei meu rosto no livro em cima da mesa.

Eu estava uma pessoa completamente diferente do que eu costumava ser. Era uma garota meiga,positiva, inteligente. Mas e hoje? O que eu sou? Uma garota que provavelmente entrou em uma depressão e sofre com um câncer terminal? Me questionava se fiz algum mal a alguém para passar por isso. Lágrimas insistiam em escapar,mesmo eu não sabendo como ainda tinha lágrimas. Chorei o suficiente ontem.

Fiquei inquieta na cadeira até que levanto o rosto subitamente enxugando qualquer vestígio de lágrimas que corriam levemente pelas minhas bochechas pálidas. Fiz o máximo para conseguir prestar atenção na tediante aula da Futaba-sensei,professora de japonês. Gosto dela,mas não da matéria. Acabou o quinto período e o som do sinal ecoou por toda a escola. Alguns agradeciam aos deuses por essa hora finalmente chegar,já eu revirei os olhos soltando o ar que não sabia que segurava só de pensar em uma desculpa plausível para dar a Haruka sobre eu ter saído mais cedo de casa e não ter trago meu almoço.

Pego meu celular e meus fones de dentro da bolsa e me levanto indo em direção a saída da sala, até que uma mão gélida segura levemente meu braço direito. Imediatamente paro e olho por de cima dos ombros,me virando completamente quando reparo que Kozume me encarava com um olhar vazio. Seu olhar revelava tristeza,medo. Nunca fui boa com linguagem corporal mas dava para perceber que ele estava nervoso. Mordia o lábio inferior sem parar,desviava o olhar toda hora e sua mão na qual segurava seu celular estava trêmula.

— Podemos conversar?— sinto hesitação em sua voz.

— Podemos.— retiro sua mão de meu braço,me virando de costas à ele.

Kozume passa por mim e eu sigo seus passos. Era como se tudo em minha volta estivesse em silêncio absoluto. Dava-se para ouvir só o barulho de um chiado bem no fundo de meus tímpanos e repentinamente, ouço um som de aparelhos hospitalares. O barulho do eletrocardiograma. Meus passos ficam desiguais,minha vista embaça e sinto meu corpo cair no chão. Tudo se apaga.





A brisa leve batia em meu rosto que arrepia os pelos de leve. O Sol aquecia o cobertor de uma maneira na qual eu me sentia confortável. Ouvia-se o barulho das cortinas batendo levemente uma nas outras. O canto das cigarras era um som agradável. A calmaria é algo que aprecio. Desde pequena sonho em morar num campo cheio de flores,com riachos e inúmeras árvores. Sonhava em encontrar mamãe e papai em lugares assim,sonhava com a paz que sentia falta de ter. Sentia falta da minha infância genuína,onde tudo parecia ser fácil.

 Sentia falta da minha infância genuína,onde tudo parecia ser fácil

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Dessa vez,não escuto nenhum som do medidor cardíaco. Será que estou sonhando? Será que tive algum pesadelo? Levemente,abria meus olhos me deparando com um garoto. O mesmo garoto que jogava escondido as aulas inteiras,que resmungava e quase chorava quando o Yuu-sensei pegava seu nitendo switch. O mesmo que me tratava mal,sem motivos. O mesmo garoto pelo qual eu me sentia atraída. Esse garoto olhava para um ponto fixo com os olhos sem cor marcados por profundas olheiras. Ele parecia estar tendo um misto de emoções. Tristeza,desespero,medo. Essa era as emoções que seu olhar estava passando.

Kozume?— minha voz não passou de um sussuro.

O meio loiro instantâneamente volta toda a sua atenção para mim. Ele se aproximou da cama onde eu estava deitada e seu semblante parecia esperançoso.

— Que bom que acordou— ele disse levando uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha.—, você está bem? — indagou.

— Estou bem, obrigada pela preocupação.— olhei para as folhas das árvores balançando levemente. — O que aconteceu?— perguntei simplista.

O meio loiro deu de ombros.

— Não sei ao certo o que aconteceu. Só escutei você cair no chão e chamei ajuda para te carregar até aqui.— comprimi os lábios em uma linha fina.— Você está magra, quantos dias fazem desde que comeu algo?

— Por que a pergunta?Por que finge se importar comigo agora? Por que agora?

— Estou preocupado com você,[Nome]— fiz uma expressão confusa e olhei em seus olhos que demonstravam sinceridade. Suspirei aliviada.

— Estou a 5 dias comer.— tive a certeza de ver a expressão neutra em seu rosto mudar completamente quando falei isso. Ele queria perguntar o porquê,então demonstrei que poderia prosseguir com a pergunta.

— Por que?

— Não tenho fome,simples. Aliás,o que você queria conversar comigo,hein?— eu claramente não queria prosseguir com o assunto iniciado por Kozume. Ele percebeu isso e deu de ombros.

— Sabe,[Nome].— disse levantando da cadeira e se sentando na beira da cama.— Eu queria pedir....desculpas.

Fiquei boquiaberta quando ouvi isso. Ele nunca me pediu desculpas,acho que nunca encontrou um porquê de pedir. Me ajeitei na cama.

— Desculpa por ser insensível quando perguntei da sua mão e desculpa por pressionar o seu braço.... machucado.— senti a hesitação dele ao terminar a frase.

O meio loiro que antes olhava para o nada cercou sua atenção a mim. Mais uma vez o seu olhar demonstrava sinceridade. Abaixei o rosto.

— Acho que já falei o suficiente.— se levantou.— A enfermeira disse que daqui uns.....

Engatinhei e segurei forte a sua mão. Me desequilibrei pois estava apoiando a mão enfaixada. O meio loiro me encarou petrificado.

— Por favor.....por favor,me ajude.

more than words;; kenma kozumeOnde histórias criam vida. Descubra agora