JULIETTE
Ai, estou tão feliz que o público me deixou mais uma semana! Que bom que o público me deu mais uma oportunidade de mostrar a pessoa que eu sou, infelizmente o microbiano saiu, como ele odeia esse apelido que eu dei, como as pessoas podem odiar os meus apelidos? O Rodolffo gosta que eu chame ele de Piruca, nunca reclamou. Enfim, essa semana foi muito melhor, as pessoas que antes me odiavam, agora me suportam, Gil e Sarah também me acolheram, nós conversamos bastante, nos zuamos, nos divertimos, dançamos e como o Gil fala, fazemos cachorrada. Infelizmente o Luquinhas pediu pra sair, também o bichinho não suportou a pressão, tentei fazer ele suportar, mas ele não aceitou.
Depois que o Piruca me deu seu apoio aquele dia, eu consegui renascer como uma fênix, logo depois o Gil veio falar comigo, que acha que a Karol e o grupo dela estão sendo os vilões e que eles devem sair com 100% daqui, que ela tem essa pose só aqui dentro, será? Será que vão cancelar os cancelados? Isso eu não sei, mas que fez Rodolffo e eu darmos umas boas risadas, isso fez.
A Sarah no início só ficava no quarto escutando e rindo das nossas conversas, mas ela depois me deixou conversar com ela e mostrar meu lado da história, tivemos uma conversa muito emocionante, pois lembrei da minha família, da minha irmãzinha, desde então formamos nosso grupo.
O Rodolffo continua sendo meu amigão aqui dentro, mas a gente não tem muita proximidade, pois o Caio não sai muito da cola dele, só pra vocês terem uma noção, toda vez que a gente está conversando ele chega, fica perto e fica falando ou chama ele pra alguma coisa. Mas jamais vou esquecer do que o Piruca fez por mim.
Pronto, hoje é dia de festa, a festa do líder Arthur. A festa vai ser de boteco, Eu amo um boteco! Quando eles abrem a porta logo vejo que tem instrumentos pra gente cantar, nossa que maravilha, adoro cantar!
Estamos dançando, bebendo e comendo. Quando eles liberam o palco eu sou uma das pessoas que se propõe a cantar, todos me olharam de lado e nunca que chegava a minha vez, quando a Karol ia cantar pela segunda vez com aquela voz de gasguito dela eu gritei dizendo que eu queria cantar.
- Poxa gente, eu pedi pra cantar, tô aqui esperando e a Karol vai de novo? – falo. Nego Di logo reage.
- Mas a Karol é cantora, sabe cantar. – olhei bem pra cara dele.
- Tá, mas eu pedi e quero cantar!
Muito a contra gosto a Karol me entregou o microfone.
Pedi pro Piruca tocar Ciumeira da Marília Mendonça. No momento em que comecei a cantar não se escutava mais nada por uns cinco segundos, depois todos, TODOS, começaram a gritar, eu me assustei, me perdi na música, o que faço normalmente, olho pro Rodolffo pra ele me ajudar, ele está com os olhos arregalados e com cara de bobo, mas consegue me ajudar e continuo, eu e Piruca até que fazemos uma boa dupla, nos encaramos em alguns momentos, sinto uma grande conexão com ele que eu não sei explicar. Depois, ninguém mais se opôs a eu cantar, até me pediram música.
Eu e Rodolffo tivemos uma conexão muito forte quando cantamos Calma de Jorge e Matheus, nesse momento o olhar que o Rodolffo me dirigia parecia que me queimava, me perdi algumas vezes naquele olhar que parecia que queria desvendar algo além da minha alma, pois ele parecia... encantado, isso me assustava demais, sentia que estava começando a nutrir algo que me deixava assustada, meu coração estava batendo na garganta, tentei desviar meu olhar, mas não dava, eu estava hipnotizada.
RODOLFFO
Nem acredito que vou poder tocar um violão hoje na festa do Arthur. Eu vou com o Bastião pegar bebida e algo pra comer antes que liberem o palco, quero matar a saudade do violão. Essa semana o Bastião num larga do meu pé, mas como ele é o cara que primeiro me acolheu aqui dentro, eu aceito, afinal somos amigos, ele disse que vai me proteger sempre que puder e cumpriu, me deu o colar do anjo e me livrou do paredão.
Quando eles liberam o palco eu vou direto para o violão, dedilho uns acordes pra ver se já está afinado, sento na cadeira, o Fiuk senta em outra cadeira e pega o pandeiro e quem inaugura o palco, claro que é o dono da festa, depois os outros cantores vão cantando, até que a Bastiana se infeza com a Karol pegando o microfone pela segunda vez pra cantar, justamente na vez dela, a muié já tinha pedido pra cantar, espero que a Bastiana não passe mais nenhuma vergonha, logo agora que as coisas melhoraram. Olho pra ela e claro, conseguiu depois de bater boca com a Karol. Ai essa Bastiana!
Ela me pede pra tocar Ciumeira, olha a música, da Marília, que canta numa região alta, mas faço o que ela pede. Na primeira frase da música eu encaro ela com meus olhos arregalados... que voz linda, aveludada, consigo ouvir gritos, a Bastiana até se assusta e erra a letra e eu a ajudo.
Como não sou bobo, quero cantar mais vezes com ela, mas agora eu nem preciso pedir, agora todos já dão até espaço pra ela cantar, até o Nego Di aplaudiu a muié, claro que tive muitas oportunidades de cantar com ela, nosso melhor momento juntos foi na música Calma dos meus parceiros Jorge e Matheus, parece que esses caras querem nos juntar mesmo, primeiro ela tira sarro da minha cara com eles e agora a música deles, juntamente com essa voz maravilhosa, de anjo, me fazem ir pra um lugar de paz, não sei, não consigo prestar mais atenção em nada, parece que só tem eu e ela aqui, não consigo desviar meu olhar dela, da minha Bastiana, não acredito que eu consegui me apaixonar num reality. Sim a paixão me bateu bem no meio da testa e me fez parecer um bobo em rede nacional. O que eu faço agora?
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Um amor de reality
RomanceO que acontece quando colocam dentro de uma casa, isolados do mundo, 20 pessoas totalmente diferentes? Tudo pode acontecer, inclusive um grande amor pode surgir! Juliette Freire, advogada e maquiadora de Campina Grande na Paraíba. Uma mulher de 31 a...