JULIETTE
Eu acordei, Rodolffo ainda está aqui comigo abraçado, não sei o que me deu ontem, nunca fugi de uma briga, sou da paz, mas não pisa no meu calo não, comecei chorar do nada, não me reconheço mais. Meu bixinho ficou todo preocupado comigo. Eu quero levantar pra ir no banheiro, mas o Piruca está bem grudado em mim, faço menção de sair mas ele acorda e logo fala comigo:
- Ocê tá sentindo alguma coisa Bastiana? Quer que eu faça algo?
- Não, só quero ir no banheiro, estou muito apertada.
Ele me solta e eu corro para o banheiro e faço meu xixi.
Quando saio do banheiro ele está me esperando na porta, com uma carinha preocupada, dou até razão a ele, passei por uma vergonha moral ontem.
- Ju, ocê tá bem mesmo? Te achei estranha ontem.
- Eu tô bem amor, não sei o que me deu, mas senti muita vontade de chorar, mas não sei porquê.
- Por que que ocê num chama a psicóloga e conversa com ela, ocê me deixou muito preocupado Bastiana.
- Eu sei Piruca, vou ver isso mais tarde depois do café, tô com uma fome de leão.
- Isso é bão sinal Bastiana.
Saímos juntos do quarto, de mãos dadas, como estamos com nossos amigos no vip eu vou pegando as coisas na geladeira pra fazer meu café. Abro a geladeira, pego ketchup, azeitona, acho na porta da geladeira um frasco de calda de chocolate.
- Ju meu amor, o que que ocê tá fazendo?
- Meu café da manhã ué.
- Mas que misturada toda é essa?
- Ah Piruca, eu abri a geladeira e me deu vontade de comer isso.
Pego duas fatias de pão de forma, despejo um pouco de ketchup, um pouco da calda de chocolate e vou cortando alguns pedaços de azeitona e dou uma boa mordida. Hum, que delícia! Eu até de olhos fechados eu estava, pra saborear essa delícia, quando eu abro os olhos, Piruca está me olhando com uma cara estranha.
- Que foi? – Pergunto a ele.
- Nada. Essa porcaria está boa?
- Está uma delícia. Você quer um pedaço?
- Deus que me livre e guarde.
- Ah veja, está ótimo amor, prova só. – Digo estendendo meu sanduíche pra ele provar.
- Isso deve tá horrível meu bem, eu que num vô provar isso, eu em. Só espero que ocê num passe mal depois.
- Não vou não amor, olha, eu estou ótima, não morri até agora. Vem cá vem, me dá um beijinho.
Vou até ele, passo a mão envolta da cintura dele, ele coloca sua mão entre meus cabelos e nos beijamos, um beijo calmo e romântico, ele vai descendo o beijo e vai em direção do meu pescoço, fico toda arrepiada, esse é um dos meus pontos fracos e ele sabe disso, ele também fica todo derretido quando eu coloco minha mão em sua nuca e dou um xero no seu pescoço e dou uma mordidinha ou lambo sua orelha, vou fazer isso nele, mas sinto um cheiro muito forte dele, na hora me separo dele e falo.
- Rodolffo vá tomar banho já, você está fedendo.
- Mas uai, eu num tomei banho, mas ontem eu tomei banho antes de dormir e coloquei hoje antes de sair com ocê do quarto aquele perfume que ocê tanto gosta, ocê mesma viu.
- Mas você está fedendo, tá com cheiro de bode véio.
- Não acredito nisso não, ocê só pode está querendo me deixar doido. Ocê deve tá com alguma doença, ocê tá bem? Tá sentindo alguma coisa Bastiana? Fala pra mim, eu tô muito preocupado.
- Eu estou... – não consigo terminar, me veio uma vontade de vomitar, então corro pro banheiro, e Rodolffo vem atrás me gritando.
- Juliette, ocê tá passando mal? Amor!
RODOLFFO
O que será que a Bastiana tem? Ela sai correndo pro banheiro. Vou atrás dela, meu Deus, que num seja nada grave. Quando chego no quarto ela está ajoelhada no vaso sanitário e vomitando. Seguro seu cabelo, pra ela ter melhor acesso ao vaso. Quando ela para, eu vou obrigar ela a ir no confessionário pedir um atendimento médico, será que ela está com verme? Ela então para de vomitar, ajudo ela a levantar. Ela vai em direção da pia pra escovar os dentes. Ela está escovando e do nada ela pára, olha no espelho, arregala os oios e despeja a pasta na pia, lava a boca e diz.
- Eu não acredito, não... não pode ser possível. – e sai correndo do quarto.
- Bastiana, o que foi? – vou atrás dela gritando, espero que ninguém acorde.
Ela não me responde, essa hora o confessionário ainda não está aberto, só abre na hora do raio x. Ela aperta o botão desesperada, eles não liberam. Ela vai em direção da câmera que tem no banheiro e diz.
- Preciso que abram o confessionário, preciso de atendimento médico urgente!
- Por que disso Bastiana? Ocê tem uma doença de morte?
- Deus me defenderai!
- Mas então?
- Rodolffo, por favor, me deixa sozinha, termina lá o seu café.
- Mas ocê está me deixando preocupado, nervoso.
- Eu estou preocupada também. – escuto ela falando baixinho.
Quando vou falar algo, o confessionário é liberado e ela corre e me deixa aqui sozinho e sem saber o que fazer.
Passa algum tempo e nada da Bastiana voltar, estou na sala, sentado esperando ela, estou prestes a entrar naquele confessionário, então ela volta, com os oios vermelhos, levanto muito rápido e vou em direção a ela.
- Então Bastiana, o que que houve com ocê.
Ela começa a chorar muito, de soluçar. Eu abraço ela, levo pra cozinha, dou um copo de água com açúcar pra ver se ela se acalma, pergunto se ela pode tomar né? Eu num sei o que ela tem. Ela bebe e levanta e vai pro quarto.
- Bastiana, ocê vai me dizer ou vou ter que ir atrás de alguém pra me dizer? – Pergunto assim que entro no quarto.
- Eu tô Grávida!
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Um amor de reality
RomantizmO que acontece quando colocam dentro de uma casa, isolados do mundo, 20 pessoas totalmente diferentes? Tudo pode acontecer, inclusive um grande amor pode surgir! Juliette Freire, advogada e maquiadora de Campina Grande na Paraíba. Uma mulher de 31 a...