Ícaro, elfo
— Uou... — ele, sentado na borda da cama e fitando as trevas entre si e a parede da hospedaria.
Fechou os olhos. Cintila como ouro sob o sol a verdade de que essa é uma forma mais sutil e ainda bastante eficiente de diminuir as chances de eu me voltar contra Semiramis. Ícaro estava suado, a respiração era profunda e as roupas pairavam sobre o criado mudo. A janela estava aberta e uma brisa fria entrava. Eu estava tenso, também era uma maneira de impedir de me ter fazendo algo estúpido por causa da pressão.
Camila bocejou à retaguarda do elfo, tinha as costas contra a cama e nada sobre a pele. Ela o segurara ambas as mãos quando o vira começar a agarrar as laterais dos cabelos com força, tinha sido o momento em que recebera o alerta de que a pragazinha de olhos lilases sobreviveu incólume ao que custura a Ícaro a fortuna em materiais cedidos por Semiramis. Depois de Camila o fazer olhá-la nos olhos, o soltou e começou a tirar a camisa.
— Não gosta? — quando o elfo ficara imóvel.
— Por que...? — ele, fitando os peitos redondos e atados por faixas, a pele alva e lisa da barriga com músculos suaves.
— Você é importante para Semiramis, eu não poderia pensar em um motivo maior... — ela, então sorriu. — E porque eu quero.
Eu estava a sabe-se lá quantos dias sem me aliviar, a praga demoníaca havia me tentado mostrando sua nudez algumas vezes e minhas tripas remexiam-se em agonia sob a situação em que me meti ao matar Jason. Foderam. Duas vezes, então ele dormira, acordara ainda a noite e fizeram mais duas vezes e de novo. Nunca durei tanto antes... se bem que não posso dizer que o faço corriqueiramente... nem em dia algum desde a terceira vez onde peguei uma coceira e desisti do bordel.
O breu cedera espaço a claridade da madrugada quando batidas soaram contra a porta. Ícaro, ainda sentado na cama, a fitou.
— Mensagem para Ícaro Délio do exército élfico - a moça do outro lado.
O elfo pulou da cama.
— C-certo, só um minuto! - gritou e correu à cueca sobre o criado mudo. Será que chegaram a Semiramis? Querem atualização? Estão requerendo que eu retorne às fileiras?
Pôs o resto das roupas. Camila se levantara e pusera-se ao mesmo. Ícaro a fitou colocando peça após peça e desviou o olhar ao notar a agitação da genitália.
Abriu a porta. O coração batia mais rápido no peito. Se for para me unir a tropa principal... seria bom ou ruim? A licantropa entrou no aposento.
— O exército de Sangue Branco encontra-se em Semiramis e convoca-o a se unir a ele na área três, na loja de armas do Araújo.
Porcaria. Estão aqui e me querem num lugar onde aquela praga oni pode ouvir fácil do meu paradeiro. Suor frio o marcou as costas da nuca. ''Mate, mate indiscriminadamente'' o som de correntes arrastadas sobre pedra e pés pisando em lama parafrasearam na cabeça dele. ''Terá poder o bastante para varrer seus inimigos e governar soberano'' de novo. Ícaro sentiu congelar o estômago. Talvez eu deva... foi abraçado pelas costas, um arrepio o desceu e subiu a partir da base da coluna. Camila é tão quente.
— É meu agora, garoto, se quiser posso dizer isso a seus amigos — a licantropa que o fodera, que tinha orelhas e cauda de raposa. Ela mordeu-lhe o ombro e um gemido o escapou. A mensageira olhou com pálpebras semicerradas e um leve virar de cabeça na direção contrária a ele. O elfo ruborizou, o fitar ido ao chão.
— Eu irei... — murmurou.
A licantropa canina assentiu e partiu.
— Tem certeza disso?
Ícaro engoliu em seco e virou a cabeça para fitá-la de soslaio. As íris dela eram rubras, o cheiro suor e secreções sexuais. Claro que não.
Contatou os seus zumbis pela ligação telepática. A oni estava em uma igreja na ponta sul e... aqueles idiotas! Perderam a merda da vampira! Mais que porra! Eu preciso matá-la e dar a desgraça daquele dedo infectado por poder ao tomo e então ser maior que nunca! Acertou a parede com o punho violentamente e a pedra rachou. Então viu com quem a Fearblood estava. Respirou fundo, Camila falava algo ao pé de seu ouvido, e ordenou a Musashi e Lancelote para deixar quieto. Irei pegá-la e matá-la na mesma hora. Zéfiro e os outros não vão deixá-la ir e não vão eliminá-la antes de descobrirem sobre o livro. ''Ou poderia mandar os zumbis matá-los e pegar a garota''. Fechou os punhos e andou, saindo de sob as mãos de Camila. Foi para fora do quarto. ''Apenas mate'' de novo e de novo.
Grunhiu e pisou com força no chão. Cale a porra da boca! Então a lateral da perna dele foi chutada, dobrou, ele piscou enquanto o joelho acertava o piso e punhos o agarravam as bochechas. Engoliu um gemido de dor.
— Foi bem rude saindo assim — Camila, o olhando de cima. — Eu o marquei, é meu agora.
Uou, que tesão. As mãos da licantropa eram firmes, quentes e pequenas. A figura da mulher tinha curvas tênues sob uma longa camisa, o queixo de Ícaro a encontrava a borda inferior do estômago.
— Entendeu, garoto?
Ele ruborizou.
— S-sim... - disse.
— ''Sim, mestra'' — ela.
O elfo engoliu em seco, a ereção pulsando nas calças.
— Sim, m-mestra.
Camila sorriu e puxou as bochechas dele ao alto, pondo-o os cantos da boca acima.
— Ótimo. — o soltou e caminhou para a esquerda. — Venha, precisa tomar um banho primeiro.
Pôs-se de pé e a seguiu.
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A Queda das Espadas
FantasyA Cruz do Primeiro, cidade pertencente aos vampiros, é destruída sob o ataque do exército élfico. Fugindo de lá às pressas, Stephanie Fearblood carrega consigo o prenúncio de uma catástrofe e o desespero da perda de seu lar e pai. Numa busca para im...