Capitulo 9.5° - Por que ninguém nunca me respeita?!

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Ícaro, elfo - dezoito dias após a queda da Cruz do Primeiro



— Kuahahahaha! - o samurai. - Eles não te respeitam nenhum pouco, comandante!

Nada novo sob o sol. Soltou o ar pela boca.

— Obrigado por avisar - Ícaro, fitando a elfa negra.

— Tranquilo - Hersa, coçando a traseira da cabeça. - E não fica mal não cara, a chefinha e o seu parceiro meio que tão naquele ponto inicial de um relacionamento onde a paixão tá lá em cima.

Que dourado, estão fodendo enquanto fico estudando um livro falante e lidando com um samurai informal.

O livro sussurrou para Ícaro, a voz era um mesclado de passos na lama e correntes tilintando. Então fez de novo, outra vez e o elfo mordeu o canto da boca, forte, rasgando o tecido e pondo o gosto de sangue na boca. Fica quieto!

— Cê tá bem?

As pálpebras de Ícaro subiram ao limite, desceram e subiram. Assentiu.

— Ei, moleca, por quê não o chamou quando foram ver se a vampira Fearblood sobreviveu a tal da Momi?

É Mommy, esse humano de quinhentos anos atrás só pode tá fazendo de propósito. Ela riu, o samurai riu, Ícaro expirou longa e audivelmente. Talvez eu ouça a porcaria do livro e mate ela.

— Pode me guiar até a mansão dos Fearblood? - o elfo.

— Claro! Tenho que avisar a chefinha que agora que meu trabalho terminou preciso do pagamento!

— Acha que ela vai pagar? - o samurai, encostado na parede e à esquerda da porta.

— Pouco provável!

Elfa negra e humano gargalharam. É ouro que se deem bem... acho, talvez... que porcaria, por quê não tentam se matar? Ou pelo menos parar de me usar como alvo de zombaria.


— ⚔


A carruagem rangia, os olhos amarelados de Ícaro fitavam casas, pessoas e animais pela janela. Havia sobrevivido a vila não nomeada, havia seguido na direção da igreja em chamas e pego o tomo da morte. Um livro sobre mortos, sobre os erguer de seus túmulos, criado por Necron há setecentos e setenta e sete anos e perdido por todo esse período após seu autor ser eliminado por Heracles. Foi achado pelo humano Miyamoto, que o tomo afirmou ter queimado às cinzas sob o ataque de Stephanie Fearblood.

''Me prometa a vida da garota e todo o poder já desbloqueado por meu último usuário será seu'' os passos em lama e o tilintar de corrente parafrasearam. Eu deveria matá-la de qualquer forma, aquilo tinha parado a dor do golpe desferido pelo cavaleiro, que depois me informou ser Lancelote, e a energia do livro percorrera meu corpo... prazerosa, me dando leveza e disposição que me fizeram crer que poderia lutar até com o comandante Zéfiro... então aceitei.

Ícaro baixou as pálpebras e umidade acumulou-se nos olhos. Eu achei Plinia próxima a um pequeno lago. Ela estava arfando, pálida e chorando. Pé de Pano tinha deitado ao lado. Cerrou os dentes e os punhos. O livro me disse para matá-la. A brisa acertava-o o rosto morna. Plinia tinha perdido muito sangue, não havia nenhuma pasta A1 para ganhá-la algum tempo até encontrar alguém com magia de cura... ela morreria de qualquer modo. O punho de Ícaro subiu e desceu sobre a coxa. Desgraça, ela ia morrer mesmo, pelo menos assim eu ganharia algo!

A Queda das EspadasOnde histórias criam vida. Descubra agora