Acaso

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• pov. Gizelly •

Após sair do trabalho, eu fui pra casa e tomei um banho. Fiquei um tempo trocando mensagens com minha irmã e quando olhei as horas, já marcava nove horas da noite.

Resolvi sair pra dar uma volta e me troquei colocando meu conjunto preto e uma jaqueta jeans por cima.

Look Gizelly;

Look Gizelly;

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...

Sai de casa indo até meu carro e digiri pela cidade por algum tempo, parei em uma praça onde tinha vários jovens curtindo e bebendo naquela noite. Me direcionei até um restaurante ali perto para comer algo, pedi um vinho e uma pequena porção de bife com fritas.

Meu pedido chegou uns 30 minutos depois e eu comi e tomei duas taças de vinho. Após terminar, acertei com o garçom e voltei pra praça, me sentei em um banco e comecei a mexer no meu celular fazendo uma horinha ali para depois voltar pra casa.

...

- Eu estou aqui na praça Mariana, eu não sou criança porra, tchau. ouvi uma menina falando no celular e rapidamente a reconheci quando a olhei.

Era a linda menina de olhos verdes.

- Rafaella! a chamei e ela se virou me olhando.

- Gizelly? Você de novo. falou vindo ao meu encontro.

- Eu de novo, muito decepcionada? disse rindo e ela riu me abraçando me pegando de surpresa.

Meu Deus!

- Claro que não! Retribui o abraço a apertando contra meu corpo e dei um beijo em seu rosto.

- O que faz aqui? perguntei.

- Estava em uma festa, mas eu não tenho paciência pra algumas pessoas e vim pra cá e você?

- Ah, vim dar uma volta e acabei comendo por aqui mesmo, agora estava fazendo uma horinha pra ir embora.

Ela estava a coisa mais linda do mundo com aquele vestido, linda e sexy.

- Onde você mora? Eu nunca te vi antes e hoje nos encontramos pela segunda vez.

- Eu mudei pra cá tem poucos dias, mas moro meio longe daqui.

- Acaso? perguntou rindo.

- Acaso do destino? retruquei rindo e ela sorriu tímida.

Nos sentamos no banco e começamos a conversar sobre nós, nos conhecendo melhor. Acabei descobrindo que ela era bi e eu contei sobre a minha intersexualidade, ela ficou surpresa no primeiro instante, mas disse que já tinha ouvido falar, apenas não tinha visto ainda, porém em momento algum momento ela se opôs, o que me deixou mais tranquila e feliz.

- Me acompanha em um sorvete? perguntou e eu rir afirmando com a cabeça.

- Claro.

Nós duas seguimos até a sorveteria que tinha ali perto e comprei um sorvete pra mim e pra ela, insisti em pagar e acabou cedendo.

- Blue ice é meu preferido. falou colocando uma colher na boca.

- O meu é sonho de valsa, mas gosto da maioria.

- Toma o meu. disse colocando a colher na minha boca.

- Sua vez agora. falei colocando minha colher com sorvete em sua boca. - Boca furada. falei rindo limpando o sorvete que tinha tinha escorrido no canto de sua boca.

Nossos olhares se encontraram me fazendo estremecer, juro que se ela não fosse menor de idade, eu lascava um beijo nela nesse momento.

Ficamos conversando entre muitas risadas, não bastava ser linda, tinha que ter um papo bom, um sorriso encantador, um par de olhos verdes que faziam qualquer um se apaixonar, a risada gostosa.

Meu Deus eu não posso!

- Está muito bom aqui com você, mas infelizmente preciso ir embora, amanhã tenho que levantar cedo pra trabalhar. falei.

- Ah que pena, mas podemos nos ver de novo já que o destino está nos ajudando.

- Acredita em destino?

- Sim, muito.

- Quer que eu te deixo em casa?

- Não precisa se incomodar, eu vou voltar pra festa e chamar minha irmã pra irmos embora.

- Onde é? Te deixo lá então.

- Tudo bem então, te mostro o caminho.

Fomos até o meu carro e dei partida no carro e parei na esquina alguns metros da casa que estava rolando a festa.

- Que algazarra. falei observando a muvuca dos jovens.

- Eu vim pela insistência da minha irmã, mas nem converso muito com a dona da casa, já brigamos, chatinha e implicante. falou fazendo uma careta.

- Compreendo, bom realmente preciso ir.

- Obrigada pelas horas juntas, amei conversar com você e te conhecer melhor.

- Eu também amei te conhecer melhor.

- Gostaria de conhecer outra coisa.

- Que coisa?

- O gosto do seu beijo. respondeu e me beijou me pegando totalmente desprevenida.

Ela pediu passagem com a língua e eu cedi, nossas línguas se encaixaram em uma sincronia perfeita, minha mão entrelaçou em seu cabelo puxando seus fios longos aprofundando mais o beijo que se tornou intenso, Rafaella chupou minha língua me fazendo gemer baixinho contra seus lábios, puxei seu lábio inferior e cessei o beijo com dois selinhos.

- Isso é errado, eu não posso. falei sussurrando perto de sua boca.

- Por que? É só um beijo. falou voltando a colar nossos lábios iniciando outro beijo, dessa vez um beijo com volúpia.

Rafaella passou seus braços em torno do meu pescoço passando as unhas de leve na minha nuca me fazendo arrepiar. Minha sanidade voltou e eu me separei dela.

- Você é de menor, eu sou cinco anos mais velha que você e sou policial.

- E qual o problema? Nesse momento você não é uma policial.

- Não posso Rafa, não posso... falei juntando forças e ela se afastou.

- Tchau Gizelly. ela disse séria e saiu do carro batendo a porta com tudo.

Que ódio!

Liguei meu carro e dei partido voltando pra casa.

Acaso do destino ou conspiração do universo ou apenas uma mera coincidência, eu havia a encontrado mas não podíamos ficar juntas.

...

O beijo veio aí, porém nem tudo é fácil. Rafaella é pouco apressada né? kkkkk

Entre Laços, e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora