Rotina Preferida

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● pov. Rafaella ●

2 meses se passaram, Gael já estava com seus 3 meses de vida, não era porque era meu filho não, mas ele estava cada dia mais lindo. Gizelly já tinha feito a vasectomia há pelo menos um mês e tudo tinha ocorrido bem, ela já tinha retornado ao seu trabalho. E eu estava trabalhando em casa, Gael ainda era muito novinho e eu não estava preparada pra deixá-lo já aos cuidados de uma babá.

Às vezes eu ia até a clínica para dar uma olhada nas coisas e ficar por dentro de tudo. Por falar na minha clínica, agora além de Gabi, Davi e Clara, eu havia contratado mais outros dois para me ajudar, Lília e Ronaldo. Ronaldo era auxiliador veterinário como Clara e Lília tinha se formado em medicina veterinária há alguns meses, então agora ela que era responsável por tudo quando eu não estava presente. Comprei um terreno que ficava ao lado da minha clínica e a expandi, agora eu tinha um espaço para os animais de rua, cães e gatos, os pegávamos e muitas vezes alguns vinham trazer pra gente, depois de cuidados, eu os colocava para adoção, claro, após ter certeza que iriam ser bem tratados.

...

Hoje era quarta, eu estava terminando de vestir a roupa em Sofia enquanto Laura vestia em Matteo. Marisa havia faltado hoje e os três para uma babá era sobrecarregado, apesar que agora com seus 5 anos, eles não eram de teimar muito, desde que passaram a entender, Gizelly e eu lhes ensinamos o que era certo e errado, claro, toda criança tinha suas fases, mas se não ensinasse desde cedo, a gente veria o resultado mais pra frente. Então, os três já sabiam muito bem o que podiam e não podiam fazer, apesar de umas briguinhas de vez em quando entre eles, a maior parte do tempo ficavam grudados. Laura e Marisa tinham 100% da minha confiança e eu não aceitava os três desrespeitarem as duas, sempre que eu via ou elas me falavam algo, eu os colocava no cantinho do pensamento. Os três amavam as duas claro, mas às vezes, tinham as birrinhas por nada e eu corrigia. Eu era a mãe mais séria, a que danava mais e às vezes dava uns tapinhas, Gizelly a mãe que às vezes virava uma crianças e eu tinha que por ela junto com os três de castigo. Mas, ao final de tudo, eram raras vezes em que eu ficava estressada com os três, ou melhor, os quatro.

- Pronto, está a coisa mais linda desse mundo. disse dando um beijo na bochecha de Lavínia que riu com os olhinhos fechadinhos. - Uma boneca.

- Vamos? Está na hora meus amores. Laura disse pegando a mochila dos dois.

- Tchau meu anjos, boa aula! dei outro beijo em Lavínia e Matteo veio ao meu encontro e dei um beijo estalado em sua bochecha. - Tchau Laura, até amanhã?

- Tchau Rafa, até!

Acompanhei Laura com os dois até o portão de casa o esperando sumir da minha vista. A escola não era tão longe e ficava no caminho da casa de Laura, então, ela já ia embora e os deixava lá pra mim. À tarde eu ou Gizelly os pegava na escola.

Voltei pra dentro de casa e fui até o meu quarto onde Valentina ainda dormia. Coloquei a mão em sua testa e já não estava mais quente. Gael dormia tranquilamente no berço ali do lado da minha cama.

Peguei meu notebook e fui pra sala me sentando no sofá. Joana terminava de arrumar a cozinha.

- Joana você faz aquele chazinho pra me dar a Valentina por favor? pedi.

- Faço sim, ela já acordou? perguntou.

- Não, vou só terminar uns pedidos aqui e vou acordar ela.

- Vou fazer então.

- Obrigada.

No sábado manhã, Valentina acordou dando febre e tossindo muito, a levei na pediatra quando a mesma não abaixava. Valentina havia pegado uma gripe, o sábado, domingo e segunda ela passou o dia todo deitada pois reclamava de dor no corpo e na cabeça, com os remédios que a pediatra tinha passado, os sintomas foram passando, na terça ela já estava melhor, apenas a tosse seca, mas hoje cedo acordou enjoadinha e estava com febre de novo, após dar novalgina, ela dormiu e a febre passou. Pela imunidade deles serem mais baixas devido ter nascido prematuros, eles nos assustavam com uma gripe ou um resfriado do dia pra noite, e esse negócio de falar que se um ficar, o outro fica, era mito, pois não ficavam doentes juntos, felizmente, pois quando adoeciam, ficavam enjoadinhos e querendo dengo.

Entre Laços, e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora