Aconchego

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• pov. Rafaella •

Após minha consulta e ver que estava tudo bem com nosso bebê. Gizelly foi comigo até meu petshop e ficou comigo o dia todo às vezes me ajudando em algo.

Estava feliz ter ela ali comigo.

- Rafa. me chamou.

- Oi.

- Você perguntou pra Érica sobre a possibilidade do nosso filho ser intersexual igual a mim por medo dele sofrer preconceito ou receio? perguntou e senti que ela estava tensa.

- Claro que não é receio Gi, eu te amo do jeito que você é e vou amar nosso filho do jeito que Deus me mandar ele, mas sim, eu temo por ele, não quero que nosso filho sofra preconceito, a sociedade é injusta demais.

- E eu já passei por isso, sei bem como é, eu sofri muito preconceito, mas nunca deixei me abalar graças aos meus pais e se nosso bebê for intersexual como eu, eu vou passar os mesmos ensinamentos pra ele, se amar e se aceitar como ele é. ela disse e eu assenti. - Mas não se precipita, você ouviu a obstreta, a probabilidade é maior, mas ela não afirmou, então vamos esperar.

- Eu sei.

Antes que eu pudesse continuar nossa conversa, chegou um cliente e voltei ao meu trabalho.

...

Já era noite, Gizelly e eu estávamos deitadas na cama trocando carinhos depois do jantar.

Ela estava com uma de suas pernas por entre as minhas e com a cabeça deitada em meu peito.

- Amor. a chamei.

- Huum. murmurou.

- Temos que contar pra minha mãe e para os seus pais sobre a minha gravidez.

- Não quer esperar pelo menos ele nascer pra me poder conhecer meu filho antes de morrer? ela disse me fazendo gargalhar.

- Eu não te aguento.

- É sério Rafa, agora sua mãe me mata de vez, tenho certeza.

- Minha mãe não vai fazer nada com você Gizelly.

- Se ela não me matar, vai arrancar meu pênis fora. ela falou gemendo chorosa me fazendo gargalhar mais alto ainda.

- Você rir né? Vai ficar sem seu brinquedo.

- Vou nada, dona Helena nem é louca de encostar um dedo ai.

- Ah, ela é sim.

- Eu acho que vou com você pra gente contar pra eles e depois volto.

- Sobre isso, eu quero você volte pro Brasil e more comigo.

- Gi eu já te expliquei.

- Você abre seu petshop lá em São Paulo Rafa, eu te ajudo, não vou deixar você sozinha aqui não.

- É por pouco tempo.

- Três meses é muito tempo.

- Um mês então pode ser? Pelo menos pra ver se consigo vender as coisas que já estão lá na loja e vou cancelar os pedidos que fiz, ai eu volto.

- Um mês? perguntou levando o rosto e me encarando.

- Um mês, prometo. respondi.

- Tá bom, um mês ein Rafaella, um dia a mais eu venho aqui e te levo comigo. ela disse me fazendo rir. - Não quero ficar longe dos meus dois bebês. falou depositando um beijo terno em minha testa e eu sorri segurando seu rosto fazendo um carinho ali.

- O que fez comigo pra me fazer te amar tanto? perguntei e ela sorriu.

- Deve ser o mesmo que você fez comigo.

- E o que eu fiz com você?

- Tanta coisa que não dá nem pra descrever em palavras, você chegou e com seu jeito menina mulher de ser eu me encantei e apaixonei, e quando percebi você tinha se tornado a melhor parte de mim. sorri de orelha a orelha ao ouvir o que ela tinha dito.

- Eu sou completamente apaixonada por você minha policial.

- Sua policial? questionou.

- Minha policial gata e sexy.

- Olha que posso te prender. falou provocadora.

- Me prende na sua cama. revidei com um sorriso malicioso e ela riu me dando dois selinhos.

Desceu distribuindo beijos pelo meu pescoço enquanto subia minha blusa e parou em minha barriga onde depositou um beijo demorado.

- Ei meu bebê, você ainda é grãozinho de gente, mas a mamãe te ama muito viu? Eu prometo que sempre estarei ao seu lado, você sempre terá meu colo, meu carinho e cuidado, minha proteção, e meu amor incondicional. Gi falou beijando minha barriga outra  vez e se repousou ali. Acariciei seus cabelos.

Gizelly em transmitia uma sensação de paz indescritível.

Ela era meu aconchego.

...

Gente a autora tava brincando kkkkk vcs são mto apavoradas, o bebê é da Gizelly. 👉👈

Entre Laços, e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora