Entre Laços, e Caos

Órbitas Castanhas

• pov. Rafaella •

Meu Deus que mulher maravilhosa era aquela? Confesso que fiquei meio tímida diante dela e quase não trocamos palavras, mas achei ela linda demais.

Quando ela me olhou antes sair e me deu um sorriso, me desmanchei e sorrir abobada de volta.

Igual uma trouxa.

- Impressão minha ou você gostou da Gizelly? Manu me questionou com um sorrisinho.

- Ela parece ser gente boa. respondi.

- Eu estou falando de outro modo.

- Claro que não Manu, pirou?

- E os sorrisos bobos que você soltou pra ela?

- Eu só estava sendo gentil Manoela, para de criar fanfic na sua cabeça.

- Fanfic né? Sei.

- Não é porque eu sou bi que saio pegando geral.

- Até porque você não está pegando ninguém né meu anjo? falou irônica.

- Porque ninguém está me interessando no momento.

- A Gizelly interessou. falou rindo e eu bufei me levantando.

- Vamos embora Manu, chega desse assunto.

Nós duas nos direcionamos ao caixa e pagamos nosso almoço. Em seguida fomos pra minha casa e passamos o resto do dia jogando conversa fora, na verdade, estudamos um pouco, faltava alguns meses pra mim começar minha faculdade de medicina veterinária e eu tirava algumas horas todos os dias para estudar. Se eu não me formasse, minha mãe era capaz de prender nessa casa, sem me deixar fazer nada. Ela era incrivelmente rígida, seu trabalho de delegada servia bem à ela, claro, era carinhosa, mas sempre com sua postura de séria.

Mais tarde Manu foi embora e eu fui tomar um banho, Gizelly logo veio fazer presença na minha cabeça, aquelas órbitas castanhas tão penetrantes.

Porra Rafaella! Para de pensar nessa mulher, nem sabe se vai ver ela outra vez.

Mas que ela era linda demais. Ela era.

Sai do banheiro enrolada na toalha voltando pro meu quarto, me sequei e vesti minha roupa.

- Maninha! Mari entrou com tudo no meu quarto me assustando.

- Porra Mariana! Quer me matar do coração?

- Que isso? Está fazendo algo de errado pra levar tanto susto desse jeito.

- Claro que não, mas se você não está vendo, ali tem uma porta onde as pessoas costumam bater antes de entrar. falei irônica e ela revirou os olhos.

- Só vim te avisar que vamos à uma festa hoje, então bora trocar de roupa. falou animada.

- Que festa? perguntei.

- Na casa da Gabi.

- Ah mas eu não vou mesmo.

- Vai sim, ela mandou te chamar.

- Até parece que ela gosta de mim pra ser tão gentil nesse ponto.

- Ela não tem nada contra você, vocês duas brigaram por causa do Arthur e pra que? Pra nada.

- Realidade, ela brigou comigo porque eu fiquei com ele, enfim, foda-se, quem nunca fez merda na vida né? A minha foi ter beijado ele.

- Os fatos, então se arruma, enquanto isso vou tomar um banho pra irmos.

- Eu não vou Mariana.

- Vai sim.

- Já pediu a dona Helena pra irmos?