Recomeçar

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• pov. Gizelly •

Depois de insistir para a delegada Kalimann que eu precisava ir atrás da filha dela e que era um caso urgente ela me liberou por 3 dias. Agradeci mentalmente por não ter que precisar falar sobre a gravidez dela ainda.

Na quinta peguei um vôo três horas da manhã. Mariana tinha me passado o endereço da casa e do petshop de Rafa.

Eu ia abaixar minha guarda e tentar conversar com ela com calma para a gente não brigar novamente.

...

• pov. Rafaella •

Cheguei em casa por volta da sete horas da noite, estava cansada, o dia hoje havia sido cheio, tomei um banho pra relaxar e depois me direcionei a cozinha e comecei a preparar o jantar.

Alisei minha barriga que ainda não estava à amostra com um sorriso no rosto e em segundos a tristeza se fez presente. Amanhã cedo eu iria fazer meu primeiro ultrassom e sozinha.

...

Havia acabado de fazer o jantar e o interfone tocou.

- Quem é? perguntei.

- Senhorita Rafaella, tem uma mulher aqui falando que te conhece, atende pelo nome de Gizelly Bicalho posso deixá-la subir? Meu coração acelerou e me deu um frio na barriga ao ouvir o nome de Gizelly.

O que ela estava fazendo aqui?

- Pode. respondi.

Minutos depois ouvi a campanhia e abri a porta me deparando com a morena na minha frente.

- Entra. falei dando passagem e ela passou por mim com uma mala.

- A gente precisa conversar. disse.

- Gizelly a gente não tem nada pra conversar.

- Tem sim, você está grávida e esse filho é meu. falou firme.

- Agora ele é seu? revidei.

- Rafaella me ouve. ela pediu e eu ri irônica.

- Quando eu pedi pra você me ouvir, levei block como resposta.

- A gente não se falava por um tempo e você me aparece falando que tá grávida o que queria que eu pensasse?

- Poderia pensar o que quisesse, mas me ouvisse primeiro.

- Tudo bem, eu me precipitei, eu devia ter deixado você falar. ela disse e eu abaixei a cabeça fechando os olhos sentindo raiva. - A Bianca me disse, mas eu quero ouvir da sua boca que esse bebê é meu.

- Não, não é seu Gizelly. respondi e ela me olhou boquiaberta.

- Rafaella! senti ela ficando tensa.

- Eu dormir com o Braian depois que voltei pra cá, é dele. menti.

- Então eu sai do Brasil pra vir atrás de você pra você me dizer que não é meu. ela disse chorando e meu coração se apertou.

Não consegui falar nada.

- OLHA NA PORRA DOS MEUS OLHOS E FALA QUE ESSE FILHO NÃO É MEU. ela gritou segurando meu queixo me fazendo olhá-la.

- É claro que é seu. falei e ela me soltou.

- ESTÁ ACHANDO QUE EU SOU O QUE RAFAELLA?

- Uma idiota.

- A idiota é você que está fazendo hora com a minha cara.

- Se fosse do Braian acha mesmo que eu iria te mandar mensagem falando que estou grávida?

- Você acabou de dizer que dormiu com ele.

- Mas eu tomei anticoncepcional e esqueci de tomar quando tivemos nossa noite.

- E por que mentiu dizendo que é dele?

- Porque eu estou com raiva de você, mas infelizmente a porra do meu coração se importa com você e me arrependi no mesmo segundo ao te ver chorar.

- Se realmente importasse comigo, não teria me dito adeus depois daquela noite especial que tivemos e nem dito que foi um erro.

- Foi um erro eu ter traído do Braian, ele não merecia.

- E nossa noite foi? perguntou firme olhando dentro dos meus olhos.

- Não. respondi presa em seu olhar.

- Eu queria te odiar sabia? ela disse me puxando pela cintura colando nossos corpos e eu suspirei.

- Eu também queria poder te odiar, mas eu não consigo. falei baixinho e Gi encostou nossas testas.

- Eu vou cuidar de vocês. ela disse acariciando minha barriga e aplicou um beijo terno na minha bochecha.

Me sentia protegida em seus braços.

- Eu não voltar pro Brasil agora.

- Por que?

- Eu acabei de abrir meu petshop, não posso fechar assim do nada, preciso pelo menos esperar mais uns meses, se não meu lucro vai por água a baixo.

- Quantos meses?

- Não sei, uns três mais ou menos, depende.

- Rafaella eu não quero ficar longe de você e nosso filho.

- Depois a gente conversa melhor sobre isso, não vamos brigar de novo, por favor, eu não aguento mais. falei cedendo.

Eu não aguentaria outra briga com Gizelly.

- Tudo bem, vamos resolver as coisas aos poucos tá? ela disse e eu afirmei com a cabeça. - Chega de briga.

- Me perdoa. pedi.

- Só se você me perdoar também, nós duas erramos, vamos recomeçar.

- Vamos fazer certo agora.

- Vamos. sorrir e ela aproximou seu rosto do meu e colou nossos lábios.

O beijo começou tímido, meu coração acelerou, duas vieram de encontro ao meu rosto e fez um carinho de leve, senti meu corpo se arrepiar e rapidamente entrelacei minhas mãos em seu cabelos puxando seus fios da nuca. Suas mãos desceram pela minha cintura onde ela apertou com certa força me fazendo gemer contra seus lábios.

Ela tinha uma puta de uma pegada gostosa.

O beijo se aprofundou ficando intenso e com vontade, nossas línguas se encaixavam perfeitamente em sincronia, e só cessamos o beijo quando o ar fez falta.

- Como é bom ter você aqui comigo. falei sorrindo e ela depositou um beijo em minha testa e voltou a me olhar.

- É maravilhoso está aqui com você. ela disse e eu depositei vários selinhos em seus lábios e ela segurou meu rosto e recomeçamos o beijo, nossas línguas numa dança deliciosa, puxei seu lábio inferior e dessa vez ela que gemeu.

- Me faça sua. pedi sem vergonha alguma.

- Você é minha, só minha. falou firme e assenti balançando minha cabeça.

- Só sua.

E essa era a mais pura verdade.

...

Veio favelaaaaaa!

Eu ouvi um amém? kkkkk

Estão preparadas para o próximo capítulo mores? 👀

Me digam porque tão achando que o filho não é da Gizelly. Quero saber da teoria de vocês. 🤔

Entre Laços, e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora