Discussão

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• pov. Rafaella •

Esperei minha mãe sair para o trabalho e me levantei, fiz minha higiene matinal e me troquei. Logo em seguida fui até a cozinha me encontrando com minha irmã que estava tomando café e Maria que estava na cozinha.

- Bom dia. falei animada e minha irmã me olhou curiosa.

Eu sempre acordada de mal humor, mas hoje era um dia completamente diferente, eu acordei pra ver ela.

- Bom dia Rafa. Maria disse com um sorriso.

- Que bom humor é esse? E por que acordou cedo?

- Vou em um lugar aí.

- Que lugar?

- Na Gizelly.

- Que?

- Ontem nós duas conversamos e ela me mandou o endereço da casa dela e me pediu pra ir lá agora cedo.

- Você insistiu tanto que ela acabou cedendo ein.

- Eu sei que ela também quer, está se fazendo de difícil.

- Eu entendo ela, realmente eu não gostaria de estar no lugar dela, é complicado.

- Ninguém precisa saber, quando eu fazer 18 anos já não vai ser errado mais.

- E se nossa mãe descobrir?

- Ela não vai, agora vamos acabar de tomar café porque você vai me deixar lá na casa dela.

- Jurou né?

- Eu estou falando sério, vai maninha nunca te pedi nada.

- A cara nem queima.

Terminamos de tomar café e Mari pegou suas coisas e fomos pro seu carro. Após 20 minutos chegamos em frente ao prédio que eu esperava ser o de Gizelly.

- Obrigada maninha, beijo. falei dando um beijo em sua bochecha.

- Tchau, cuidado para não se machucar. ela disse e deu partida no carro.

Entrei no prédio e segui até o elevador, subi até o quinto andar e logo após o mesmo abrir, fui até o apartamento 22 e toquei a campanhia ao lado da porta.

Talvez ela ainda estivesse dormindo, esperei uns 5 minutos e quando ia tocar novamente a porta se abriu revelando aquela mulher que era linda até ao acordar.

- Desculpa, te acordei né?

- Na verdade, só estava deitada mesmo, entra. falou dando passagem e eu entrei.

- Licença.

- Fique a vontade, só um minuto, já volto.

Assenti e me sentei no sofá, fiquei admirando a decoração de sua casa, era simples e aconchegante ao mesmo tempo. Alguns minutos depois ela voltou já com outra roupa e seguiu até a cozinha.

- Vou fazer um café pra gente.

- Não precisa se preocupar Gi, eu já tomei café, vim cedo porque pedi uma carona pra minha irmã.

- Sua irmã sabe da gente? perguntou desviando o olhar pra mim.

- Sim, eu contei pra ela ontem, mas ela não vai contar pra minha mãe, não se preocupe. falei indo até o balcão ficando em sua frente.

- Tudo em relação à você eu devo me preocupar Rafaella. ela disse séria.

- Nossa, falando assim parece que você se arrependeu de ficar comigo. falei e ela apenas me olhou e voltou a atenção ao café que estava fazendo sem dizer nada. - Fala Gizelly, você se arrependeu de ter ficado comigo?

- Devia, mas não, eu não me arrependi  Rafaella, mas entende que a gente não pode levar isso adiante, errado

- Amar não é errado. falei de uma vez e ela me olhou surpresa. - Não foge de mim Gi, eu sei que você quer o quanto que eu quero.

- As coisas não são tão simples assim Rafaella.

- Eu sei que não são, mas podemos dar um jeito, o nosso jeito.

- Rafa... sua voz saiu baixa enquanto ela deu a volta no balcão e veio ao meu encontro.

- A minha mãe não precisa saber por enquanto, escondido é mais gostoso, aliás eu não estou te pedindo em casamento, a gente ficou e a química bateu, porra e como bateu, não precisa ser nada sério, pode ser apenas uma curtição.

Estávamos tão próximas, nossos olhares eram intensos e meu corpo estava causando ondas de choque. Eu não tomaria iniciativa dessa vez, eu via a vontade em seu olhar, o desejo, mas ela parecia relatar contra aquilo.

Suas mãos vieram de encontro ao meu rosto e sua boca veio de encontro a minha e iniciamos um beijo lento. Sentir minha boca sendo explorada pela sua língua sem pressa alguma, em uma dança torturante e gostosa, a saudade que eu estava do seu beijo. Passei meus braços em torno do seu pescoço e ela apronfundou ainda mais o beijo o deixando com volúpia e desejo.

Não tinha sensação da boca dela na minha.

O ar faltou e cessamos um beijo com dois selinhos, Gizelly encaixou seu rosto em meu pescoço depositando leves beijos me fazendo arrepiar. Fechei os olhos acariciando seu cabelo, não desejaria sair dali nunca mais. Como era bom sentir seus toques.

- Por que você está mexendo desse jeito comigo? Que ódio! sua voz saiu rouca em meu ouvido me fazendo estremecer.

- Você está causando o mesmo em mim. falei segurando seu rosto.

- Não podemos.

- Eu quero, você quer, não complica.

- A situação já é complicada Rafa e você sabe.

- E não deu outra fiquei com o gosto do seu beijo na minha boca, depois da sua foi difícil beijar outra... cantei o verso dessa música que eu amava olhando em sua imensidão castanha e ela sorriu de lado o que fez meu coração derreter.

- Você é tão linda, meiga e doce, você é maravilhosa, mas aquele beijo não poderia ter acontecido, e esse também não, é errado, nós duas sabemos, e eu não consigo me controlar quando estou perto de você, você mexe com os meus sentidos, todos eles. Ela respirou fundo e continuou. - Quem sabe o destino dá um jeito de colocar nós duas juntas uma outra vez, em um outro momento, porque agora não dá.

- É sério mesmo?

- Sim Rafa.

- Tá bom, eu não vou insistir mais, espero que o destino nunca mais coloque você na minha frente outra vez, até nunca mais Gizelly! falei alterando a voz e sai de sua casa me permitindo chorar assim que entrei no elevador.

Eu tentei. Eu realmente esperava que ela parasse de resistir e se permitisse. Mas infelizmente isso não aconteceu.

Eu não iria ir atrás dela. Não mais.

...

Soltando mais um porque boazinha hoje.

Gizelly de parabéns, vocês resistiram a Rafaella? kkkkk Mas eu entendo a Gizelly. Será que ela vai continuar fugindo do que ela sente pela Rafa, ou vai acabar indo atrás dela? que agora é a Rafa que não vai mais. 👀🤔

Entre Laços, e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora