Capítulo 11

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Alex

Enxugo a gota de suor que escorre pelo meu rosto. Apesar do frio intenso lá fora, estou exausto.

— Vamos, Alex. Apenas mais uma vez — incentiva Malcon.

Faço força nos braços e seguro nas barras à minha frente. É inacreditável o quanto evoluí neste último mês. Sinto dia a dia minha força voltando e as sensações também. O formigamento nas pernas agora não é apenas uma sensação distante. É real e me enche de esperança.

— Vamos lá — continua o Malcon. — Isso, cara! — comemora quando concluo a série de exercícios.

Exausto, solto meu corpo no colchonete e respiro de forma rápida.

— Hoje você foi muito bem, Alex. Conseguimos dobrar as séries, cara.

— A cada dia sinto que estou mais perto — confesso.

— Sim, está. Seus últimos exames mostraram o quanto o edema já regrediu. É questão de tempo para você.

Ele me ajuda a sentar na cadeira, e guarda os equipamentos. Olho em volta da sala de fisioterapia que minha mãe montou e, não pela primeira vez, agradeço silenciosamente por tê-la em minha vida.

Quase dois meses desde minha alta. Tanta coisa mudou de lá para cá. Agora sou praticamente independente mesmo usando a cadeira de rodas. Aprendi a me movimentar e faço tudo praticamente sozinho. O enfermeiro que minha mãe contratou ainda está me acompanhando, mas hoje em dia, ele é mais uma companhia do que qualquer outra coisa.

O Malcon vem três vezes por semana para as nossas sessões de fisioterapia e, às vezes, também recebo a visita do Benito, que passa para batermos um papo e tomarmos uma cerveja. Mas a visita mais esperada são as dela.

Helena.

Ela vem sempre aqui. Minha mãe vive arranjando desculpas para convidá-la. No começo eu sentia seu constrangimento, mas dona Ana sabe como fazer alguém se sentir confortável, então agora é comum ela jantar conosco.

Cada vez que estamos no mesmo espaço, sinto a tensão entre nós. As lembranças da última vez que ela esteve aqui me invadem. Eu fiquei duro. Completamente duro pela primeira vez depois do acidente e, cara, eu quase surtei de felicidade ao me dar conta que o que o Benito me garantiu, era afinal, verdade.

Mas o que levou a isso é algo que não me orgulho muito. Não foi premeditado nem nada, mas aconteceu e não fiz nenhuma questão de esconder. Estava tão eufórico por ver meu corpo acordar, que não percebi o rubor cobrir a face de Helena e o calor que se espalhou pelo seu corpo, endurecendo seus seios e me deixando com água na boca e ainda mais duro.

Tinha acabado de sair do banho. Não sabia que ela estava em casa e pulei para a cadeira, nu e molhado. Secando a cabeça com uma toalha, chamei pelo Ruan, o enfermeiro que sempre me ajuda quando esqueço de levar minhas coisas para o banheiro.

Apesar de saber que seu horário já se encerrara, tinha a esperança de que ele ainda estivesse por lá. Chamei mais uma vez, e já estava disposto a molhar todo o quarto quando a porta se abriu e ela entrou.

A imagem dela me olhando e sua língua passeando sem que percebesse por seus lábios, foi o suficiente para que meu pau latejasse e finalmente me senti homem novamente. Como o babaca que sou, em vez de me esconder eu quis mostrar que estava vivo; e, cara, quando lembro de olhar para os seus seios e ver os bicos duros, perfurando a blusa fina que ela usava, foi o suficiente para roubar um gemido do fundo da minha garganta.

Eu a desejo. Desejo mais do que já desejei qualquer outra mulher. E tomar consciência de que eu estava vivo, porra, foi uma descarga de adrenalina no meu corpo faminto.

— O Ruan saiu e sua mãe me pediu para ficar um pouco aqui com você porque ela precisou dar um pulo no mercado — explicou constrangida. Cruzou os braços em frente aos seios deliciosos e meu pau, claro, ficou mais duro ainda.

Ela recuou até a porta e, apontando para trás, balbuciou como uma virgem indefesa.

— Acho que vou esperar lá fora.

Eu bem que poderia ter jogado a toalha no colo e fingir que nada tinha acontecido, mas como um pavão idiota que precisava mostrar-se para ganhar a atenção da fêmea, eu apenas fiquei olhando-a, desejando mais do que nunca, estender o braço e puxá-la para o meu colo.

Quando ela se virou para sair superei minha cota de babaquice e disse:

— Tem certeza de que não quer ficar, Doutora?

Um rubor coloriu a face coberta de sardas, e seus cabelos pareceram ainda mais vermelhos, quando ela, por sobre o ombro, disse:

— Sempre achei que você era imaturo, menino Alex, só não achei que era um adolescente idiota.

E com isso, me deixando envergonhado pelo meu comportamento, ela saiu do quarto silenciosamente como a mulher madura que é, me deixando queimando de tesão e vergonha.

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