Alex
Viro a garrafa de cerveja e deixo que o líquido gelado esfrie a raiva que estou sentindo. Faz apenas algumas horas desde que o Benito entrou no meu escritório e desestruturou minha vida.
Uma filha. Eu tenho uma filha.
A imagem de uma garotinha com cabelos ruivos e olhos azuis invade minha cabeça e eu fecho os olhos emocionado.
Uma única noite e ganhei um presente maravilhoso. Eu sou pai de uma garotinha.
A emoção trava minha garganta. Sinto uma mistura de raiva por ela ter escondido algo assim de mim, e gratidão por ter me dado uma filha. O resultado da noite mais inesquecível que já vivi e que até hoje me machuca como uma faca afiada.
As lembranças daquela noite voltam a me envolver e eu aperto com força o gargalo da garrafa.
Depois do jantar, feito pela minha mãe, regado a um bom vinho, ficamos eu e ela a sós pela primeira vez desde que ela me pegara nu e excitado no meu quarto.
No começo, a conversa continuou girando em torno das pessoas que conhecíamos e do progresso que eu fizera nos meses após o acidente. Eu já conseguia me movimentar apoiado em uma muleta, e a cada dia, me sentia mais e mais forte. E claro, muito atraído por ela. E cada vez que aqueles olhos tristes encontravam os meus, eu só queria fazê-la sorrir. E foi o que fiz quando minha mãe saiu discretamente nos deixando a sós. Eu a fiz sorrir, contando histórias idiotas das minhas aventuras na adolescência.
Já era bem tarde quando terminamos a garrafa de vinho. E sem conseguir me conter, me aproximei mais um pouco e a beijei. Esperei que ela se afastasse, e até já tinha pensado no pedido de desculpas pelo deslize, mas, quando suas mãos se embrenharam em meus cabelos, e o gemido brotou do fundo da sua garganta, eu simplesmente não consegui resistir.
A devorei como um homem faminto e ela se deixou levar. Meio trôpego pelo vinho, pela dificuldade que ainda tinha de me locomover, e pelo desejo que me consumia como um fogo ardente, eu a levei para o meu quarto. E então aconteceu o que eu jamais imaginei possível: ela me despiu e me amou.
Assistir a Helena se despir, com um misto de desejo e constrangimento brilhando nos olhos que nunca se desviaram dos meus, despertou em mim sensações que sequer imaginei sentir um dia.
Sentado na cama, com as costas apoiada na cabeceira, meu corpo reagiu com tanto desejo que chegou a ser doloroso. E quando Helena engatinhou para o meu colo, deslizando-me para dentro, eu pensei que morreria de prazer. Segurei seu seio com uma mão enquanto me inclinava para tomar o outro com a boca. Ela gemeu e começou a me cavalgar como se soubesse que depois de tanto tempo, eu não teria nenhum controle sobre meu corpo excitado.
Depois de meses sem transar foi vergonhoso a rapidez com que gozei a primeira vez. Não deu tempo nem mesmo de provocá-la. Quando ela acelerou os movimentos e tomou minha boca em um beijo ardente, eu enlouqueci de prazer e explodi em um gozo intenso que me deixou completamente elétrico.
Alguns minutos depois, ela se aconchegou ao meu lado e foi a minha vez de testar meus limites. Comecei a explorar a mulher maravilhosa e completamente disposta a ser amada. Eu a toquei sem pressa. Acariciei cada pedaço do seu corpo com a língua. Arranquei gemidos. Arrepiei sua pele. E a fiz se contorcer de prazer.
E quando me impulsionei para dentro do seu corpo quente e apertado, achei que morreria de prazer. Helena cruzou as pernas em torno da minha cintura, me querendo com tanto ímpeto que nada mais importava, a não ser o prazer de tê-la entre meus braços, completamente entregue.
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