Laura on
Duas semanas depois....
Bem, já faz duas semanas que eu conheci o Slender e pelo mais incrível que pareça ele não me sequestrou ou me matou, ele simplesmente me soltou e sumiu, mas por algum motivo ele voltou, mas não fez nada. Três dias depois que ele tentou me levar, ele apareceu no meu quintal quando a minha mãe não estava e naquele momento eu estava no quintal desenhando ele. Admito ter ficado com medo, mas ele não fez nada, apenas ficou parado como uma árvore me "observando", isso me deixou um pouco incomodada, mas eu apenas fiquei olhando ele e o desenhando. Assim que eu terminei o desenho, ele sumiu.
Quatro dias depois ele voltou e dessa vez eu tive coragem de falar com ele, mas é claro que ele não me respondeu, pois ele não tem boca. Eu fiquei falando e ele apenas ouviu, eu acho, mas as vezes ele fazia movimentos com a cabeça como se estivesse me pedindo explicações ou algo do tipo. Por ser uma criança, eu pedi pra ele brincar comigo com seus tentáculos e ele aceitou, então ele meio que fez um balanço com um dos tentáculos e eu me diverte muito! As lendas sempre falam que o Slender é um ser horrível que sequestra e mata crianças, mas comigo ele só é um cara gigante que controla tentáculos.
Hoje é a terceira vez que ele vem me ver, o que eu estranhei, pois ainda são 19:37 da noite, ele só tinha aparecido depois das 21:00 até agora, mas não vou reclamar por ele estar aqui. Nesse momento eu estou sentada na grama enquanto ele está de pé na minha frente me "observando". Como sempre, eu estava desenhando.
-- Slender, você pode me ouvir, né? -- ele mexeu a cabeça, então aceitei como um sim. -- Bem, vamos fazer assim! Eu vou fazer umas perguntas e quando a resposta for sim você bate o seu tentáculo no meu ombro duas vezes, e quando a resposta for não você bate uma vez, ok?
Ele ficou quieto por um tempo, então um tentáculo saiu das costas dele e foi pros meus ombros, então ele deu dois tapinhas no meu ombro direito e eu sorri.
-- Bem, eu quero perguntar isso a um tempo, você pode me ver? -- ele bateu uma vez. -- Então você me identifica pela minha voz? -- ele bateu duas vezes. -- Então você não sabe como eu sou. Bem, eu poderia me descrever e aí você imagina como eu sou, pode ser? -- ele bateu duas vezes e eu sorri. -- Bem, eu tenho cabelos negros que passam da minha centura, meus olhos são castanhos claro e como eu não saio muito, minha pele é branca.
Eu continuei sorrindo, então ele chegou mais perto e ficou agaichado na minha frente, então ele colocou sua mão na minha cabeça. Isso me deixou surpresa, pois é a primeira vez que ele me toca sem ser com os tentáculos. Ele começa a fazer carinho, mas um tempo depois ele para e tira sua mão, então eu olho pra ele.
-- Slender..... você gosta de mim, como uma amiga? -- ele bate duas vezes com o tentáculo e eu acabei rindo um pouco. -- Eu realmente sou uma garota estranha! Meu melhor amigo é uma lenda! Eu queria ter te conhecido antes, é bom ter alguém pra conversar e confiar.
Quando terminei de falar o Slender afastou um pouco o corpo e isso me deixou confusa, mas então eu pensei um pouco e percebi que ele tinha ficado surpreso com alguma coisa que eu disse.
-- Você ficou surpreso porque eu disse que confio em você? -- ele demorou pra responder, mas um minuto depois da pergunta ele bateu duas vezes. -- Bem, pensando bem faz sentido a sua surpresa, pois você sequestra crianças e você tentou me sequestrar, e possivelmente, me matar. Mas eu quero que você saiba, que eu confio a minha vida a você, Slender! Você é meu melhor amigo e se algum dia quiser me matar eu não vou tentar fugir, não vou lutar e eu não vou ficar magoada!
E então o silêncio dominou o local, mas logo foi quebrado por um barulho de chaves vindo da casa, então levei minha atenção pra porta atrás de mim.
-- Filha, cheguei! -- ouvi minha mãe gritar.
Levei meu olhar pra minha frente, mas Slender já tinha sumido e isso me deixou um pouco triste.
-- Estou aqui fora, mãe! -- gritei, então me levantei, dei uma última olhada pra onde Slender estava e entrei em casa.
-- O que estava fazendo lá fora, filha? -- minha mãe pergunta depois que eu fechei a porta.
-- Nada importante. -- o observei por alguns segundos e percebi que algo estava à incomodando. -- O quê aconteceu?
-- Como assim filha?
-- A senhora está com aquele olhar de que aconteceu alguma. -- falei sentando em um cadeira e pegando uma maçã pra comer.
-- Você está certa, aconteceu uma coisa, mas não sei se devo te contar agora, filha.
-- Só diz o que é. -- falei e dei uma mordida na maçã.
-- Jorge foi solto. -- ela disse e eu engasguei. -- Calma Laura! Respira. -- ela fala ficando na minha frente, então coloca sua mão no meu ombro.
-- Por quê soltaram aquele Filho da P***?! Ele deveria ficar preso por anos!
-- Ele pagou fiança, filha. -- ela soltou um longo suspiro, então pegou uma cadeira e sentou ao meu lado. -- Nós duas sabíamos que ele seria solto mais cedo ou mais tarde, mas pelo menos ele não sabe onde nós estamos!
-- Por enquanto.
-- Vai ficar tudo bem, filha! -- ela diz me abraçando, mas eu não retribuo. -- Ele nunca mais vai tocar em você. Eu prometo!
Nós duas acabamos chorando e depois de alguns minutos nós fomos tomar banho pra dormir, e pra minha má sorte, meus pesadelos do meu tio voltaram e eu fiquei acordando com meus gritos quase a noite toda. Bem que o Slender podia me matar e assim fazer a dor ir embora!
Quebra de tempo
Eu não fui pra escola hoje, pois estava muito cansada e não queria sair. Minha mãe foi pro trabalho, pois tinha alguma emergência e eu fiquei aqui, sozinha. Sofrendo. Eu lembro que algumas semanas depois que o Jorge foi preso eu tentei me matar cortando meus pulsos, mas minha mãe me achou e me levou pro hospital.
A segunda vez que eu tentei foi 1 ano depois, quando ele foi solto temporariamente para ir ao aniversário da filha que felizmente eu não fui, mas acordei com um bilhete na minha cama dizendo:
"Sinto falta de ter o seu corpo, bonequinha!"
"Ass: Tio J"
Minhas lembranças e meus pesadelos tinham voltado, eu não tava aguentando, então cortei meu pescoço com uma gilet, mas minha mãe me achou novamente e me levou pro hospital.
Minha vida é uma merda!
Às 19:29....
Fiquei tão presa nos meus pensamentos que nem vi o tempo passar. Será que o Slender vai vir me ver? Bem, minha mãe não tá em casa e não custa tentar achar ele. Se eu pedir pra ele me matar, ele iria fazer? Bem, talvez eu consiga a resposta pra isso hoje.
Levantei da minha cama, desci as escadas e saí de casa, então corri pra floresta e comecei a chamá-lo.
-- Slender!
Gritei seu nome umas 4 vezes e quando me virei para andar, dei de cara com suas pernas. Não custava ter me cutucado pra eu saber que já tava aqui? Me afastei um pouco e o encarei.
-- Oi Slender. -- falei com uma voz chorosa.
É sério que eu vou chorar agora? Ele pode achar que tô chorando por causa dele, então para Laura! Comecei a limpar minhas lágrimas com as costas de um dos meus braços, mas não adiantou muita coisa. Slender se agaichou na minha frente, então limpou algumas lágrimas com seus tentáculos.
-- Slender....... eu não aguento mais! Eu odeio a minha vida e odeio estar viva, pois tudo que eu tenho é dor! Slender.... -- ele afastou seus tentáculos de mim. -- Por favor Slender, me mata e faz essa dor parar!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Melhor Amigo (Slenderman)
FanfictionA criança é o mais puro símbolo de inocência, o que resulta no senso de proteção de muitas pessoas, mas, as vezes, em vez do senso de dever, existe aqueles que possuem o desejo perverso e doentio de corromper essa inocência. Até onde pode ir a malda...