-- Como ela era? -- perguntei, rapidamente me arrependendo. -- Não precisa me dizer se não estiver se sentindo bem..
-- Tudo bem, eu já estava me perguntando quanto tempo ia demorar para você fazer uma pergunta desse tipo. -- ele respondeu, colocando um lírio no meu cabelo.
Nós passamos algum tempo perto do túmulo de Gabriela, onde Splendorman demonstrou seus sentimentos negativos e se culpou pela morte dela, apesar de eu insistir que isso não era verdade, mas eu não sabia de toda a história e minha opinião sobre isso não era completamente relevante, mas mesmo assim, vê-lo se culpar e sofrer com isso era de partir o coração. Não passamos muito tempo perto do túmulo e Splendorman nos teletransportou para algum lugar que, imagino, onde ele se sentia mais confortável, apesar de eu não reconhecer aquele lugar: parecia ser um campo infinito de grama verde brilhante, também havia várias flores presentes e algumas árvores que formavam sombras refrescantes, a própria corrente de ar daqui era confortante; esse lugar passa uma incrível sensação de tranquilidade. Bem, eu pergunto sobre esse lugar depois, o importante agora é ajudar o Splendorman, mesmo que eu não seja muito boa nisso.
-- Quando a conheci, eu fazia a mesma coisa que faço hoje em dia, mas com mais frequência: eu tentava trazer felicidade na vida das pessoas que sofriam, mesmo que elas fossem felizes por apenas um dia. -- ele começou. -- Então, em uma das minhas caminhadas, eu a encontrei: sozinha naquele balanço no meio do parquinho, sem lágrimas para derramar por suas dores, nunca tinha visto olhos tão sofridos e vazios quanto vi naquele dia, ainda mais em uma figura tão nova. Ela tinha muitos demônios internos, demônios que nem mesmo eu consegui livrá-la, e no começo ela era muito receosa e assustada sobre mim, o que me deixou surpreso, ninguém nunca tinha sentido medo de mim, mas mesmo assim persiste em querer ajudá-la e aos poucos ela deixou eu me aproximar, apresentando-me sua história e sua vida, uma coisa que ela não tinha feito com mais ninguém além de mim. Eu prometi que iria ajudá-la e protegê-la, mesmo que isso fosse contra a minha forma de ser.
-- Você se importava muito com ela. -- foi inevitável sentir culpa por fazê-lo contar essa história, mas, ao mesmo tempo, ele parecia aliviado por estar contando.
-- Sim. Ela tinha um bom coração, apesar de tudo, nunca deixou sua dor ou a maldade do mundo corromper seu coração bondoso, muito menos seu julgamento, sempre que alguém precisava de ajuda ela estava lá, ela sempre estaria lá para estender a mão para os outros, não importando quem era ou se essa pessoa apreciava sua companhia, desde que precisa-se, ela estaria lá para ajudar. Ao mesmo tempo que foi a alma mais dolorosa que conheci, também foi a mais pura, nunca senti nenhum sentimento de ódio ou vingança em seu ser, muito pelo contrário, ela nunca cogitou esses sentimentos e continuou fiel à sua personalidade mesmo em seus piores estados psicológicos, ela até mesmo conseguiu me ajudar uma vez.
-- Ela parece ter sido uma pessoa incrível.
-- Ela foi. -- ele concordou, cada palavra banhada de tristeza. -- E ela não mereceu o destino que sofreu, mas, infelizmente, onde há felicidade, o ódio e a dor sempre estaram por perto para condenar. Eu não estava lá quando ela precisou de mim e, por causa do meu erro, ela não está mais entre nós.
-- Você não pode se culpar, Splendorman. -- retruquei. -- Não foi você que a matou, foi o Offenderman. Ele é o único culpado!
-- Mas eu sabia que ele estava atrás dela e mesmo assim a deixei sozinha. Foi minha culpa.
-- O Slenderman também acredita que é a responsabilidade dele sempre estar por perto para me proteger, mas ele não pode ficar comigo toda hora, o Offenderman pode acabar descobrindo isso e tentar me pegar, não teria ninguém para impedi-lo, mas eu jamais culparia o Slenderman por não estar lá.
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Meu Melhor Amigo (Slenderman)
FanfictionA criança é o mais puro símbolo de inocência, o que resulta no senso de proteção de muitas pessoas, mas, as vezes, em vez do senso de dever, existe aqueles que possuem o desejo perverso e doentio de corromper essa inocência. Até onde pode ir a malda...