Com o tocar do sino da escola anuncia o intervalo, as crianças saíram rapidamente da sala com a intenção de aproveitarem o recreio ou comerem o lanche, mas Laura permaneceu na sala olhando para a janela de forma pensativa, de certa forma parecia esperar ver alguma coisa sobrenatural na floresta onde a janela dava vista, como uma prova de que Slender estava lhe vigiando para garantir sua segurança, mas não viu nada e acabou soltando um suspiro cansado. Estava sentindo falta da entidade sem rosto. Não pretendia sair da sala, não tinha amigos e não estava com fome, mas a professora acabou notando que a garota não havia saído de sua carteira e foi até a mesma, não podia deixar a garota na sala e sair, infelizmente eram as regras da escola.
-- Laura? -- a mais velha chamou. -- Por quê ainda está aqui? Não quer lanchar ou brincar com seus amigos?
-- Eu.... não tenho amigos aqui. -- ela respondeu, olhando de relance para o seu lado que ficava na frente da professora, mas logo voltou sua atenção para a mais velha. -- Eu posso ficar na sala? Prometo que não vou fazer nada que te cause problemas.
-- Infelizmente não posso deixar, a diretora foi muito clara quando disse que nenhum aluno pode ficar nas salas de aula durante o intervalo. -- Laura soltou um longo suspiro, não estava se sentindo feliz hoje. -- Já que estamos conversando, você está se sentindo bem, Laura?
-- Por quê a pergunta, professora?
-- É que eu percebi que durante a aula, você ficou olhando em pontos aleatórios da sala de uma maneira estranha, sem contar que também te vi sussurrando como se estivesse falando sozinha. -- a professora explicou, tinha um olhar preocupado e levemente assustado no rosto. -- Você está bem?
-- Nossa, ela tá indiretamente te chamando de louca, isso é uma coisa que eu ainda não tinha ouvido. -- Slender Doll comentou rindo logo em seguida.
Diferente do que a professora poderia imaginar, Laura estava de olho na Creepypasta incolor que vagava aleatoriamente pela sala, muitas vezes incomodando algumas crianças mexendo em suas coisas ou puxando seus cabelos, além de também chegar muito perto dos mesmos; eles não podiam vê-los sem que a incolor quisesse, então Slender Doll era vista apenas por Laura, a mesma sussurrava pedindo para a Creepypasta parar de atormentar seus colegas de classe, mas a entidade não lhe dava ouvidos. Nesse exato momento Slender Doll estava com um de seus braços nos ombros da professora, que sentia um desconforto estranho nos mesmos, mas não era capaz de ver o motivo e nunca imaginaria tal situação, enquanto Laura encarava a cena de forma pensativa.
-- Eu estou bem, professora, não se preocupe! -- Laura deu sua resposta com um sorriso gentil, ignorando a existência da incolor.
-- Está bem. -- a mais velha murmurou, voltando a ter um sorriso gentil. -- Bem, agora vamos, você precisa aproveitar um pouco o intervalo.
Contra gosto, Laura saiu da sala e sua professora foi embora deixando-a sozinha com a entidade, felizmente ninguém estava no corredor que leva até as salas de aula e as pessoas que passavam estavam longe demais para verem Laura falando com a incolor, então Laura se virou para Slender Doll com uma expressão séria; ela não estava gostando muito da presença da entidade.
-- Por quê você está aqui?
-- Vamos dizer que andam acontecendo algumas coisas estranhas na vida do Slender, então ele me pediu para ficar de olho em você, para eu te proteger caso aconteça alguma coisa ou alguém tente te pegar, não pense que estou aqui para te fazer algum mal ou por total vontade. -- Laura ficou chocada com a sinceridade. -- Que foi? Você queria que eu fosse sincera.
-- Tá, tá, tá! Mas como assim "andam acontecendo algumas coisas estranhas na vida do Slender"? Ele tá bem?
-- Eu acho que essa sua preocupação com ele é desnecessária, afinal, Slender é poderoso o suficiente para se livrar de praticamente todos nós, mas sobre os acontecimentos na vida dele... eu não posso te contar, o Slender não quer que você fique sabendo.
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Meu Melhor Amigo (Slenderman)
FanfictionA criança é o mais puro símbolo de inocência, o que resulta no senso de proteção de muitas pessoas, mas, as vezes, em vez do senso de dever, existe aqueles que possuem o desejo perverso e doentio de corromper essa inocência. Até onde pode ir a malda...