Capítulo 01: O Início

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Laura on

Olá! Meu nome é Laura e eu tenho 12 anos de idade. Minha mãe se chama Thereza e eu nunca conheci o meu pai, ele morreu antes de eu nascer em um acidente de carro e minha mãe foi sustentada pelo homem que hoje me recuso chamar de tio. Depois dos dias que ficaram presos em minha mente passar, em outras palavras, quando eu tinha 8 anos, minha mãe começou a procurar um lugar para ficarmos e deixar-mos o passado para trás. Vou ser sincera, não sei se consigo deixar o passado para trás, fiquei tendo pesadelos com Jorge(seu tio) por dois anos e apesar de já terem parado e ele ter sido preso, eu nunca vou esquecer o que ele fez comigo. 

Eu e minha mãe chegamos na pequena cidade à três semanas e já percebemos que essa cidade não é perfeita, pois misteriosamente pessoas desaparecem quase toda noite e por causa disso existe um toque de recolher na cidade. Só é permitido sair de casa as 06:30 e todos devem voltar para casa as 17:40 da noite. Eu admito não reclamar disso, mas chega ser um pouco chato ter que ficar presa de casa e minha mãe não ajuda, ela disse que eu só posso sair de casa para ir pra escola que pra ser sincera eu preferia faltar e ficar zanzando por aí. 

Uma coisa que me chama a atenção nessa cidade são suas lendas, e uma delas em específico me chamou mais atenção, a lenda de Slender Man. Agora a pergunta é, por quê um cara com 3 metros de altura, vestido de terno e sem rosto me chama a atenção? Bem, eu não sei porque, mas não ligo pra isso, pois ele é só uma lenda. 
Bem, nesse exato momento eu estou indo pra escola. Provavelmente estou atrasada, mas estou pouco me lixando pra isso. A rua que eu sempre uso pra ir pra escola fica berando uma das grandes florestas, e apesar de já ter passado aqui várias vezes, essa é a primeira vez que eu tenho a sensação de estar sendo observada e isso faz com que eu fique encarando a floresta, mas não vejo nada, então apenas continuo o meu caminho. Eu detesto a sensação de estar sendo observada! 
Continuei meu caminho até que cheguei na escola, então fui direto pra sala e ao chegar lá vou pra minha mesa, que é a penúltima da fileira do lado das janelas, e fiquei observando os outros entrarem e conversarem. 

-- Vocês ficaram sabendo? -- alguém falou. 

-- Sabendo o quê? Eu não toco em um aparelho de informação já faz um tempinho. 

-- A família da Elizabeth sumiu.

-- Eles não sumiram, eles foram mortos! Não viram as poças de sangue na casa deles quando a casa foi mostrada na TV? -- um garoto loiro disse. 

Que novidade, mas uma família assassinada! Essa cidade é um ninho de morte. Pelo que eu fiquei sabendo, Elizabeth era uma das alunas aqui da escola, mas a mais ou menos à um ano ela desapareceu misteriosamente e nunca encontraram nenhuma pista de onde ela pode ter sido levada. Sua família se isolou da cidade por semanas quando encerraram o caso dela, mas voltaram a sua rotina alguns dias depois e agora foram possívelmente mortos por Deus sabe quem. Essa cidade provavelmente é um Parque de Diversão pra um possível serial killer. Que ótimo recomeço mãe! 

A aula foi chata e eu quase não prestei atenção, a floresta que fica perto da escola me parecia mais interessante do que a aula, mas então eu vi algo entre as árvores que me chamou atenção, mas infelizmente sumiu. O quê será que era aquilo? Eu apenas vi um borrão preto passar pelas árvores. A aula passou rapidamente e nós logo voltamos pra casa, e novamente eu tive aquela sensação de estar sendo observada, mas dessa vez eu ignorei e segui meu caminho sem ligar pra nada a minha volta. Minha casa é uma das primeiras que se vê quando entra na cidade e também é bem perto da floresta, então peguei a chave que tinha embaixo de um vazo de flor e distranquei a porta. 

-- Mãe, cheguei! -- gritei, mas não tive resposta. -- Ela deve estar no trabalho.
 
Joguei minha mochila no sofá e fui pra cozinha, então abri a geladeira para procurar alguma coisa para comer e só achei um pedaço de bolo de chocolate, então o peguei e já dei uma mordida. Segui meu caminho até meu quarto e me joguei na cama, então peguei meu celular e fiquei zanzando pela internet. 
Como minha mãe é uma enfermeira, ela só vai chegar à 23:30 ou à 00:00, então não preciso ficar esperando ela.

Fiquei zanzando pela internet o resto do dia, já é 21:27 da noite e eu ainda não saí do meu quarto, pra ser sincera eu nem pretendo sair, mas então escuto algo lá embaixo e isso me deixa um pouco assustada. Levantei da minha cama e desci as escadas lentamente, todas as luzes de baixo estavam desligadas e isso me deixou um pouco assustada, mas respirei fundo e me acalmei. 

Fui até a cozinha, então passei pela porta dos fundos e entrei no jardim, mas não vi nada.

-- Acho que era coisa da minha cabeça. -- susurrei. 

Eu dei minhas costas pro quintal e estava prestes a entrar em casa, mas então sinto algo puxando o meu pé e com isso acabo caindo de cara no chão enquanto eu soltava um grito de susto. Levantei minha cabeça e olhei pra trás, mas logo me arrependi. Eu não acredito no que estou vendo! O grande ser de terno preto e gravata vermelha, e o mais chamativo, sua falta de rosto, mas isso não faz sentido! Ele é só uma lenda, não pode ser real! 

Eu olhei para minha perna e vi que ele estava me segurando por um tipo de tentáculo, então eu o chutei para me libertar, o que pelo incrível que pareça funcionou, mas não por muito tempo. Assim que eu fiquei de pé meus braços foram pegos por dois tentáculos, mas eu não caí no chão de novo, eu me segurei na porta e ele começou a me puxar com mais força. Eu gritei, mas eu sabia que não ia adiantar em nada, pois as outras casas são um pouco longe daqui, então senti mais tentáculos segurando minhas pernas e minha sentura. Eu não vou conseguir segurar mais! Espera, por quê eu estou tentando permanecer viva? Eu tentei me matar mais de uma vez e ainda estou tentando viver? Isso chega ser ridículo, na minha opinião. 

Na verdade eu não estou lutando pra ficar viva porque eu quero ficar viva, mas sim porque eu não quero ser o motivo da minha mãe sofrer, mas o que eu posso fazer contra um mito? Não, não um mito, mas sim um ser poderoso como o Slender Man. A vida não é justa! Bem, se ele me quer tanto assim, eu não vou mais lutar. 

Depois de uma lágrima solitária cair do meu rosto, eu soltei o batente da porta e o Slender me levou até ele. Pra ser sincera, eu não tenho medo dele, mas isso não importa agora. Ele vai me levar e provavelmente me matar, então não faz diferença se eu tenho ou não medo dele. Eu vou morrer de qualquer jeito! 

Meu Melhor Amigo (Slenderman)Onde histórias criam vida. Descubra agora