Capítulo 12: Splendorman

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Laura on

-- Eu quero ir ver a minha mãe. -- falei enquanto o olhava de pé na minha frente.

Já fazia mais ou menos uns dois dias desde que o Offenderman me atacou, o Slender me disse que ele era meio que um dos irmãos dele. Depois disso comecei a pensar que aceitar a oferta de vir aqui não foi uma boa ideia, mas é um fato que eu nunca mais vou saber o que é ficar em um lugar seguro.

-- Você quer ir vê-la ou quer voltar para a sua casa?

Eu não tava esperando esse tipo de pergunta como resposta.

-- Eu só quero ir ver ela, Slender. Por favor!

Ele não me respondeu, apenas abaixou levemente sua cabeça, talvez estivesse pensativo, mas assim que pisquei meus olhos eu não estava mais no quarto do Slender da mansão. Eu estava no meu quarto. Olhei em volta a procura do ser de terno, mas ele não estava lá, ou talvez estava e eu apenas não conseguia ver ele, meu quarto estava do mesmo jeito de como eu o deixei antes de ir com o Slender, aparentemente a manipulação mental na minha funcionou e ela não notou que estava convivendo com uma ilusão.

Eu logo me levantei da cama e desci para o primeiro andar, devia ser umas oito da manhã, fui diretamente para a cozinha assim que ouvi uns barulhos vindo de lá e encontrei quem procurava: minha mãe estava fritando ovos com bacon como café da manhã, o fato dela ainda estar em casa significa que hoje é seu dia de folga. Assim que ela se afastou um pouco do fogão corri até ela e a abracei por trás com força, eu estava sentindo muita falta dela.

-- Laura? -- ouvi sua voz pronunciar meu nome de forma confusa. -- O que foi, minha filha? Teve um pesadelo?

Ela segurou meus braços para me fazer soltá-la, então se virou para ficar de frente para mim e começou a fazer carinho em minhas bochechas, ela estava com uma expressão preocupada graças ao abraço repentino, mas sorria docemente.

-- É, acho que eu tive um pesadelo. -- responde abraçando ela novamente.

-- Ah, Laura....

Eu me lembro, como se fosse ontem, de todas as vezes que acordei no meio das noites aos gritos por causa dos meus pesadelos, minha mãe sempre aparecia e ficava comigo até eu cair no sono novamente, eu continuei tendo os mesmos pesadelos, mas eu já não acordava mais aos gritos e por isso ela não vinha mais no meu quarto me confortar, porque eu não gritava mais e denunciava os meus pesadelos. Sou muito grata ao Slender por tirar esses pesadelos de mim.

-- Você tem trabalho hoje? -- perguntei depois de me sentar, ela estava me servindo o café da manhã.

-- Infelizmente, eu vou sair daqui a pouco. -- ela respondeu depois de soltar um suspiro cansado. -- Você vai ficar bem sozinha?

-- Não precisa se preocupar, mãe.

Ela não disse mais nada. Nós duas tomamos café da manhã juntas em uma perfeita tranquilidade, era disso que eu estava sentindo falta, mas não durou muito e a mamãe logo saiu para ir trabalhar, estava sozinha novamente. Lavei a louça e fui pro quintal com a intenção de encontrar o Slender, fiquei surpresa quando não o vi lá e nem escondido entre as árvores mais além, então apenas me deitei no chão e fiquei observando as nuvens enquanto o vento balançava as árvores fazendo barulho.

A minha vida está ficando cada vez mais louca. Eu não me arrependo de conhecer o Slender, isso eu sei que nunca vai acontecer, mas eu não estava preparada para tudo o que viria com ele. São coisas demais para uma simples garotinha de 12 anos que é traumatizada pelo próprio tio, ainda tenho que lidar com os meus demônios do passado para ajudar, pois o Slender pode tirar os meus pesadelos e até mesmo as minhas lembranças terríveis, mas ele não pode tirar as marcas que ele deixou na minha alma.

Meu Melhor Amigo (Slenderman)Onde histórias criam vida. Descubra agora