Noivado- Chensung ABO

Ameaças, banquetes e observações

Nota da autora:
Olá, tudo bem? Eu sei que demorei bastante para atualizar e não faço ideia se alguém ainda lerá essa história mas ainda assim me sinto na obrigação de explicar o sumiço. Por alguns meses já, tenho enfrentado um bloqueio criativo pesadíssimo e não conseguia nem mesmo ler as minhas próprias histórias, quem dirá postar? Sabe-se lá como, hoje eu finalmente tive coragem para fazer upload dos capítulos nessa plataforma e para não correr o risco de deixá-los novamente no aguardo, postarei todos de uma vez só. Apesar de tudo, gostaria de agradecer a quem leu e curtiu, vocês são incríveis ❤️

Atualmente:

O beijo havia pego Chenle completamente de surpresa. Nunca em sua vida acreditaria que algum alfa seria corajoso o suficiente para toca-lo daquela maneira e ainda que se sentisse revoltado pela ousadia do Park, seu lobo estava estranhamente feliz, mantendo-o congelado onde estava. Não prestava atenção no modo desesperado que os lábios pequenos esfregam-se e sugam os seus ou em como a língua teimava em buscar uma brecha para adentrar sua boca, estava perplexo demais para prestar atenção. Em vez disso, focava em como o cheiro de café encontrava-se intenso naquele momento, quase os sufocando no espaço fechado e em como aquilo agitava seu lobo de uma forma não exatamente violenta e defensiva.

Finalmente retomando o controle de suas ações, impôs sua própria dominância, permitindo que o cheiro de laranja oprimisse o outro e deixando-o atordoado o bastante para que afasta-lo não fosse uma tarefa exatamente difícil. Praticamente embebedado pela fragrância doce, o corpo grande e forte do alfa deixou-se empurrar contra a própria vontade e ele piscou os olhos várias vezes, incrédulo pelo que acabara de acontecer e mais incrédulo ainda quando a mão pequena e gordinha atingiu sua bochecha esquerda com tudo, o estalo alto o despertando.

- Nunca, jamais, sob circunstância alguma… - Chenle vocifera, sem fôlego e irritado por toda aquela confusão, as bochechas vermelhas. - Ouse me tocar novamente. Não sem a minha autorização.

E Jisung responderia se não estivesse tão atordoado quanto o outro. Tinha plena consciência do desejo que sentia pelo chinês, afinal, quem não o desejaria? Mas não fazia ideia de que isso ia muito além de si mesmo ou de seus instintos e só percebera isso no momento em que seus lábios buscaram os do outro sem seu próprio consentimento e sua boca agiu sozinha. Ou melhor, sob os comandos do seu lobo. Já havia perdido o controle anteriormente, durante seus cios, mas nunca em uma situação como aquela. Observou em um silêncio chocado enquanto o outro ia embora e deitou-se no chão.

Encarava o teto, suspirando de frustração ao lembrar dos ameaçadores olhos âmbar quando se separaram antes, os teria temido se sua cabeça não tivesse automaticamente plantado uma dúvida: Os olhos do ômega também se iluminavam daquele modo por desejo ou só quando este estava furioso? Ah, como ele queria saber a resposta. Chocava-o perceber o quanto ele queria descobrir a resposta, o quanto seu coração se acelerou por um simples beijo e o quanto seu lobo ansiava por sentir a textura macia dos lábios fartos contra os seus novamente. Estava caidinho por seu noivo e aquilo aconteceu rápido demais para que ele se acostumasse com a ideia e devagar demais para que ele pudesse evitar toda a má impressão que causou.

O chinês o detestava, mas, lá no fundo, Jisung adorava esse fato. Gostava de ver como ele o tratava diferente dos demais, gostava de irrita-lo por que suas respostas sempre eram engraçadas e espertas e acima de tudo gostava de provocar o aparecimento das íris âmbar, nem que fosse de fúria. Na verdade, a ideia de que qualquer outro pudesse presenciar aquele olhar bonito o enchia de uma inquietação conhecida demais para que um sorriso arteiro não enfeitasse seu rosto e lembranças agora doces preenchessem sua mente: Ele costumava se sentir assim o tempo todo no passado. Enciumado, irritado e bobinho.