Precipitação, nervosismo e o herói

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- Ah, essas crianças! - Exclamava consigo mesmo até que sentiu uma espada contra sua garganta.

Risonho e curioso quanto ao motivo de seu hyung não estar usando a própria espada, Doyoung olha pra trás, crendo que encontraria Johnny em mais uma de suas brincadeiras aleatórias, entretanto dá de cara com uma armadura completa da corte coreana. O que era aquilo? Alguém de sua comitiva havia feito algo errado? Algum dos guardas que trouxe consigo ofendera o rei a mando de seu pai? Não fazia ideia mas a sensação de estar sendo ameaçado por um guarda real no meio de uma corte estrangeira era aterradora e ele nada fez além de engolir em seco e permitir-se guiar.

Pensou que seria levado até a sala do trono, onde descobriria o motivo daquilo mas em vez disso, arrastaram-no de volta até seus aposentos, onde encontrou seu irmão caçula encolhido e assustado enquanto mais guardas coreanos estavam de guarda e lançavam olhares lascivos ao ômega bonito e jovem. Com olhos arregalados e passos trêmulos, deixa para trás o guarda que antes o guiou e vai até seu irmão, o envolvendo em um abraço protetor. Queria perguntar o que estava acontecendo mas sabia que Sunoo não estava em condições de lhe explicar nada, então manteve-se calado.

Doyoung não fazia ideia mas seu irmão estava apavorado por ter presenciado o assassinato de seus guardas a sangue frio. Kim Sunoo tinha pouco mais de dezesseis anos, era um ômega delicado e ingênuo demais que sempre foi superprotegido por seu pai, sua mãe, seu irmão e até mesmo seus primos mais próximos. Para alguém que nunca viu sangue, ser forçado a observar enquanto dois homens que deveriam protegê-lo eram brutalmente cortados por uma espada afiada fora a mais chocante das situações e ele não seria capaz de esquecer aquilo mesmo após anos.

Do outro lado do castelo, um rei confuso encarava a mesa principal praticamente vazia. Tudo bem que o baile não estava dos mais animados mas como todos os visitantes haviam sido grosseiros ao ponto de se ausentar? Com o cenho franzido, Chenle observou a ausência de um dos seus lordes de companhia e do príncipe Park, sentindo o coração gelar em seguida. Não poderia haver tamanha coincidência no mundo, ou poderia? Engolindo em seco, sentou-se próximo a rainha coreana e aguardou até que os pratos fossem servidos.

- Chenle, meu bem, pensei que não fosse aparecer. - Jennie comenta de forma doce.

- Como poderia não voltar a tempo do jantar quando sou tão bem recebido, majestade? - O Zhong indaga de forma lisonjeira, arrancando risinhos da mais velha.

- Mas não precisava se apressar, querido, eu sei bem como este tipo de discussão é complicada. - Ela lhe assegura, deixando-o completamente confuso.

Como a rainha sabia que ele esteve em uma discussão complicada? Como ela havia descoberto? Teria questionado-a quanto aquilo se Renjun, Jaemin e Felix não tivessem finalizado a dança e tomado seus lugares à mesa, próximos aos outros dois que ali estavam. Já era comum que o rei Park não permanecesse por muito tempo em deveres sociais como aquele mas era no mínimo estranho a ausência de Jeno e Jisung e ainda mais bizarro o fato de que Lee Donghyuck, um dos lordes do rei de Qing, não quisesse aproveitar um baile até o último segundo. Possibilidades demais se passavam pela mente do lúpus e o resultado era um garoto em pânico.

- Oh, garotos, como vocês também retornaram tão cedo? Já resolveram todos os detalhes? - A monarca indaga.

- Retornamos? Rainha Jennie, nós não deixamos o baile nem por um segundo. - Confusão e estranheza estavam estampadas no rosto de Felix.

- Então Chenle e Donghyuck cuidaram do contrato sozinhos? - Indaga com as sobrancelhas arqueadas.

- Contrato? - Renjun interfere. - A reunião seria amanhã, o que houve? - Os olhos questionadores estavam concentrados no pequeno rei.

Noivado- Chensung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora