Notas da autora:
Alguns avisos antes de lerem:
Essa belezura contém cenas fortes, cuidado!
Algumas partes parecerão corridas e, acreditem, não foi por preguiça de escrever, foi porque eu simplesmente odeio o personagem em questão e não queria que ninguém mais perdesse tempo com ele, já que a criatura bateu as botas.Park Jisung piscou inúmeras vezes esperando que a informação pronunciada de forma tão tosca por seu pai fosse absorvida e quando seu pobre cérebro finalmente foi capaz de faze-lo, o garoto surpreendeu a todos ali. Dado seu histórico de cagadas, absolutamente nenhum dos ômegas de companhia tinha grandes expectativas para com o príncipe, na verdade, esperavam que ele fizesse exatamente o oposto do que o Zhong pedira e acabasse surtando de ciúmes ou pior, mas em vez disso, o príncipe andou de forma calculada e confiante em direção ao próprio pai, cada gesto um perfeito reflexo de calma ainda que seus olhos brilhassem no mais fantasmagórico verde e seu lobo não estivesse no auge do controle. Até mesmo Jongin estava espantado com quão assustador seu herdeiro parecia naquele momento, as palavras do rei chinês rondando sua mente enquanto encarava aquele que se aproximava de forma tão obstinada. Finalmente agindo de maneira rápida, a mão grande do lúpus envolveu o pescoço de seu progenitor e levantou-o do chão.
- O que diabos você fez dessa vez, pai?- Questiona na voz tempestuosa de seu lado primitivo.- O que fez para afugenta-lo assim?
- Jisung, desça-o primeiro!- Jennie pede ainda que estivesse assustada com aquilo.
Embora fossem treinados e acostumados a desafiar alfas com certa frequência, nenhum dos ômegas da comitiva chinesa parecia capaz de se mover ou reagir. Mesmo atrapalhado e jovem, Park Jisung era um alfa lúpus de linhagem perfeita que no momento encontrava-se obviamente furioso, o simples som de sua voz era o suficiente para que os pequenos garotos se encolhessem e fizessem seu melhor para não chorar, mas ainda assim não temiam: Na verdade, quase torciam para que o príncipe empregasse um pouco mais de força em seu aperto e sem querer livrasse o mundo do desperdício de oxigênio de que se tratava Park Jongin. A única apta a fazer algo além de meramente manter-se de pé era lady Jisoo, estranhamente inabalada perante tamanha demonstração de poder.
- Doce criança, parta agora e encontrará suas respostas antes dele. Ande, não perca tempo.- Instrui com mais um de seus enigmas.
- Partir? Fugir deste monstro para que no futuro ele possa estragar tudo mais uma vez?- O príncipe rosna.
- Oh, prefere permanecer e perder seu amado?- Questiona com as sobrancelhas belas arqueadas.- Vá, Jisung, agora é sua vez de salva-lo dessa bagunça.
Jisung não fazia ideia de como ela sabia que ele precisava partir agora ou como ele encontraria as respostas que tanto ansiava mas bastou ouvir sua última declaração para dar-se conta de que não precisava ter certezas ou explicações racionais para agarrar-se à mínima esperança de mais uma vez ver seu pequeno em segurança. Seu ômega. Engraçado, certo? Pouco tempo antes ele e o Zhong haviam conversado sobre aquele termo e o rei chinês afirmou com todas as letras como detestava aquele tipo de raciocínio, então, porque agora, justamente quando transformava-se em sua forma lupina e corria floresta a dentro, tudo o que o Park conseguia pensar eram aquelas simples duas palavras? "Meu ômega", sua mente repetia como um mantra.
Queria desesperadamente possuir sentidos tão bons quanto o outro lúpus, queria desesperadamente encontrar coisas que pudessem guia-lo até ele e jamais havia invejado tanto casais marcados: Caso fossem um deles, seria mais fácil para que encontrassem o caminho de volta um para o outro. Reis e rainhas costumavam possuir muito desde seu nascimento e ainda assim, teimavam em cobiçar coisas que não deveriam ser suas, talvez por isso os céus tenham decidido que embora todas as condições materiais lhe sejam fartas, as coisas verdadeiramente boas e puras não apareceriam em suas vidas a troco de nada. Em resumo, monarcas estavam, desde sempre, condenados a terem tudo, exceto o que verdadeiramente queriam: Amaldiçoados pelo próprio sangue, incapazes de ao menos perseguir o tão falado objetivo final do Homem.
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Noivado- Chensung ABO
Random"O tempo é o melhor remédio" Este ditado, infelizmente, será amplamente refutado nessa história. Um reino dividido cujas cicatrizes apenas foram aprofundadas em prol de um amor malfadado tende a dividir-se ainda mais ao longo do tempo, não o opost...