A Redenção de Gabriel

31. Lya Malta

Ele me puxa da cadeira e vai me empurrando até a cama. Eu não sinto as minhas pernas, sei que a qualquer momento eu irei cair.

-- Eu amei te ver com a roupa mais colada hoje. Mas eu odiei quando outros caras te olharam. Você é minha Lya Malta.

-- Que discurso mais machista e opressor.- minha voz falha.

-- Então olha bem para mim e diz que você não gosta. Me diz que eu não posso te tocar e dizer que você é só minha...

Ele diz as palavras tão próximas do meu ouvido que me arrepio. Ele vai distribuindo beijos pelo meu rosto, pescoço e ouvido. Meus batimentos se aceleram e eu quase me esqueço de respirar.

Mas, quando sinto seu toque mais forte em mim, eu congelo. Imagens daquela terrível noite aparecem em minha mente. Droga. Eu não consigo fazer isso. Eu não quero mais ser tocada. Saio do meu transe e tento me levantar. Gabriel percebe a minha agitação e para.

-- O que foi princesa? Fiz algo que você não gostou?

-- Me desculpe mas, eu acho que não consigo. Me lembrei daquela noite...- meus olhos se enchem de água e ele parece me entender.

-- Fica tranquila amor. Eu nunca vou machucar você. Eu não sou aqueles caras. Você é muito preciosa para mim.- seu olhar doce e calmo me tranquiliza.-  Eu não vou fazer nada que você não queira. Eu só vou te mostrar algumas coisas que podemos fazer. Eu quero que você tenha boas lembranças nessa cabecinha para substituir qualquer sentimento ruim que tenha.

-- Tudo bem. Acho que podemos tentar.

-- Se não quiser é só dizer que eu paro.- ele beija minha testa.- Tem uma coisa que eu estou louco para fazer com você mas, eu sei que você vai se sentir envergonhada de ficar nua na minha frente mas pelo menos a sua calça eu preciso tirar. Posso?

Suas mãos estão paradas no zíper da minha calça esperando uma resposta. Gabriel é intenso demais. É difícil saber como agir com ele. Ao mesmo tempo que eu quero que ele faça tudo comigo, eu tenho medo de que aconteça aquilo de novo. Eu me sinto insegura, não quero ser fácil demais pois sei que vou sair mal nessa história.

Vejo seu sorriso se abrir ao ver o meu tímido sinal de positivo. Com cuidado ele abre a minha calça e a puxa deslizando sobre minhas pernas. Começo a sentir um frio avassalador.

Seu olhar está fixo em minhas pernas e vai subindo até minha intimidade tampada por minha calcinha preta. Ele se aproxima do meio das minhas pernas e de repente deposita um beijo sobre minha intimidade. Eu tenho certeza de que estou tremendo.

-- Graças a Deus! Achei que você estaria com uma calcinha de ursinho.

Ele me vira de lado e se deita atrás de mim na famosa posição de conchinha. Ele afasta meu cabelo e começa a beijar meu pescoço. Que sensação é essa? Nunca pensei em sentir algo assim.

-- Confie em mim Lya. Eu não vou fazer nada que vá te machucar. Se você não gostar é só me pedir que eu paro. Agora seja uma boa menina e abra um pouco essas pernas lindas.

Antes que eu pudesse pensar em algo, minhas pernas já estavam se abrindo. Não sei qual feitiço é esse mas, Gabriel tem um efeito sobre o meu corpo que é difícil de explicar.

Ele continua beijando meu rosto e pescoço enquanto sua mão vai passando sobre o meu corpo. Seu toque é quente e ele demostra saber exatamente onde tocar. Pequenos sons parecidos com gemidos escapam da minha boca. É difícil me conter, parece que meu corpo quer se contorcer.

Travo quando sinto sua mão entrar dentro da minha calcinha. Me seguro para não gritar. Nessas horas eu queria não ser tão inexperiente, queria pelo menos saber como agir.