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Sukuna estava com uma caveira enorme na coxa quando sai do quarto de Yuuji usando meu vestido novo. Ele havia feito um suspense enorme pra uma coisa tão normal e por esse motivo eu ri.

– Nobara, para de rir pirralha, me fala o que achou.

– Não que você sequer se importe com minha opinião mas... Ficou legal. Meio brega mas não esperava algo revolucionário de você.

Ele me joga um dedo do meio e uma almofada. Corro pela casa, tentando desviar dele.

– Mulher pelo amor! Ou você rasga esse vestido mulher de família ou quebra minha casa assim!

Perco meu fôlego rindo e sento ao seu lado, fingindo ser uma mulher recatada.

É verdade que o meu vestido é realmente algo que eu nunca usaria. O decote é totalmente fechado, em um círculo aberto mas que se fecha apenas pra poder se prender no ombro e não virar um tomara-que-caia. O corpo é curto, mas colado e o cinto grande marca minha cintura nos lugares certos. As mangas descem até metade do meu ante-braço e deixam à vista as pulseiras prateadas que contrastam com o tom pálido de vinho do vestido.

Resumindo, se meus pais me chamarem para algum jantar em família eu já tenho roupa.

Desmancho a pose que fiz no sofá e chego perto de Sukuna, analisando a tatuagem que tinha manchas em vermelho.

Sabe, demorou uma eternidade para eu me aproximar desse menino. Ele é um chato com literalmente todo mundo menos as pessoas que ele decide que são família, as quais até agora o menino só incluiu eu, Yuuji e Nanami. Não, o Mahito não. E é por isso que sou obrigada a ver brigas constantes entre ambos, que nunca se decidem se querem se beijar ou se matar.

Além da aparência intimidante, com todas as tatuagens pretas que nunca tiveram um real significado, ele também tinha a personalidade de bosta. Não vou passar pano falando que ele é legal só por ser maneiro comigo, mas acho que parte dessa personalidade vem dele ser super protetivo. Ou só um babaca.

De qualquer maneira, estávamos esperando Nanami chegar para me levar embora já que esse filho de cururu chamado Itadori não queria me levar pra casa. E o irmão dele tinha chamado Mahito para ver um filme aqui, o que significa sexo.

Falando em Mahito, esse tá a meia hora realmente procurando um filme.

Como se ninguém soubesse que no final ele iria acabar botando crepúsculo.

Solto um bocejo antes de apalpar o sofá em busca do meu celular, percebendo que ele não estava ali.

– Capetinha tira o braço de mim rapidinho, quero pegar meu celular – falo isso e o mais velho logo me solta e me da um pescotapa que eu retribuo.

Quando chego no telefone as borboletas no meu estômago decidem fazer uma festa ao notar as mensagens de Maki.

"Oi, Nobara eu presumo

tudo bem aí? e a mão?"

Abro um sorriso amarelo olhando para a mão cortada, mesmo sabendo que a garota não veria minha expressão.

"tô bem, a mão só dói quando mexo

e vc?"

"eu tô ótima, vê se passa uma água oxigenada nessa ferida, viu?"

"pode deixar doutora LKSJDKSJSKS"

Desligo a tela sorrindo que nem boba, o que recebe olhares maliciosos de Yuuji. Dou o dedo do meio pra ele, mas não escondo a risada que sai de meus lábios.

Ando até ele e o abraço pelo pescoço, olhando para a tela do seu celular, onde claramente aparecia a foto de um homem sorridente.

– Hmm, Itadori, quem é esse? Sugar daddy?

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