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Fazia um tempo que eu não saia da cama. Não que eu especificamente estivesse me matando aos poucos, na verdade eu só estava descansando. Por uma semana inteira.

Acontece que, como em toda situação que me faz mal, eu fiquei doente. Porra, se tivessem me falado que depois de correr na chuva em uma cena bem clichê eu iria ficar nesse nível de resfriado eu nem saia. Culpa da Maki. Era tudo culpa dela.

Mas eu não queria pensar nisso, coisas melhores tinham acontecido.

Yuuji vinha em minha casa todo dia depois da aula e Sukuna vinha até com mais frequência que isso. Até Mahito veio me visitar, e olha que eu odeio aquela puta.

O que mais me impressionou, entretanto, foi que minha mãe realmente se preocupou. Todos os dias ela fazia sopa e trocava os adesivos refrescantes da minha testa e pescoço. Fazia tudo me xingando por ser burra de ter saído na chuva, mas dava um beijo em minha testa depois de sair do quarto o que me deixava muito feliz.

De qualquer maneira, fazia já muito tempo que eu estava parada na mesma casa, e isso estava me incomodando demais.

Eu já estava quase bem, mas a merda da tontura não passava.

Chamar Yuuji era legal, mas queria que ele me levasse para comer fora só para sentir um arzinho na cara.

Quando eu falei com ele, porém, fui lacrada. Liguei para ele quando ele saiu da aula e levei logo um fecho, jesus.

Nobara para de ser burra sua animal, você tá gripada, um espirro e metade do bairro fica também.

– Então eu tô de quarentena? Ah mas isso não rola não... Você ou vai me levar até sua casa ou eu vou comer na rua sozinha sem minha mãe nem saber.

Você é a porra de um caso perdido... Sua mãe vai me matar, você sabe né? Se ela deixar eu te trago, mas só por uma tarde. Sua sorte é que minha imunidade e a do Sukuna nos faz quase imortais.

– Quem fala assim sempre morre cedo. Tá, vou ver com ela. Você é insuportável sabia gêmeo capeta?

Com você me falando isso todo dia é impossível não saber. Se ela deixar vou mandar o Gojo te pegar.

– Argh, logo ele? Ok. Você já tá todo íntimo com o sogrinho, né?

Menina... Nem te conto. Enfim, vê logo isso. Lembrando que eu não sou a favor disso não hein!

– Tá, tá... Tchau Ita, beijinhos.

Tchau mocreia.

Desligando, comecei a tossir um pouco, mas estava tudo bem, tudo sobre controle.

Minha mãe chegou em casa alguns minutos depois de eu ter desligado e veio ao meu quarto com outro prato de sopa - a qual eu já estava com vontade de vomitar - e remédios.

Fiz meu melhor para a mostrar minha recuperação incrivel e como eu estava simplesmente super melhor em comparação aos outros dias.

Quando ela não pareceu perceber, decidi iniciar meu monólogo.

– Mãe, a senhora não acha que eu já tô bem?

– Não. Sua temperatura ainda tá alta e você tosse as vezes. Seu pai veio aqui trocar os lençóis?

– Veio. Ele me falou que eu parecia melhor. Eu acho que tô. Já posso até andar pela casa sem ficar tonta, sabia?! – mentira. Eu via tudo preto. Não que ela precisasse saber.

– Hm... Que bom. Mas você ainda não está melhor. – ela estava organizando uns remédios ao lado da minha cama, mas quando terminou de falar isso ela sentou no banquinho ao lado e começou a me ajudar a comer.

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