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Moda.

Moda era definitivamente a minha vida.

Era a coisa que eu mais amava estudar e tudo sobre isso me fascinava.

Bom, isso até chegar a parte em que eu tive que aprender a fazer um sapato, nessa parte eu torci para a tesoura em minhas mãos simplesmente cortasse errado e viesse parar no meu coração.

Já estávamos no terceiro mês de aulas - dois desde que conheci Maki, com ressaca e novata na universidade (ainda sou, né) - e eu não aguentava mais os sapatos.

Eu tive que fazer a ficha técnica, o desenho técnico, vários trabalhos sobre o estudo dos materiais e como eles conseguiam combinar.

Foi desgastante! Eu estava morta quando fui para a cafeteria, praticamente dormindo em cima da mesa do refeitório.

Suguei o líquido da caixinha do achocolatado e resmunguei sozinha, esperando Yuuji ir me ver.

E ele veio pouco tempo depois que eu terminei minha bebida.

– Nobara você tá morta viu.

– Eu seeei.... – resmunguei – Não precisa me lembrar.

– Ah, mas é tão engraçado te ver assim! O Junpei tá aqui, tô te falando porquê eu sei que você não vai levantar a cabeça.

– Hmm, fala ai emo.

– Olá, Nobara! – respondeu Junpei, e eu acho que ele estava sorrindo para mim.

Fiz um aceno com a mão e eles se sentaram, começando a falar sobre um filme novo.

Apoiei a cabeça na mão e os encarei com um biquinho. Junpei não parecia gostar de Itadori. Sinceramente, ele nem parecia gostar de meninos de qualquer jeito que eu o olhasse.

Mas, Yuuji era a cara hétero top dessa universidade e era gay, então não dava para realmente saber.

Novamente deitei a cabeça naquela mesa, pensando se valia a pena mesmo voltar para a aula e fazer mais um par de sapato já que aquela mulher que chamo de professora decidiu que precisávamos de um outro par, esse sendo para tirar fotos.

Suspirei cansada, pensando que teria que cortar todas aquelas tiras de novo.

Nesse momento, levantei a cabeça e imediatamente mãos cobriram meus olhos.

– Ei! Quem é?

Toquei na mão da pessoa, subindo para seus ante braços.

Não sabia se era mulher ou homem mas a pessoa se aproximou da minha orelha e falou baixinho:

Você me prometeu um encontro hoje...

Ai putaquepariumeudeus eu tinha esquecido que prometi ontem que sairíamos hoje.

– Oi Maki – falei me virando. Ela olhou minha cara abatida e franziu as sobrancelhas.

– Dia ruim na faculdade?

– Não sei como você tem tempo livre. Qual é, você é Mediciner!

Ela riu alto, me fazendo um pouquinho melhor por ver que ontem já havia passado, que agora ela estava melhor e bem.

Fiquei aliviada de a ver assim, mas ainda me lembrei de perguntar mais tarde sobre aquela foto. Mas só mais tarde, agora eu queria apenas curtir meus últimos 10 minutos de almoço com ela.

– Eu manejo meu tempo, sabia?! E eu tenho insônia, estudo de noite e me mato de manhã. A tarde é sua, por hoje.

– Certeza? E você deveria se cuidar.

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