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Finalmente eu pude vivenciar um encontro de casais!

Ou quase casais já que Sukuna definitivamente nunca iria assumir Mahito. Mas fazia parte do anti-amor deles. Eu acho, pelo menos.

De qualquer jeito, Itadori tinha nos enchido o saco por uma semana para irmos ver um filme em um daqueles lugares antigos onde você estacionava o carro e subia na garupa para ver o telão. Coisa de velho. Ainda assim, por uma força maior - querer ter experiências antigas mesmo sendo nova - aceitei. E obviamente fiz Maki aceitar também, mesmo entendendo a relutância dela de ir em um lugar assim.

Muita gente iria, e seria meio chato ficar em um "encontro" no meio de tantos casais.

Todos estavam ansiosos mas com toda a certeza eu estava um pouquinho mais. Afinal, era o encontro mais meloso e romântico que existia naquela cidadezinha. Eu estava com duvidas se a Zenin iria rir o filme todo comentando o quão bobinhas eram as cenas ou iria levar tudo a serio e ter um encontro minimamente normal comigo.

Obviamente eu esperava a primeira opção. Até porquê nunca vi a esverdeada levar qualquer coisa que fosse a serio. Literalmente.

Ainda assim me esforcei para ficar minimamente bonita mas natural.

Primeiro tomei banho e tentei dar um trato na minha pele e depois ajeitei meu cabelo. Dessa vez, pela primeira vez, o deixei natural, sem alisantes. Isso foi um progresso enorme visto que Maki nunca havia visto as pequenas ondas que se formavam nas pontas do meu cabelo natural. Era bem pouco, mas o suficiente para me fazer gastar horas em salões com produtos químicos que queimavam meu couro e passar chapinha quando esses produtos não pareciam o suficiente. Era deprimente ter que passar por isso por algo tão pequeno.

Enfim, arrumei meu cabelo relutantemente e botei uma jardineira jeans com um cropped branco que era super delicadinho com as mangas laterais que pareciam feitas de renda.

Ficou uma combinação fofa e simples, o que me deixou pegar bem na maquiagem, usando um delineado gráfico que pesou um pouquinho mais no conjunto.

De qualquer maneira, quando terminei de me arrumar eu chamei Maki. Ela me disse que chegaria na minha casa em poucos minutos e a partir daí já fiquei mais ansiosa.

Era engraçado o jeito como havia se passado tanto tempo mas a menina ainda conseguia me deixar sem estruturas para qualquer coisa.

Ouvi seu carro estacionamento por cima dos meus batimentos cardíacos que ressoavam nas minhas orelhas e abri a porta sorrindo, meio com medo de estar arrumada de menos ou com o cabelo feio.

– Oi, amor – Maki disse saindo do carro, revelando um short verde militar com uma blusa preta simples, que me fez respirar aliviada por estar normal. – Você está estonteante.

– Oi, vida. Você fica magnífica de verde. Vamos?

Assentindo, a Zenin abriu minha porta, me fazendo rir com o gesto, e deu a volta no carro para sentar no seu banco.

– Como você está hoje, dona Kugisaki? – perguntou ligando o carro e apoiando uma mão em minha coxa após sair.

– Ótima, senhora Maki. Melhor agora que estou te vendo. E você, boiola? – rebati sem tirar o sorriso do rosto.

– Obviamente fico melhor toda vez que te vejo. E eu não sou boiola! Você que é perfeita demais!

– Isso é ser boiola, danadinha! E gada!

– Ser gada por você é um trabalho integral e eu sou workaholic.

Ri alto de sua declaração e começamos a conversar sobre o cotidiano até chegarmos ao longo estacionamento, procurando Itadori e Sukuna para ficarmos o mais longe deles - até porquê ninguém realmente queria ficar do lado de Sukuna quando o carro dele começasse a tremer e balançar. Esse menino não têm escrúpulos.

Foi até fácil achar o meu amigo rosadinho, levando em conta que ele balançou os braços enquanto subia no teto solar. Meio maluquinho. Sai do carro para o cumprimentar.

– Nobara! Você realmente veio!

– Pois é, eu não quis deixar Megumi com a tortura que é te ter sozinho. Ou meio que isso, já que eu não vou ficar do seu lado nem a pau.

– Quê?? Por que??

– Não quero ficar perto do Sukuna e do Mahito. Eles são meio... Intensos? Não sei nem explicar.

– Ah... Você tem um ponto muito bom. Enfim, como tá meio vazio então só escolhe qualquer vaga ai, mas me fala depois onde você parou!

–Ok, ok... Já te falo.

Voltei para o lado da minha namorada e andamos mais uns metros antes de acharmos a vaga perfeita para nos acomodarmos.

Ela estacionou e vimos alguns casais subirem no carro para ver o filme melhor, mas ambas concordamos que não era exatamente necessário para nós já que o telão estava em uma altura boa para enxergar sem ter que se debruçar sobre a parte da frente do carro.

O filme que botaram foi "dirty dancing" e ele começou em poucos minutos.

No primeiro momento eu e Maki estávamos rindo por causa da atuação meio estranha dos filmes de época.

Ela me deu a mão e ficava apertando toda vez que tentava segurar o riso em alguma cena que ela considerava nada haver ou que era muito estranha, como a parte das melancias ou a da dança entre o ator principal e a atriz principal, toda desleixada e estranha.

No segundo momento ela já apertou minha mão meio melancolicamente, triste em algumas partes como na da menina grávida que o pai não queria assumir ou na da cirurgia de risco que acabou fazendo a menina passar mal. Ela ficou feliz pelo menos da atriz principal ter aceitado dançar com o ator.

No último momento, eu juro por deus que a vi meio emocionada. Juro! De dedinho! Especialmente no giro no ar.

Acabou que das minhas duas opções, Maki foi as duas. Tanto riu até demais no filme todo, fazendo comentários ácidos mesmo em cenas bem feitas, quanto levou a sério e realmente aproveitou o momento, sentindo as emoções.

Isso me deixou muito mais feliz do que eu imaginava. Eu jurava que Maki iria provavelmente simplesmente ignorar todo o filme para poder falar comigo sobre análises de necrópsia ou algo inteligente assim.

– Ei, anjinho – perguntei, a vendo murmurar um "hm" – Você gostou mesmo do filme?

Ela sorriu, e se eu pudesse eu juro que moraria para sempre naquele leve levantar de canto de boca.

– Amei. Você também gostou, né? Eu lembro de uma vez que você falou que gostava de filmes antigos.

Subitamente fiquei emocionada por ela ter se lembrado de algo tao pequeno, que nem mesmo eu me lembrava de ter mencionado.

A puxei e a beijei lentamente e logo a afastei.

– Eu já disse que te amo, tipo, muito?

– Não hoje. Você pode dizer de novo se quiser.

– Eu te amo pra caralho.

E a beijei de novo, ignorando as mensagens de Yuuji que provavelmente avisavam que ele iria para outro lugar, ignorando o barulho leve de tremor que o carro de Ryomen fazia, ignorando os créditos do filme e os prováveis olhares intrometidos e indiscretos que tentariam captar alguma coisa a mais que estivesse ocorrendo no carro, mas era só aquilo. Só eu e Maki, nos beijando apaixonadas pois era isso que éramos. E somos. Loucamente, perdidamente, especialmente, apaixonadas uma pela outra.

– Nobara – Maki disse, se afastando – Eu te amo muito, muito mais.

~

E então, é isso! Obrigada por terem lido!

Brincadeirinha, ainda vão ter mais alguns extras mas acho que da história principal acabou tudinho! Sinceramente eu quero agradecer a todos que realmente tiraram um tempinho para ler essa fanfic e agradecer por todos que favoritaram e não desistiram dela. Muito obrigada, por tudo. Não é jm adeus total, mas um até logo !

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