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Quando levantei da cama pela manhã eu já sabia que tinha algo errado.

Era estranho acordar com o celular cheio de mensagens sinceramente. Não que eu fosse antissocial ou algo assim! O grupo de amigos que tinha Tendou, Junpei, Itadori, Mahito (de penetra), Sukuna (de penetra também) e eu era na real bem comentado, mas como sempre ficava no silencioso estranhei ao ver as notificações na tela. Especialmente as do Sukuna e as da Maki.

Sukuna era fácil saber que estava oferecendo carona, coisa rara para alguém que só acordava depois do meio dia.

Sério, esse menino deveria fazer algo além de beber e fuder.

O que me deixou animada mesmo foram as mensagens da estudante de medicina, que me mandavam um bom dia e me convidava para almoçar com ela.

Levantei da cama quase caindo no chão e respondi o Ryomen ainda sorrindo, agora já com os dentes escovados.

Tratei de por uma calça quadriculada e uma blusa de gola alta com um coturno preto, queria impressionar a estudante de medicina.

Sabe, penso que deveria ter lido cuidadosamente as mensagens, mas realisticamente falando, minha cabeça provavelmente me trairia do mesmo jeito.

Mas como não o fiz, parei numa cafeteria, sentada entre a irmã de Maki e um menino chamado Panda, com Inumaki e o namorado Yuuta em minha frente enquanto a esverdeada checava meu machucado de uma ponta a outra.

Acontece que na mensagem ela pedia para me ver no almoço, não para almoçar diretamente comigo, mas nem li direito, empolgada demais com o vislumbre de um momento com ela para me importar.

Suspiro, apoiando minha cabeça na mão livre. Meu descontentamento era palpável e talvez até Yuuji, do outro lado do campus, pudesse senti-lo.

Despejei murmúrios que apenas eu conseguia entender sobre a mesa, vendo a conversa fluente entre os participantes sentados ali.

Descobri algumas coisas interessantes pelo menos. Mai não era amiga deles, só estava lá porque Aoi - que soube ser Todo, o amigo de Itadori - havia faltado e ela não queria ficar sozinha. Panda fazia faculdade de gastronomia mas seu sonho era ser lutador de boxing, assim como Inumaki só fazia medicina por pressão dos pais, já que o que queria mesmo era gastronomia (e sim, ele tinha uma doença na garganta). Yuuta era bem quieto. Não consegui o ler tão bem quanto gostaria.

De qualquer maneira, Maki terminou de me deixar novinha em folha, com bandagens novas e um machucado limpo.

– Bom, na próxima vez que me chamar para almoçar me lembre de comer antes de vir aqui – resmunguei.

Ela riu um pouco e disse:

– Na próxima você come comigo, bobinha. Anda, sua aula já vai começar.

Sinceramente eu ansiei um pouco quando aquelas palavras foram pronunciadas. Comer com ela... não sei se teria estômago para isso.

Dando um tchau para todos, corri até a mesa de Yuuji antes de ir direto à aula. Queria saber se ele havia conhecido ou não o filho de Gojo, mesmo sabendo que provavelmente demoraria até eles se verem pessoalmente e que só havia passado um dia desde que o vi stalkeando o garoto.

De qualquer jeito, joguei os braços ao redor do rosado quando cheguei perto.

– Nobara! – exclamou Junpei, com um sorriso.

– Oii! Yuuji, já achou o filhinho do albino lá?

Ele me jogou de lado, me fazendo sentar no banco fino. Quando ele tirou o celular, eu sabia que havia algo.

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