oneshot.1

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Seus dedos vagueiam por minhas costas desnudas e sinto que o tempo para enquanto estou deitada ali. Maki está linda, e eu não ouso me mover para estragar o momento.

Não usamos roupas, mas a coberta nos envolve e eu gosto da sensação de ter meus seios colados ao seu corpo, me sinto mais viva quando estou o mais perto possível dela.

– Amor? – a esverdeada sussurra – São quase nove horas, linda. Precisamos começar o dia.

Gemo em insatisfação. Não quero a largar nunca.

– Não – murmuro, e sinto ela rir embaixo de mim.

– Gatinha, você tem um vestido de gala para fazer, lembra?

Tudo o que ela fala me dá mais vontade de permanecer ali. Deitadinha no calor de seu corpo.

Infelizmente, tudo acaba muito rápido. A mulher mais linda que já vi na vida sai debaixo de mim, não perdendo a oportunidade de roçar um polegar por meu seio direito, sabendo o meu ponto fraco.

Não seguro meu gemido, dessa vez de tesão e contrariedade misturados, e Maki apenas revira os olhos.

Continuo na cama. Porra, eu sou tão sortuda. Ela caminha com sua bunda rebolando (obviamente para tirar minha sanidade mental) e pega uma roupa simples do armário, se vestindo na minha frente. Honestamente, imagino que ela tenha perdido a noção do perigo.

– Que tal uma rapidinha, hein? – falo, sem me conter.

Recebo um tapa na coxa em troca.

Relutantemente, me levanto e coloco uma calcinha, seguindo ela para a cozinha sabendo que não deveria ter levantado.

A Zenin se abaixa para pegar o café e recebe um tapa na bunda de mim. Ela ignora e bota na mesa o saco enquanto eu preparo a água e começo a passar o pó.

Subitamente, ela me agarra por trás e beija meu pescoço enquanto aperta meu mamilo com uma mão.

– Hmmm, você não disse que era pra tomarmos café? – pergunto.

– E que tal eu comer... Outra coisa? – seu sussurro me arrepia, e quase abro as pernas ali mesmo para ela me comer.

– Uma ruiva, talvez? – questiono de novo e ela é voraz com suas atitudes.

Suas mãos brutalmente me viram contra o balcão e seu beijo é doce, me envolvendo com sua língua delicada.

Ela força seu joelho para cima e eu não consigo reter os barulhos que soltam da minha garganta.

No meio de chupões em meu pescoço, ela diz:

– Não grita.

Autoritária, ela me levanta e me senta em cima do balcão, descendo cada vez mais.

O barulho do café, a mancha de gordura no teto, a forma como as cortinas se movem com o vento que entra pelas janelas. Tudo é irrelevante quando sinto seu toque macio e quente sobre meu corpo. Ela me devora como se eu pudesse ser devidamente comida, como um homem das cavernas sedento por carne, ou um viajante morrendo de sede.

Perco a sensação das minhas pernas mas ela continua.

Nada se compara a isso.

~

Bom, talvez café quente com um pouquinho de açúcar se compare. Brincadeira, nada chega aos pés do meu amor.

Fico sentada no escritório depois de nosso momento e infelizmente ela precisa ir trabalhar. A vida é tão injusta.

Minha gatinha, Kate Moss, deita em meu colo, pedindo carinho em sua barriga cinzenta. Não consigo negar e a acaricio enquanto termino os esboços do vestido encomendado.

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