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Sobre o encontro: era definitivamente um desastre.

Óbvio, ainda faltavam horas para o evento mas eu fiquei ansiosa por volta de uma hora atrás, o que resultou em chamar Itadori em cima da hora para escolher roupas.

Ele não reclamou muito, na real até aceitou de bom grado.

Foi assim que paramos no meu closet, cercados de opções enquanto eu me dissolvia em montanhas de cores diferentes que faziam minha cabeça girar.

– Cara, – falei, deitando no meio do lugar e tentando respirar no meio de tanta bagunça – eu vou me matar.

– Ei amiga, relaxa – ele rebate, sentando ao meu lado.

– Vai dar tudo errado – digo enquanto levo o ante braço para cobrir os olhos, em um gesto cansado e abatido. Ele suspira ao me olhar, tentando fortemente não me bater, provavelmente.

– Então vou te falar uma coisa boa. Vou jantar com Megumi amanhã, só eu e ele, por pedido de Gojo. Esse albino do caralho realmente bota fé que vamos namorar. Não sou tão favorável à isso quanto ele mas um jantar de graça não se nega, e o emo lá pediu pra eu ir, então é isso.

Levanto em um pulo, assustando Yuuji. Sinto que meus olhos estavam brilhando enquanto eu sorria abertamente.

– Sério??!! Você não disse nada, babaca! Essas coisas não se escondem! Vão aonde?? Vai beijar ele? Meu deus, temos tantas coisas para fazer!

Ele ri, botando uma mão em meu ombro e se inclinando para frente em um gesto exagerado.

– Ei, se acalma! – me solta, ainda sorrindo – Não se preocupe, vou te contar todos os detalhes. E acho que você deveria usar aquele vestido – aponta para um modelo florido, que marca minha cintura e meu busto, deixando a saia frouxa. As mangas são grandes, percorrem todo o caminho até meus pulsos, e o material claro e delicado delas contrasta com o corpo florido.

Eu fiz esse vestido. Fiz mesmo, faz tempo. Queria estar usando meu último projeto, o marrom, mas não queria usar em um primeiro encontro.

Tive que ponderar demais sobre essa decisão, sinceramente. O meu ponto todo era fazer aquele vestido para isso mas não parecia certo usar uma roupa de mangas bufantes e material fino para sentar em um chão e comer bolo.

Por isso fiquei desesperada. Os planos mudaram tão em cima da hora que não tinha como simplesmente ignorar.

Ainda assim, contemplei a decisão de Yuuji. Realmente, era lindo. Achei que o bege clarinho iria contrastar bem com minha pele e me deixar menos pálida. Ou iria parecer que não pego sol a anos mas esse era um risco a correr.

Itadori, percebendo meu silêncio, bateu de leve em minha cabeça.

– Ai! – esfreguei o lugar com a palma da mão, o olhando feio.

– O que foi? Você ficou mais quieta que defunto.

Fiz uma careta e bufei, indo até o vestido e o pegando.

– Vou provar. Não sei se vai ficar bom então não sai desse quarto.

Enquanto falei isso, caminhei até o banheiro e ouvi um "uhum" do rosado, que tirou o celular do bolso para simplesmente me ignorar.

Nem liguei, só entrei no meu lugar pequeno e pendurei a roupa em um apoiador de toalhas. Me despi rápido, com mais pressa que o normal para usar logo o que eu queria. Quando o botei, o tecido era tão suave que me senti acolhida por um vestido.

Havia me esquecido que as mangas se tratavam como uma segunda pele em contato a minha, e o caimento da peça me valorizava tanto, mas tanto que se Maki não ficasse estática por pelo menos uma hora eu desistiria.

Sai do lugar com passos pequenos, indo até meu melhor amigo.

– Yuuji o que ach- YUUJI CADÊ VOCÊ? – gritei ao ver a ausência do menino, que "prometeu" ficar no quarto. Sabia que não deveria confiar.

Agora pisei forte. Saí pela casa praticamente tremendo o piso, dando amém por meus pais terem saído.

O rosado estava na sala, mas achei que tinha miopia, porque tinham dois garotos de cabelo rosa. Ambos no sofá da minha casa.

Ai lembrei do Sukuna.

– Gêmeos capetas?

Eles se viraram ao mesmo tempo, me observando ao me olharem.

Yuuji sorriu grande, assentindo enquanto os olhos brilhavam, mas Ryomen, apesar de me observar, apenas disse:

– Ha, gostosa.

Muito a cara dele, o que não me impediu de tacar um travesseiro na cara desse filho de uma puta.

Sentei no sofá, tomando cuidado para não amarrotar a roupa nem estragar nada.

– Meio que um déjà vu me veio aqui – falou Ita, batendo o cotovelo em minhas costelas.

– Claro, sempre que eu decido ficar em casa vocês vem pra me infernizar.

– Não finge que não gosta. – rebate Sukuna – Você odeia silêncio.

Ok, ele tem um ponto mas não irei dar o gostinho de vitória para ele.

Se bem que, se eu não tivesse eles do meu lado todo santo dia eu iria ser triste demais, tipo muito mesmo. Infelizmente essas pragas fazem meu dia mais feliz. Menos o Sukuna. Ele é babaca não gosto dele. Mentira gosto sim, mas ele é sim um babaca sem coração, sem amor a vida, sem amor à outros. Quando eu não o conhecia achava que ele era traficante, mas ai descobri que o traficante era o Mahito e ele que comprava o tanto de droga que aparecia nos rolês.

Quer dizer, acho que ele não é traficante, né. Espero isso com todo meu peito, sinceramente.

Vai que minha mãe descobre e me bota na rua por ter amigos de má influência, eu morreria se me tirassem daqui.

Tá, parece reclamação genérica, mas eu me apeguei a essa casinha.

Enfim, os meninos estavam tentando falar comigo a um tempinho, e eu não tinha percebido até levar um beliscão.

– Vocês não cansam de me deixar roxa?

– Então ouve! É importante – reclama Yuuji.

Bufo, passando a mão pelo lugar em que me beliscaram e o olho nos olhos.

– Toda sua, fala logo o que quer.

– São cinco horas. Seu encontro é daqui a uma.

– PUTA QUE PARIU.

Corri para subir as escadas, ouvindo críticas de Sukuna e risadas de Itadori. Nada importava, eu teria um encontro naquele dia.

E seria o melhor de todos, de verdade. Ou ao menos eu esperava com todo o coração que seria.

Afinal, dava para ter um encontro ruim com Maki Zenin?

~

oi gente pf não me matem eu sei que o capítulo é pequeno mas juro que não foi intencional.

prox att eu vou focar >>só<< no encontro e por isso não quis botar ele aqui nesse cap, ok?

enfim, espero mt que estejam gostando, sempre que vcs votam eu fico tão feliz sério mtmtmt mesmo, é o que mais me faz continuar.
bjs amo vcs

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