Esse capítulo é um extra, mas vão existir referências à ele no decorrer da história.
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Itadori deu sua mão para Megumi enquanto eles andavam pela orla de uma praia.
A imensidão do mar o fazia pensar em como ele estava bem, confortável e feliz ao lado do emo - como Nobara o chamava.
Eram esses poucos dias de paz ao lado do de cabelos pretos que o faziam querer que tudo durasse para sempre. Esse dia. O dar de mãos. A sensação de finalmente ter alguém ao seu lado.
Não era surpresa que ele estava feliz. Feliz demais, até. A ponto de Sukuna o encher o saco toda vez que ele sorria para uma mensagem do Fushiguro e se distrair em tarefas básicas como lavar a louça por estar devaneando apaixonadamente.
Isso. Apaixonadamente mesmo. Ele estava apaixonado e sabia no fundo do coração que era recíproco. Mas ele não iria falar em voz alta para Megumi.
O que o rosado mais temia era que em algum momento o menino negasse tudo o que ele achava que era real. Como se eles fossem apenas amigos, mesmo dando as mãos, se abraçando e se beijando como se fossem algo a mais.
Era essa insegurança o que o fazia suspirar em momentos como aquele, quando tudo parecia bom até demais, como se com um piscar de olhos fosse desmoronar.
– Ei – Fushiguro falou, apertando a mão do rosado levemente para o fazer focar sua atenção no menino a sua frente. Seus olhos o encaravam numa expressão confusa e Itadori se certificou de ter a cara mais neutra o possível naquele momento – No que você tanto pensa?
Yuuji tombou a cabeça na direção do ombro do ficante e respirou fundo o cheiro de lavanda impregnado nas roupas do outro.
– Na gente.
– O quê exatamente?
– O quão isso vai durar. Vamos muito longe e se cansar ou muito pouco e se arrepender?
Megumi riu, uma risada linda e leve.
– Você está trocando nossos papéis. Eu deveria ser o melancólico, sabia?
Isso arrancou um sorriso dos lábios de Itadori, mas quando ele levantou a cabeça para olhar para Fushiguro, este estava sério.
– Vai durar o quanto tiver que durar – ele disse sem hesitar – Não importa o quanto. Quero ficar ao seu lado durante esses momentos.
Yuuji sorriu fracamente e puxou o menino para um abraço.
– Você tem que parar de ser gay, Megumi.
– Eu não sou gay. Tu que deixa.
Eles riram alto e foram se sentar na areia, mais afastados da água.
O clima nublado dava o contraste perfeito com o som das ondas e as pedras por perto, que faziam ambos se sentirem extremamente em paz com tudo.
Era um ambiente bonito com duas pessoas bonitas nele. E apenas elas, inclusive, já que a praia estava completamente vazia a não ser por um quiosque com uma garota entediada mexendo no celular. Tirando isso eles provavelmente teriam a tarde toda só para eles.
E eles a utilizaram muito bem.
Pela primeira vez, Yuuji viu o quão espontânea Fushiguro poderia se permitir ser. Viu o menino rir enquanto jogavam água um para o outro. Viu o sorriso que não saia de sua cara enquanto eles se perseguiam pela areia. Sentiu o coração dele acelerar quando caiu com o ouvido exatamente no peito do outro, quando estavam correndo.
A verdade é que aquela tarde foi marcante. Mas mais ainda foi o final dela.
Eles se sentaram no quiosque da menina, com pena de ela passar o dia todo ali sozinha, e pediram ambos uma água de côco que ela fez em minutos com uma carinha ainda entediada, mas meio feliz por ter com quem conversar.
– Então... Vocês são um casal? – ela perguntou, furando um dos côcos.
Megumi corou, como sempre, mas Itadori assentiu com a cabeça, o que o fez levar uma encarada fudida do ficante.
Ele sorriu e pegou a mão do emozinho por baixo da bancada, onde a menina não poderia ver.
– Cara! Eu sabia! Dá pra ver na cara de vocês.
– Desde quando somos um casal? – questionou Megumi, fazendo o clima com a garota ficar meio pesado já que ela os tinha elogiado.
– Ah... Eu... Toma aqui, eu... Vou lá dentro limpar a... Churrasqueira! – a menina falou, se mandando do pequeno quiosque e indo para uma casa afastada, deixando ambos os côcos em cima da bancada.
Yuuji se virou de costas para o quiosque e observou o pôr-do-sol enquanto bebia sua aguinha de côco.
– Não somos? Ah, cara, deveríamos ser.
Fushiguro novamente corou, mas se virou para o mesmo lado do rosado e encarou a imensidão do mar antes de focar nos olhos sorridentes do - quase - namoradinho.
– Yuuji – ele chamou, vendo os olhos do mais novo se voltarem à ele – Você me ama?
Itadori quase engasgou com sua água, tossindo um pouco. Ele definitivamente não esperava isso.
– Deixa, acho que já entendi... – Megumi disse, soltando a mão deles.
– Ei, calma!! Eu só não esperava você ser tão direto! Po, eu jurava que ia ter que provar meu amor matando seus sete ex namorados antes de você sequer me escutar falando que sim, eu te amo. E sim, eu quero ficar com você. Obviamente o quanto durar, se durar, e tomara que dure. Porque cara, você é incrível. Você é o motivo de eu acordar sorrindo, porra! Eu te amo, Megumi. Amo muito, muito mesmo. Eu sou receoso, ok? Tenho medo de você se cansar de mim ou ver que eu não era tudo isso mas eu juro, se me falar que no fundo você sente a mesma coisa que eu então nós-
Itadori não conseguiu terminar sua frase. Nem sua declaração.
Lábios quentes e desesperados cobriram os seus e ele sentiu mãos geladas tocarem o seu pescoço antes de reagir e abraçar o corpo do mais velho.
– Caralho, Yuuji, eu te amo tanto – falou Megumi, ainda com os lábios grudados no outro.
Eles continuaram se beijando até Yuuji ficar ansioso para finalmente oficializar algo que ele queria a muito tempo.
– Eu... Sei que não é o melhor pedido do mundo mas... Quer me namorar?
– E você ainda pergunta? Claro!
– É uma pena que eu não tenha nenhuma... – o rosado começou a falar, olhando ao redor e apalpando os bolsos, mas antes de terminar a frase com "aliança", uma luz refletida bateu no seu olho e ele viu um cordão com dois anéis pendurados.
Ele os pegou. Esperava que não fosse de nenhum afogado. E se fosse, que ele se orgulhasse por mais alguém selar um compromisso com o par.
– Ah, bem na hora!! – ele tirou os anéis da fina corrente e finalmente perguntou: – Você aceita me namorar, o quanto durar e se durar?
– Claro! Mil vezes. – eles se beijaram de novo. E de novo. Pelo rosto todo. E riram quando Yuuji beijou com muita força o olho de Fushiguro, a ponto de ficar coçando.
Finalmente eles estavam felizes.
Bem.
E que dure para eles. Que dure o quanto durar (mas tomara que seja muito).
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oiiii sentiram sdd sim ou não
infelizmente estamos na reta final da fic :(( não pretendia fazer ela tão longa então tudo isso de capítulo já é muito mais do que imaginei ksksksk
espero que não briguem cmg por isso !! bjsss
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University • nobamaki
FanfictionQuando Nobara decidiu fazer design foi uma ação impulsiva, mas ao descobrir que a faculdade de medicina ficava do lado de seu prédio seus dias ficaram mais intensos com a aluna de cabelos verdes que sempre passava por perto.