capítulo 14

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Novembro chegou trazendo o primeiro jogo de quadribol da temporada. Como eu amo quadribol, nunca deixei de jogar, sempre ia na toca para treinar com Bill, Charlie, Fred e George, depois iria ensinar Ron e Ginny, Percy não gostava.

Seria Sonserina e Grifinória, o primeiro jogo de Harry como apanhador, eu estava muito animada.

— Bom dia Harry. Como você tá?

— Estou muito nervoso, com certeza não vou conseguir, vou cair de cima da vassoura e quebrar todo os ossos

— Uau, você pode até parecer com seu pai, mas ele era muito mais confiante, agora no exagero você puxou a ele mesmo.– digo rindo– Relaxa Harry, você tem o sangue dos Potter, é um talento nato e você treinou muito. Agora, coma algo. Vejo você no campo– lhe dou um sorriso e saio.

Estávamos todos no campo, o jogo começou.
Me diverti muito com a narração de um aluno da Grifinória, Lee Jordan, era muito engraçado.

Até que a vassoura começou a se movimentar de um lado para o outro, descontrolada, eu tinha certeza que alguém estava fazendo um feitiço para que Harry caísse.

Olho para os lados e vejo Snape, sua boca mexia murmurando um feitiços, mas então vejo outra pessoa murmurando feitiços também, Quirrell. Sabia que ele não era confiável mas agora fico na dúvida entre ele e Snape.

Discretamente lanço um feitiços de proteção em Harry e sua vassoura para de se mexer descontroladamente. Só então percebo que a roupa de Snape está pegando fogo, mas meu foco é Harry. Logo ele consegue pegar o pomo, com a boca ainda.

O Natal chegou. Primeira vez que passaria o Natal em Horgwarts, mas vou dar uma escapada para ficar um tempo com Remus, não gosto de deixar ele sozinho e passamos o Natal juntos desde 1983 então eu já estava acostumada a tê-lo por perto.

Esse ano Arthur e Molly vão viajar para Romênia visitar Charlie, por isso as crianças vão ficar em Horgwarts, Harry também ficará, ele disse que era melhor do que voltar a casa dos Dursley.

— Feliz Natal Remmy!!!– digo pulando em sua cama, já vestida com o tradicional suéter Weasley, o meu era roxo e as linhas que contornavam um B no centro dele era lilás.

— Feliz Natal Bea – ele rindo diz entre bocejos e então me abraça.

— Aqui está meu presente.– entrego uma caixa, dentro dela havia os chocolates preferidos dele, tanto trouxa quanto só mundo bruxo, tinha também alguns discos de vinil. Isso era algo que tínhamos em comum, amávamos música trouxa, me fazia lembrar Lily, e o fazia lembrar a época dos marotos.

Nos anos 90 discos já não eram tão usados, por isso além de discos das suas músicas favoritas, comprei para ele um Walkman com as mesmas músicas.

— Bea isso é um Walkman??– ele faz uma cara confusa.

— Sim, gravei suas músicas favoritas na fita. Não gostou?

— Não é isso.– ele diz e pega uma caixa presente e me dá – Acho que compramos o mesmo presente.– diz rindo e eu o abraço ainda mais

— Venha, é nossa tradição de Natal. Descemos a escada, acordei cedo para preparar o nosso café.

Ele coloca o toca-discos com a música jailhouse rock do Elvis. Sempre dançamos essa música no Natal, fazíamos até coreografia.

Desde que começamos a morar juntos, inventamos coisas pra passar o tempo, aprendemos a dançar vários ritmos musicais, Remmy se dava melhor nos mais lentos, treinamos muita valsa para os bailes da Ordem de Merlin que eram feitos e eu tinha que participar. Aprendemos muitas línguas também, Remmy era muito bom em francês. Além dos instrumentos trouxas que aprendemos. Amava passar tempo com ele.

— Essa música me lembra Sirius.– ele diz e abaixa a cabeça.

— Ele tinha um bom gosto musical então.

Logo começa a toca Can't help falling in love e começamos a dançar lento. Canto em seu ouvido quando ele encosta sua cabeça no meu peito e faço carinho em seu cabelo.

— Você canta bem.

— E você diz isso em todas as vezes que canto. Já tenho que ir para a escola, tudo bem?

— Sim, mande um abraço para Harry e Ron. Você vem dormir aqui?

— Venho sim. Tchau Remmy– digo e lhe dou um beijo na bochecha.

— Tchau ruivinha.

Antes de ir abri os presentes que tinha ganhado. Severo tinha mandado um colar, era cravado de ametistas, eu não esperava presente dele depois da discussão que tivemos sobre Harry.

Também tinha enviado presente para ele um kit de poções, vestes pretas elegantes.

Para os meus sobrinhos enviei kits de limpeza para vassouras, Ron, Fred e George. Para Molly um livro de culinária, para Arthur alguns artefatos e vestes trouxas.

Para Harry um Walkman como o de Remus, para Ginny um vestido lindo que vimos um dia passando pelo beco diagonal e ela ficou encantada. Para Hermione um livro trouxa que eu amava e para Percy um guia de carreiras. Também enviei umas plantinhas para Neville.

Chegando na escola encontro Harry e Ron.

— Feliz Natal meninos!  Gostaram dos presentes?

— Muito obrigada madrinha, estava precisando mesmo de um kit de limpeza para vassouras, cuidar bem da nimbus que você me deu– Ron diz me abraçando e lhe dou um beijo na testa.

— Obrigada triz, eu nunca tive um Walkman.

— Eu sei Harry. Gravei as músicas favoritas dos seus pais, segundo Remus.

— Muito obrigada– diz me abraçando.

Fomos em direção ao salão principal para o almoço, foi ótimo, encontrei os meus sobrinhos e nos divertimos depois em uma guerra de bolas de neve.

Depois voltei para casa para passar o resto do dia com Remmy.

********

O tempo foi passando, as aulas estavam correndo bem, mas eu estava com um mau pressentimento. Ainda me preocupava o ocorrido no jogo de quadribol. Em uma noite uma coruja chega em minha casa, já era madrugada então deduzi que seria algo importante.

"Houve uma tentativa de roubo a pedra. Venha até a escola imediatamente. Ron e Harry estão na ala hospitalar.

Albus Dumbledore. "

Meu coração para. Sinto muita dor e tudo parece estar girando. Acordo Remmy que me abraça tentando tirar toda minha preocupação. Me visto e vou para a escola. Chegando lá encontro Harry desacordado e Ron em outra maca. O abraço.

— Vocês prometeram– digo com lágrimas nos olhos o apertando no abraço. Vejo Harry acordar e corro para abraçar ele também.– Vocês dois prometeram.

Harry começa a falar sobre a pedra e Dumbledore pede para que eu acompanhe Ron até sua comunal. Conversaria com os três depois.

Um dia depois chamo Harry, Ron e Hermione para conversar. Eles começam a tentar se explicar mas os interrompo.

— Vocês não precisam. Eu entendo o que fizeram e entendo que não podem prometer não fazer de novo. Mas preciso que pensem antes de tudo nas pessoas que amam vocês. O que fizeram foi muito inconsequente, deixaram todos preocupados.

Eles assentem cabisbaixos e seguimos para o salão principal onde seria entregue a taça das casas.

De última hora Dumbledore decidiu conceder pontos a Grifinória por Harry, Ron, Hermione e Neville.

Logo as férias chegaram e fui me despedir de Harry na estação.

— Sinto muito que Dumbledore não tenha concordado em deixar você passar todas as férias comigo, ainda vou dar um jeito de ficar com sua guarda Harry.

— Tudo bem triz– ele diz com um sorriso sem graça.

— Daqui alguns dias vou passar na sua casa para lhe pegar. Me mande cartas, por favor.

— Ok.– ele se animou um pouco mais e me abraçou.

— Até mais Harry.

I found you- Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora