Capítulo 4

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Assim que avisto meus pais um pouco mais a frente no portão de desembarque, acelero meus passos a fim de chegar perto deles e me manter o mais longe possível de Eric, esse que vem andando logo atrás de mim.

— Vamos logo — digo para meus pais, assim que chego ao lado eles.

Eles me encaram com estranhamento e eu cruzo os braços, não conseguindo conter meu descontentamento.

— O que foi que aconteceu? — meu pai pergunta.

— Nada, só quero conhecer logo a casa nova — respondo, e forço um sorriso.

— Não tenha pressa, já, já estaremos em nossa nova casa — minha mãe diz.

— Foi ótimo ver você, Melie — Eric diz, parando ao lado de meus pais.

Suspiro e coloco meu casaco, ignorando totalmente o garoto.

Meus pais o encaram em curiosidade.

— Sr. e Sra. Morris, eu sou o Eric, um amigo de Amelie. — Eric cumprimenta meus pais com um aperto de mão.

— Olá — minha mãe o cumprimenta.

— Amelie nunca nos apresentou um amigo dela — meu pai diz.

— Agora que também vou morar aqui, haverá muito tempo para me conhecerem mais — Eric diz, sorrindo.
    Me controlo para não revirar os olhos.

— Você também se mudou para Nova York? Isso é incrível. Não é, Amelie? — minha mãe diz, sorrindo abertamente para mim.

— Não, não é. E ele não é meu amigo, só nos conhecemos — digo, e encaro Eric.

— Querida, seja mais educada. — Minha mãe me lança um olhar de reprovação.

Respiro fundo.

— Está tudo bem, já estou acostumado — Eric diz. — Bom, tenho que me juntar aos meus pais. — Ele aponta para um casal que olha em nossa direção. — Foi um prazer conhecê-los. Vejo você por aí, Melie — ele diz a última parte olhando para mim, e sorrindo travesso.

— Espero que não — murmuro.

Eric some em direção ao casal.

— Por que não me disse que tinha um amigo? — pergunta minha mãe.

— Falamos disso depois. Temos que encontrar nossas bagagens — digo, saindo de perto deles.

Era só o que me faltava. Eric conhecendo meus pais.
    Solto um resmungo.

O aeroporto está bastante movimentado, assim que pegamos nossas bagagens, fomos em direção a saída a procura de um táxi.

Assim que finalmente tenho contato direto com a luz do dia, sinto todo o estresse se esvair, observo tudo ao redor. Finalmente estou em Nova York. Quando enfim conseguimos um táxi, nos direcionamos a caminho do nosso novo lar. Encaro a cidade pela janela aberta, o vento soprando os meus cabelos, os grandes prédios preenchendo minha visão.

— Olha ali, Amy! — Oliver diz, apontando para um terreno que está sendo construído um prédio. Digamos que meu irmão tem um fascínio por obras, escavadeiras e tudo que remete a construção. — Um dia eu vou construir um prédio maior que todos esses.

— Vai sim — digo, bagunçando seus cabelos, sorrindo mínimo para ele.

***

O táxi para em frente a uma casa um pouco maior que a nossa antiga, e que parece bem mais moderna, o quintal da frente é enorme, a garagem fica ao lado da porta de entrada, a casa é feita de madeira pintada com um tom claro de azul, e o telhado é revestido de madeira que brilha por causa do verniz bem passado, parece aconchegante.

Uma confusa ironia do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora