Capítulo 24

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Assim que abro os olhos, minha visão é preenchida pela claridade do dia, pisco algumas vezes seguidas, fazendo meus olhos se acostumarem com a luz, noto que deixei as cortinas de minha janela aberta. Ainda meio grogue pelo sono, me levanto, ficando sentada na cama, o som do despertador martelando em minha cabeça. Estendo a mão para desligá-lo.

Minha energia pareceu se renovar ao me lembrar que dia é hoje.

Salto da cama, animada, e olho para o calendário na parede para ter certeza.

Hoje é o dia do meu aniversário.

Finalmente cheguei na maioridade.

Abro a janela do meu quarto, parando na pequena varanda, vendo as árvores aos poucos se entregando para a primavera, um vento suave e quente toca a minha pele, trazendo consigo o cheiro inebriante das flores.

Sorrio aberto.

Corro para o banheiro, a fim de me arrumar para ir ao colégio, mesmo sendo meu aniversário, não significa que o dia vai ser completamente perfeito.

***

Desço as escadas parecendo uma criança, saltitando, jogo minha mochila de qualquer jeito no sofá, entro na sala de jantar e paro rapidamente, vendo a mesa muito bem arrumada, com várias coisas feitas, com um magnífico café da manhã.

— Nossa menina precisa de um café da manhã de aniversário de qualidade — meu pai diz, aparecendo na sala de jantar.

Ele vem até mim, abrindo os braços, vou até ele e o abraço.

— Feliz aniversário, querida — ele diz, me abraçando forte.

— Obrigada, pai — digo, sorrindo aberto, e nos desvencilhamos.

Minha mãe vem da cozinha.

— Não acredito que você já está fazendo dezoito anos — ela diz, também vindo me abraçar. — Parabéns — fala cantarolando, apertando seus braços em volta de mim.

— Obrigada — digo, um pouco com dificuldade por estar presa em seu abraço.

— Feliz aniversário, Amy — Oliver grita, vindo da sala e correndo em minha direção, me dando um abraço.

— Obrigado, tampinha — digo, bagunçando seus cabelos.

— Quando eu tiver a sua idade, vou ser muito maior que você — ele diz, arrumando seus cabelos, e sentando em uma cadeira.

Todos nós sentamos a mesa.

— Você só irá ganhar seu presente a noite — diz minha mãe. — Estou pensando em fazer um bolo. Por que você não convida seus amigos?

Penso na ideia, o que me deixa animada e ao mesmo tempo relutante. Acho que eles nem sabem que é meu aniversário, não comentei nada com ninguém, e também não é algo que necessita de tanta atenção assim. Estar com a minha família já é o bastante.

— Pode fazer algo só para nós. Pra mim já está ótimo — digo, dando um sorriso mínimo.

Percebo minha mãe ficar um pouco desanimada, mas logo ela tratou em disfarçar com um sorriso.

— Se é o que você quer, mas se mudar de ideia, não tem problema. — Ela esboça um sorriso reconfortante.

Apenas assinto com a cabeça.

— Agora, hora do café de manhã! — meu pai diz, com uma empolgação que fez todos nós rirem.

***

Uma confusa ironia do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora