(44) - Revelações

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Vem aí, fortes emoções...

— Quem estiver aí. O local vai fechar! — Alertou uma voz alta, nos assustando. Tentamos nos recompor, mas já é tarde demais. Jung Hae In na porta do camarim.

— Nossa! — Disse com a mão sobre a boca procurando olhar para os lados. — O local vai fechar gente!

Pronto! Aí se foi o momento perfeito que estava tendo. Tae imediatamente saiu, ficando a sua postura, e eu fechei  minhas pernas, ajeitando minhas roupas e saindo de cima da mesa. A essa hora, Jung Hae In já tinha saído de nossa presença. Então só peguei minha mochila indo para o carro e ele me acompanhou.

No caminho para casa, o silêncio se fez presente, como eu imaginei. Lá naquele momento, eu amei. E depois que o clima foi cortado, fiquei com vergonha, pois apesar de tudo, os toques dele em si já causam efeitos que nem mesmo eu sei explicar. Ele pareceu muito com o Tae do meu sonho, embriagado de excitação. Nunca vou deixar de dizer que gosto disso, tô chegando a conclusão de que ele é daqueles romântico, mas na hora H se transforma. Isso me deixa nervosa e feliz ao mesmo tempo, não sei explicar.

— Desculpa se fiz algo que se incomodou. — Falou com os olhos no trânsito.

Como vou explicar que gostei e queria mais? Mas ele é tão respeitoso e fofo que não quero dizer isso a ele agora.

— Sério. Eu te beijei e...

— Eu também. — Interrompi.

— E a gente foi se deixando levar e...

— Tá tudo bem. — O Interrompi  novamente. — Não se preocupe, faz parte.

Agora ele se fixou seus olhos em mim, um olhar sereno e depois retornou  para a rua.


(...)


Após fazer minhas higiene e colocar uma roupa confortável, desci para pegar sorvete na cozinha, peguei e me diriji de volta ao meu quarto, mas no caminho pela sala, encontrei meu pai.

— Filha? — Se levantou de pijama com o controle na mão. — Você tá ocupada?

Eu iria para o quarto do Tae dividir o sorvete com ele, mas meu pai não é de me imcomdar muito, e hoje ele quer algo de mim. Então resolvi dizer apenas que:

— Não.

— Assiste comigo?

Quando era mais nova, assistia a muitos filmes com ele, de terror, ação, até mesmo comédia. Sempre foi bom, depois da empresa, ele não teve muito tempo, e nem eu. O convite dele me alegrou, vai ser bom matar a saudade.

— Claro.

Sentei no sofá junto a ele, colocando Exterminador do futuro, em seguida IT capítulo dois. E para tirar meu medo do filme, finalizamos dando altas risadas de As branquelas, não importa quantas vezes assisto esse filme, sempre darei altas risadas ao lado do meu bom pai. Todos esses são filmes que éramos acostumados a assistir juntos, minha mãe nunca foi muito chegada.

Nossa sessão acabou o sorvete também, senti como se tivesse voltado ao passado, somente eu e meu pai aproveitando o momento, sem ter problemas, responsabilidades e nem nada que exista hoje.

— Obrigado filha. — Respirou calmamente, soltando suas palavras vagarosante. — Você é meu tesouro! Meu orgulho, é uma mulher forte e cheia de si! Estou tranquilo.

— Obrigado pai mas isso tá me assustando! — Falei o olhando seriamente.

— O que?

— Isso, estou tranquilo.

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