Made For Each Other // Harry Potter

19-Se Afaste De Todos..

Lumus!✨

25 de Dezembro de 1992.

Era dezembro.

Tecnicamente o espírito de Natal misturado com a neve fofinha lá fora serviria pra me acalmar, não é?

Não!

Tinha pedido à vovó para que eu ficásse em Hogwarts, e ela, um pouco tristonha, porém entendendo meu lado, deixou.

Mas ainda não estáva sendo um bom natal.

Decidi ficar na escola por causa do Testa Rachada.

Eu estava brava com todos, eles estavam destratando Harry depois do incidente da ofidioglossia dele.

E eu juro, tentei bater em três pessoas que simplesmente cochicharam ao ver ele, ou desviaram seu caminho pra não ter que passar por ele.

Em duas, meus amigos me seguraram.

Na terceira, tomei uma advertência e fiquei com um pulso doendo.

Mas o boboca que fez uma cara de nojo pra Harry saiu com um olho roxo.

Por que isso me irritava tanto? Talvez pelo simples ponto de que..

Era mais possível que eu fosse a herdeira de Slytherin do que o Testa Rachada.

Qual é? Olha pra ele! Ele é extremamente fofo e nunca faria nada pra machucar ninguém.

Claro que irrita, mas isso não vem ao caso. E é um pouco esquentadinho também.. mas não chega aos meus pés nesse quesito.

O fato de não ter achado nada muito relevante para meu processo animago, não colaborou pra o meu humor.

Eu também havia voltado a falar com Tom, que questionou sobre meu sumiço..

Pra ser sincera.. eu não sabia a resposta. Era só uma sensação estranha.
Um mal pressentimento.

Mas ele acabou me ajudando bastante, por que depois de um tempo.. Eu comecei a ter pesadelos horríveis.

Foi assim que eu acordei no dia de Natal.

Com um grito engasgado na garganta.

*****

A imensa figura me perseguia, a água espirrava a cada passo meu.

Eu corria desesperada, mas não conseguia fugir.

Um alto sibilo me faz tremer dos pés à cabeça, era uma cobra!

Corro mais e mais imaginando as presas mortíferas, mas agora, eu afundava..

A cada passo que eu dava, eu afundava.. Até que estava completamente submersa na água..

Lá, a figura de um jovem pairava de maneira estática com um sorriso macabro.

"É culpa sua.."

Disse a voz que eu ouvia.

Tentei negar, berrar que não era.
Mas o som não saia.

"Você é a culpada."

Voltou a repetir a voz.

Mas dessa vez, o jovem falou junto com a fera.

Eu me esperniava, gritava e nada.

"SUA CULPA!"

Agora, uma risada malígna acompanhou a acusação em um tom elevado, que estremeceu a água ao meu redor.

Abri os olhos e estáva em minha cama.

Eu devia ter dormido demais, afinal, não vi nenhuma das minhas colegas de quarto.