21-Tem Que Ir Embora..

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Lumus!✨

14 de fevereiro de 1992.

Por várias semanas, os boatos sobre Mione cresceram.

A gente visitava ela todos os dias.

E por incrível que pareça, levávamos as tarefas.. Por que ela pedia pelas atividades.

As boas notícias eram que ela tinha me perdoado e estava se recuperando.

Em um certo dia.

Eu estava em meu dormitório e arrisquei um olhar pra a mesinha de cabeceira onde o diário estava guardado.

Me sentia um tanto culpada, afinal, Tom estava ali também.

Mas tinha concluído de vez, esse diário não me faria bem. E eu tinha que me livrar dele.

Logo, decidi tirar o diário da gaveta.

Ele já estava lá a pouco mais de um mês, e talvez, fosse hora de me despedir de Tom..

O peguei e molhei minha pena.

"Olá Tom."
Escrevi vendo a tinta sumir.

"S/n, você sumiu novamente. Fiz algo ruim, estou sendo um mal amigo?"
Perguntou, e eu fiquei com dó.

"Não Tom, você não foi um mal amigo.. Mas estou começando a achar que o diário não me faz bem como você.."
Confesso escrevendo.

"Acho que está na hora de nos despedirmos.. Sabe, você foi bem legal. Mas coisas estranhas aconteceram quando voltei a escrever aqui. Então, só vim dar tchau."
Eu achei que ele fosse entender, mas ao invés disso.. Simplesmente sugou a tinta, que voltou com a frase.

"Você não pode, precisa de mim! Você é a culpada, e não quer que essa informação caia nas mãos erradas. Só eu posso guardar isso."
Arregalei os olhos.

"Você é a culpada".

Foi aí que a ficha caiu.
Ele era o garoto do pesadelo!

Comecei a respirar rápido. O pânico me tomou.
Tinha que jogar isso fora, tinha que ir pra longe!

Fechei o diário depressa e o peguei indo até o banheiro.

Ia jogá-lo na privada, dar descarga, fazer qualquer coisa.

Mas ele tinha que ir embora.

Rapidamente, porém, ainda na surdina, fui até o banheiro da Murta.

Mesmo que ele demorasse pra se desfazer na água, ninguém ia achar ele lá.

Afinal, ninguém encarava ir lá. E eu e meus amigos não tínhamos mais motivos pra ir também.

Em pouco tempo, eu tinha que voltar para a comunal, pra encontrar os meninos.

Então, não me demorei.

Simplesmente abri a porta do banheiro o suficiente para arremessar o diário lá dentro.

Ouvi um choramingo da Murta.

Novidade.

Não tardou para eu ouvir o barulho do livro tocar a água.

Só não iria saber dizer se foi a da privada ou no chão.

Sinceramente, não importava, ele ia se estragar com a humanidade, e eu estava livre.

Tom nunca tinha agido daquela forma, e confesso que meu medo foi imenso.

*****

Fomos para a ala hospitalar, onde Mione estava.

Made For Each Other // Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora