Me Abrace Bem Forte

capítulo 11

Eduardo

Caramba, o beijo na piscina foi a melhor coisa que eu tive em anos. Foi a situação mais incrível que presenciei. E ter Margarida em meus braços, correspondendo ao beijo, é algo que não quero esquecer tão cedo.

Nosso momento durou até ela parecer despertar de um transe e me empurrar. Eu estava tão atordoado pelo beijo que a deixei fugir praticamente aos tropeços para o inteiror da mansão.

Fiquei ali por um tempo, nadando para esfriar a cabeça, mas o momento anterior não saia da minha mente.

E não saiu nem mesmo no dia seguinte quando segui com Pilar até o meu apartamento para pegar alguns pertences importantes.

Ela me encara atentamente conforme enfio algumas roupas na mala.

— Por que não leva apenas uma mochila? Tem roupas suas na mansão, e você só vai passar alguns dias, certo?

— Hm, sim, alguns dias. — minto. Na verdade, espero passar muito mais tempo lá, principalmente no que diz respeito a ficar perto da minha flor. — Vou levar a mala assim mesmo. Gosto de sair, então é bom ter roupas para isso.

Pilar me abraça por trás, recostando a cabeça nas minhas costas.

— Creio que é por pouco tempo. Quando nos casarmos, você não vai precisar ficar lá. Compraremos um apartamento maior e bem mais luxuoso do que esse.

— Claro. — eu me viro para ela. — Mas passar esse tempo restante com os meus pais é algo que quero fazer antes do casamento. — murmuro meio incomodado com a última palavra.

Antes da chegada de Margarida na mansão dos meus pais, eu sequer pensava negativamente sobre isso. Apesar do passado, a ideia do casamento já era algo bem real para mim, mas de uns dias para cá as dúvidas começaram a aparecer e isso é ruim pra caramba.

Pilar e eu nos conhecemos no ano passado. Ficamos noivos imediatamente. Parte de mim fez isso porque meus pais me pressionaram por netos e havia algo que eu precisava apagar da memória. Tudo isso me fez pedir Pilar em casamento.

Ela é linda, inteligente, vem de uma boa família e parece a garota perfeita para mim, apesar da minha irmã não achar isso. E mesmo com todas as dúvidas, não posso recuar em nosso compromisso apesar de ter tido a melhor experiência de todas no dia anterior.

— Não é como se você fosse ficar sem tempo depois que nos casarmos. — ela comenta, acariciando meu rosto. — Você ainda vai poder vê-los assim como vou poder visitar meus pais. Sua liberdade não vai acabar quando estivermos casados, lindinho. — Pilar me dá um beijo rápido.

— Tem razão. — murmuro, forçando um sorriso.

Isso lhe dá incentivo para ela puxar meu rosto e nos beijarmos.

Aprofundo o beijo, ouvindo seus gemidos enquanto tento esquecer meu momento com Margarida.

Apesar de ter sido incrível, foi errado porque estou noivo e Pilar não merece. Aliás, nenhuma das duas merece minha estupidez.

Nunca fui um cara inconsequente e é isso que posso acabar me tornando se ficar mais tempo perto de Margarida, mas não posso evitar. Ela é como uma droga completamente viciante e irresistível.

— Amor. — Pilar geme mais alto quando alcanço sua garganta, beijando a pele macia.

Enquanto meus lábios a provam, outro rosto se enfia na minha mente e certa garota praticamente se materializa na minha frente.

Minha flor.

Levo a garota até a cama e nos livramos de nossas roupas com rapidez. Eu me protejo com a camisinha e, em poucos segundos, estou dentro dela, movendo-me como se não houvesse amanhã.