capítulo 22

1.4K 140 14
                                    

Uma semana depois...

Eu te amo. — Eduardo sussurra conforme alcança sua liberação e, cansada e satisfeita, solto um suspiro embaixo dele.

Quando sai de dentro e de cima de mim, eu o encaro.

— Que horas são?

— Acho que mais de meia noite.

Amplio levemente os olhos.

— Tenho que voltar para o meu quarto.

Parece insatisfeito.

— Por quê?

— Porque sua mãe já está desconfiando que nós temos algo, e precisamos ser cuidadosos.

Ele acena positivamente com a cabeça e seguimos para o banheiro dentro do quarto. Após o banho, me enxugo e coloco minha roupa de volta, ou seja, minha camisola verde e florida.

Eduardo me encara.

— Quer que eu te acompanhe?

— Nem pensar. — ele ri. — Podem nos ver juntos.

— Você que manda, flor. — está se divertindo, e sorrio para ele.

Eu me despeço e destranco a porta, saindo em seguida. Depois torno a fechá-la e me viro, quase tendo um colapso em seguida.

Luíza está me encarando agora e seus olhos estão amplos pela surpresa e indignação.

Droga!

— O que estava fazendo no quarto do meu filho? — praticamente grita, e me afasto um pouco mais da porta, evitando que Eduardo escute.

— Eu...

— Não precisa se explicar. Já sei de tudo. — aperta os punhos e suas feições exalam descontentamento. — Eu desconfiava, mas agora tenho a certeza. Siga-me até seu quarto. — sai andando antes que eu possa falar algo e, sem opções, eu a sigo.

No quarto, Luíza se vira para mim com a mesma raiva de antes, mesmo assim não levanta a voz como pensei que faria.

— Estão dormindo juntos, não é mesmo? — bufa indignada. — Então é por isso que Eduardo terminou tudo com Pilar! — não é um questionamento.

— Eduardo terminou com ela por seus próprios motivos, incluindo não amá-la. Apenas ficamos juntos depois. Nós nos amamos, senhora.

— Se amam? — sorri sem humor, e me irrito com seu cinismo. — Isso é apenas fogo de palha. E está na cara que você está interessada apenas no dinheiro dele.

— A senhora está me ofendendo agora. Pois fique sabendo que amo o seu filho e só não contamos antes porque prevíamos sua reação que não seria uma das melhores devido a sua mente limitada.

— Limitada?

Decido colocar para fora tudo o que estava preso.

— Sim. Por mais que se mostre uma senhora decente na maior parte do tempo e uma boa mãe, adorou me julgar no primeiro instante. Não sou nenhuma interesseira. Tenho meus valores.

— É mesmo? — fecha a cara. — Então prepare suas malas. Estará na rua amanhã mesmo. Está demitida.

Sinto choque com suas palavras. De toda forma eu esperava por isso. Luíza não me quer mesmo perto do seu filho. Mesmo precisando do emprego, não posso ficar em sua casa depois de tudo.

— Tudo bem. — ela se surpreende com a facilidade com que falo isso. — Eu vou. Mas não vou esquecer o que disse para mim agora a pouco. E vou ressaltar outra vez: eu amo o seu filho e nada pode mudar isso. Não estou com ele por dinheiro. Não preciso me rebaixar a isso. — nem percebi que estava chorando até sentir minhas próprias lágrimas contra o rosto.

Me Abrace Bem ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora