capítulo 21

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Um mês depois...

Nossa, quase nem acredito que tanto tempo se passou!

Em apenas um mês fiquei ainda mais próxima de Eduardo. Nossos encontros clandestinos continuam e há algo no proibido que nos excita.

Não estamos fazendo nada de errado, mas por enquanto é um segredo para o resto da família Bittencourt e para a minha. Nem mesmo Agnes faz ideia do nosso envolvimento.

A única que sabe é Soraia, que acabou descobrindo ao me flagrar aos beijos com Eduardo no jardim. Ela disfarçou o choque no primeiro momento então esperou ficar a sós comigo, para me bombardear com uma série de perguntas. Mesmo assim ela levou isso numa boa e disse que eu merecia ser feliz com, palavras dela, "o gato de olhos azuis".

E assim a vida tem seguido, mas Eduardo e eu temos conhecimento de que todos merecem saber em breve. Mas para tudo há seu tempo. E com a revelação do segredo, não será diferente.

No sábado à noite, após ser levada por Eduardo para jantar, agora sem Agnes, ele decide me levar para conhecer seu apartamento. Confesso que estou tomada pelo nervosismo durante a pequena viajem e ele não se atenua nem mesmo quando passamos pela portaria e adentramos o apartamento luxuoso. É mesmo lindo, e cada detalhe de sua arquitetura me deixa de boca aberta. Ele tem tons escuros e claros, que contrastam perfeitamente bem, tornando o ambiente bem masculino.

— Gostou? — Eduardo tranca a porta atrás de mim.

— É muito bonito. Você morava aqui sozinho?

— Sim.

— Não sentia medo de ficar sozinho em um ambiente tão grande? — eu mesma não conseguiria, já que fico imaginando barulhos estranhos e isso me enche de temor. Bobo eu sei, mas é inevitável para mim.

— Hm, não. Até gosto da solidão. E sou um cara razoavelmente corajoso. — murmura divertidamente, fazendo-me sorrir.

— Ao contrário do meu irmão.

— Você tem um irmão?

Engraçado que nunca contei sobre isso para ele. Bom, agora ele sabe.

— Sim, tem 24 anos. Mora com minha mãe e tia.

— Legal, eu não sabia. — confessa. — Ele é medroso?

— Um pouco. Acho que não conseguiria morar em um apartamento grande como o seu, apesar de ter vivido muito tempo no interior e ter visto coisas inimagináveis.

— Imagino. — sorri. — E você? Tem medo facilmente?

— Um pouco, não vou mentir. Eu não conseguiria ficar nesse apartamento sozinha. Me borraria ao ouvir qualquer trem estranho.

Eu o sigo por um corredor e me sobressalto quando as luzes dele começam a se ligarem sozinhas.

Arregalo os olhos, e Edu ri muito da situação.

— Agora vejo o quanto é covarde. — continua se divertindo, e eu o esmurro de brincadeira no ombro. — As luzes são acionadas por um sensor que detecta nossa presença. É instantâneo.

— Interessante. — ainda estou surpresa. Nunca tinha visto nada parecido, nem mesmo na mansão. — Isso que eu chamo de poder da tecnologia.

— Sim, muito interessante. — me olha divertido quando entramos em um quarto lindo. Vejo alguns retratos com fotos suas em uma praia. — Mas há algo mais interessante do que isso.

— O quê, por exemplo? — questiono divertida quando ele se aproxima com um olhar malicioso.

— Isso. — me puxa para ele antes de me beijar.

O ato ganha profundidade e deixo que Eduardo me toque conforme nos beijamos, sentindo suas mãos por toda parte.

É muito bom ficar assim com ele, apenas aproveitando o momento mágico. Meus sentimentos estão explodindo agora e tenho certeza que os dele também.

Paro de beijá-lo e me afasto um pouco apenas para lançar um olhar para a cama arrumada. Eduardo segue a direção do meu olhar e volta seus olhos curiosos para o meu rosto.

Sem deixá-lo pensar muito, pego sua mão e o puxo suavemente, fazendo-o me seguir até o colchão, onde sentamos. Eu o encaro, nervosa e ansiosa ao mesmo tempo.

— Eduardo, andei pensando muito nisso e... — ele parece ansioso enquanto espera que eu termine. — Estou pronta para... para fazer aquilo com você. — coro

— Sério? — diz em um sussurro meio ofegante e me encara na expectativa, ainda segurando minha mão entre as suas. — Você tem certeza? Não quero te pressionar nem...

— Shh. — pressiono seus lábios com meu dedo. — Eu sei o que quero, e você não está me forçando a nada. É uma escolha minha e desejo muito realizar.

— Uau. — ele assente, surpreso, mas esboça um sorriso animado, aproximando nossos rostos. — Ainda é recente, mas eu te amo muito.

— Também te amo. — murmuro com um sorriso e então Eduardo me beija, não deixando espaço para dúvidas ou indecisões.

Nesse momento, somos apenas dois jovens sedentos um pelo outro.

Segundo depois, eu o vejo se livrar de sua camiseta, e com os dedos trêmulos, me livro do meu vestido, ficando apenas de peças íntimas.

O olhar dele não desgruda de mim assim como o meu não sai dele, e voltamos a nos beijar profundamente.

— Você é tão linda, flor. — ele beija meu pescoço, e suspiro com o contato, tocando seu peito nu e ombros.

— Você também é lindo. — murmuro tomada por um desejo insano, e não demora muito para já estarmos completamente despidos.

Após Eduardo colocar o preservativo, nossos corpos se tocam como se já se conhecessem há muito tempo, e nos ajeitamos na cama para que possamos ficar confortáveis em nosso momento. Será minha primeira vez fazendo sexo e isso não deixa de ser um pouco alarmante apesar de incrível.

Eduardo fica por cima de mim enquanto voltamos a nos beijar. Em pouco tempo, ele está me penetrando cuidadosamente, enquanto solto ruídos de satisfação. Agradeço por não ter doído tanto e logo depois peço para ele acelerar os movimentos.

— Nossa... flor... — ele se movimenta em cima de mim e nossos gemidos se misturam com o barulho de nossa pele se encontrando.

— Edu... eu... — não controlo o gemido alto quando ele investe mais forte contra mim, fazendo-me alcançar o limite do prazer.

Não sei explicar o que acabou de acontecer, mas foi uma das melhores experiências da minha vida, senão a maior. Nunca senti algo assim e é extraordinário.

Eduardo geme mais alto, conforme se movimenta sobre meu corpo e logo seus gemidos aumentam de intensidade quando ele aparentemente alcança sua liberação.

Solto um suspiro satisfeito quando ele se apoia em meu corpo, ofegante. Logo depois Eduardo se deita ao meu lado e me puxa para seus braços, onde me aconchego feliz.

— Obrigado por ter entrado na minha vida, flor. — sussurra contra meus cabelos, fazendo-me sorrir e sussurrar um contente "eu te amo".


Continua...

Me Abrace Bem ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora