capítulo 25

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Duas semanas depois...

Posso declarar com toda certeza que as coisas só melhoraram nesse tempo, tanto no que diz respeito à aceitação do meu namoro com Eduardo quanto com a vida emocional de Agnes.

Sobre meu namoro, minha família já sabe e provavelmente a mansão inteira. Minha mãe levou bem essa história, afinal Eduardo é um amor com ela. Acerca de Agnes, ela está bem melhor desde que as meninas que a machucavam foram punidas. Gostei das reviravoltas, sobretudo com Luíza, que agora me trata bem melhor, e a volta de Eduardo à mansão.

— O que você tanto escreve aí? — questiono divertida, sentada próxima à janela do quarto de Agnes.

Ela me encara com divertimento antes de dizer:

— Estou conversando com Guilherme.

— Seu namorado?

Ela fica vermelha.

— Não, não tenho namorado. — sorrio da sua cara. — Na verdade, conheci Guilherme recentemente desde que ele foi transferido para a minha escola. Ele é legal.

— E bonito, posso supor.

Ela não hesita ao assentir com um sorriso.

— Muito bonito.

— Quem é bonito? — Eduardo questiona da porta, aparentemente enciumado.

Eu o encaro com animação.

— O novo amigo de Agnes?

— Amigo, é?

— Deixe de ser ciumento. — esmurro seu braço de brincadeira, e ele sorri.

— Quero te levar pra sair, flor. — me encara atentamente.

— Pra onde?

— Niterói.

Amplio levemente os olhos.

— No Rio.

Ele assente.

— Mas por quê?

— Há uma praia lá. E porque quero ficar mais tempo a sós com você. Além do mais, são apenas dois dias.

— Não sei. Sou uma moça de família. Não posso ficar viajando com um cara, sozinha assim. — brinco.

Ele revira os olhos.

— Posso convencer sua mãe.

— Tente. Se conseguir, eu aceito ir com você.

— Certo então. — ele sorri, nem imaginando a dificuldade que vai ser.



***



É claro que minha mãe não resiste ao pedido sofrível de Eduardo assim que ele fala sobre Niterói. Ela inclusive cita que sou maior de idade e dona do meu próprio nariz.

E é assim que acabo em Niterói, aproveitando cada passeio ao lado de Eduardo e tendo a chance de dormir com ele durante esse período.

É magico e na terça-feira volto para casa. Não vou ao trabalho, devido ao feriado, então fico em casa.

— Quando vai me apresentar seu namorado? — Pedro pergunta durante a tarde. Ele está sentado ao meu lado no sofá.

— Quando você parar quieto em casa terá a chance de conhecê-lo.

— Meio difícil. Quase sempre estou trabalhando ou ocupado com outra coisa.

— Sei do que se trata a outra coisa. — estreio os olhos e ele sorri sem graça.

Pedro se afeiçoou a uma jovem do seu trabalho e quase sempre está falando com ela no celular. Se estão namorando não sei, mas tenho certeza que estão a um passo disso.

— Tenho que lavar a moto. — ele se ergue do sofá.

Pedro deu entrada na moto e está pagando aos poucos, depois que começou a ganhar bem no trabalho. Fiquei feliz por ele. Apesar de preferir cavalos, vi Pedro pilotando as motos de seus amigos algumas vezes no interior, então ele sabe até certo ponto.

— Credo, você cuida mais dessa moto do que de si mesmo.

— Você só esta com ciúmes. — bufa divertido, saindo da casa.

Mamãe e Noemi estão preparando algumas delícias na cozinha, então, para não atrapalhá-las, decido seguir Pedro.

Recosto-me ao umbral da porta, observando a rua pouco movimentada enquanto Pedro pega a mangueira e demais utensílios de limpeza. Logo vejo o seu empenho em limpar a moto e apenas aproveito a brisa vespertina que me envolve. Observo as nuvens carregadas, tendo uma ideia de que vai chover.

— Se apresse. Vai chover.

— Estou vendo. — Pedro encara o céu, e depois volta a atenção para sua tarefa.

Depois de alguns segundos, minha tranquilidade é jogada no lixo quando Pedro decide usar a mangueira para me molhar.

— Seu idiota! — grito, e ele cai na risada.

Sem que ele espere, pego um balde cheio de água e despejo na cabeça dele, que estava parcialmente abaixado.

Pedro se ergue e avança em mim, com a mangueira em mãos e um sorriso maldoso nos lábios. Amplio os olhos quando ele me molha novamente e choramingo, fazendo-o rir ainda mais. Antes que ele possa reagir, arranco a mangueira de sua mão e o molho, deixando-o possesso de raiva.

É minha vez de rir.

Me Abrace Bem ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora