capítulo 28

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Meses depois...

Eduardo anda estranho ultimamente. É como se estivesse escondendo algo, e isso me deixa meio apreensiva.

Até tenho vontade de perguntar, mas fico na dúvida e desisto.

Não deve ser nada; apenas coisa da minha cabeça.

— Vem pro meu apartamento agora. É urgente. Pede pra uns dos motoristas da mansão te trazer. — recebo sua mensagem e franzo o cenho ao lê-la.

— Por quê?

— Não estou me sentindo muito bem. Preciso de você.

Simples e direto.

Isso me preocupa e em questão de segundos estou saindo da mansão em direção ao apartamento. Agnes ainda está na escola, então Luíza me liberou quando expliquei o caso.

O carro estaciona em frente ao prédio e desço rapidamente. O porteiro autoriza minha entrada e sigo até o elevador. Logo estou no corredor, seguindo em direção à porta de Eduardo. Aperto a campainha.

Nada.

Aperto mais algumas vezes e nenhum sinal dele.

Começo a me preocupar e ligo para seu número. Ele não atende.

Levo minha mão até a maçaneta e me surpreendo quando consigo abrir a porta. Nem estava trancada.

— Eduardo? — franzo o cenho para a escuridão que me recepciona e tomo um susto quando as luzes se acendem de uma vez.

— Caramba! — levo a mão aos lábios, chocada com a cena na minha frente.

A sala de estar está cheia de balões vermelhos. Há algo entre eles deles, e parece um quadro, mas não posso ver direito porque está coberto por um pano vermelho.

Não há sinal de Eduardo, e com um sorriso nervoso me aproximo do suposto quadro. Puxo o pano, curiosa, e ofego quando me dou conta do que é.

É realmente um quadro enorme. Contem uma pintura de mim onde estou colhendo margaridas no meio do campo.

Ficou perfeito.

— Seu irmão é um excelente pintor. — a voz surge atrás de mim. — Com uma ajudinha, a carreira dele vai decolar.

Eu me viro apenas para encontrar Eduardo com um sorriso no rosto bonito e algo em suas mãos.

Meu coração acelera sobremaneira quando observo a caixinha preta.

Meus olhos ardem assim que Eduardo se ajoelha na minha frente. Ele também parece nervoso quando me encara.

— Você é a minha joia mais preciosa. Na verdade... — suspira. — É minha doce flor do campo. A garota mais incrível que tive a chance de conhecer.

As lágrimas não param de descer dos meus olhos, e vejo que ele também está emocionado, sobretudo quando abre a caixinha, revelando um anel lindo.

— Eduardo... você

— Acho que você percebeu que eu estava estranho nos últimos dias, e peço desculpas por isso. Nunca quis te deixar preocupada. Eu só estava pensando em um jeito de te surpreender. E vejo que consegui, não é?

Assinto, emocionada.

Eduardo respira fundo e olha no fundo dos meus olhos.

— Margarida, minha flor... — sorri. — Você quer se casar comigo?

Sem pensar muito e com o coração acelerado, eu me ajoelho também antes de dizer:

— Eu quero muito, Edu. Quero me casar com você. — sussurro e ele amplia o sorriso. Seus olhos revelam o quanto está feliz pela minha resposta e seus olhos estão cheios de lágrimas. É raro vê-lo assim, tão frágil, mas ele continua lindo dessa forma.

— Eu te amo. — ele pega minha mão e coloca o anel em meu dedo. Sua mão está tremendo, e sorrio quando o objeto se encaixa perfeitamente. Eu o admiro por um instante antes de ser beijada pelo meu amor; o homem com quem quero passar o resto da minha vida.

Me Abrace Bem ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora