Margarida
Uma semana depois...
Já que a Agnes insistiu para que eu jantasse com ela e os pais, tive que ceder.
Agora estou sentada com a família na mesa enorme, enquanto eles conversam casualmente. O senhor e a senhora Bittencourt já se acostumaram com minha presença pela casa, ao lado de Agnes, e isso torna as coisas menos estranhas.
— Ei, família! — estremeço involuntariamente quando Eduardo desce as escadas, aproximando-se da mesa.
Ele senta do outro lado, de frente para mim e me encara discretamente conforme algumas moças nos servem. Faço questão de colocar o meu, já que tenho mãos de sobra para isso.
— Ainda está com raiva de mim, mãe? — ele encara Luíza.
A mulher solta um suspiro.
— Claro que não, filho. Já passou.
Tenho certeza de que estão se referindo ao noivado cancelado.
— Que bom. Eu não conseguiria conviver com o seu ódio.
— Eu não estava com ódio de você, apenas contrariada. Eu nunca poderia odiar você, Eduardo. Sabe que te amo.
— Que bom. Também te amo.
Logo depois os pais de Edu mergulham em um assunto da empresa, envolvendo-o na conversa uma e outra vez.
No meio do jantar, percebo o olhar de Eduardo sobre mim. Eu o observo rapidamente antes de mastigar minha comida. Para fugir dessa encruzilhada, puxo conversa com Agnes, que aceita entusiasmada.
Aqui e acolá meus olhos colidem com os olhos incrivelmente azuis de Eduardo, mas rapidamente desvio o olhar, antes que alguém perceba a tensão entre nós.
***
23h59
A mansão está em completo silêncio.
Todos provavelmente estão dormindo agora, menos...
— Como eu te amo! — ele beija minha clavícula, causando-me arrepios.
— Eu também te amo. — confesso, levando a mão até sua nuca quando nossos lábios voltam a se encontrar.
Suas mãos estão por toda parte, queimando minha pele no processo. Seus lábios passeiam pelo meu decote, que a camisola revela, enquanto nossa respiração está entrecortada.
— Eduardo...
Ele me leva até sua cama enorme e agradeço pela porta trancada.
Quando nos deitamos, deixo que ele explore cada parte do meu corpo, inclusive meus seios. Ainda estamos vestidos, mas quentes como brasas.
Nossas línguas se encontram e gemo suavemente com o ato, sentindo a mão dele em minha cintura, segurando possessivamente. Como estou de vestido, abro minhas pernas deixando que Eduardo se deite entre elas. Meu rosto esquenta assim que sinto sua evidente excitação contra minha intimidade coberta pela fina calcinha. Gemo suavemente quando Eduardo se esfrega contra mim ao mesmo tempo em que aprofunda o beijo.
— Não quero apressar as coisas, mas...
Ele deixa a frase no ar e apenas aproveito esse momento com ele, longe do olhar de todos.
Depois de alguns minutos, decido frear os movimentos de Eduardo, temendo ir longe demais com ele. Ainda é cedo para tentarmos outras coisas. Quero muito, mas ainda não estou pronta.
Ele para de me beijar, encarando-me confuso.
— Ainda não estou pronta para ir mais longe. — murmuro ofegante. — Você pode esperar?
— Claro. — seu semblante ainda parece torturado. — Tudo no seu devido tempo, flor.
Sorrio, agradecida pela sua compreensão.
— Mas podemos nos beijar muito enquanto esperamos. — murmuro, faminta de seus beijos.
— Por que não me disse antes? — Eduardo sorri e volta a me beijar profundamente.
***
No dia seguinte, ajudo Agnes com suas atividades de casa e agradeço por ser boa em matemática, ou me enrolaria ao tentar explicar os cálculos.
— Antes eu odiava essa matéria, mas você me fez gostar. — ela sorri guardando seu caderno na mochila.
— É bem simples na verdade. Basta se esforçar para entender.
— Sim, agora tenho certeza disso.
Depois seguimos para a sala e Agnes liga a TV enorme, já que insisti para ela sair do quarto.
Corro para a cozinha e preparo uma pipoca sob o olhar divertido de uma das cozinheiras.
— A menina gosta de você.
— Acha isso?
— Sim. Dá pra notar. Ela nunca agiu assim com ninguém. Quer dizer, já faz algum tempo.
— Me explique essa história melhor. — espero a pipoca ficar pronta.
— Bom, antes de Agnes entrar no ensino médio, ela era muito mais animada e sorria com todo mundo. Nós a chamávamos de raio de sol, por sempre alegrar a mansão. Mesmo com os pais constantemente no trabalho, ela nunca ficava triste. Nunca entendi o que aconteceu para mudar seu humor. Fico feliz que esteja voltando ao normal desde que ela te conheceu.
— Agnes é uma garota de grande coração. Creio que ela voltará a ser o raio de sol dessa casa.
Nem que eu precise intervir, penso.
Depois de pronta, decido voltar com a pipoca para a sala, mas acabo encontrando Luíza na porta da cozinha. Fico sem jeito diante do seu olhar avaliador.
— Boa tarde, senhora.
— Boa tarde. — murmura simplesmente, ainda séria.
Fico bem incomodada diante do seu olhar, e agradeço muito quando ela abre espaço e volta sua atenção para uma das cozinheiras.
— Quero falar com você, Diná. É sobre o jantar de hoje à noite...
Saio dali e sigo até a sala, sorrindo diante da animação de Agnes quando vê o balde de pipoca amanteigada em minhas mãos.
Espero que estejam gostando❤
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Me Abrace Bem Forte
Любовные романыMargarida Bellini é tão peculiar quanto seu nome. Bonita como a flor do campo, consegue capturar a atenção de Eduardo Bittencourt assim que se veem pela primeira vez na pequena região onde vive com a mãe e o irmão. Depois do primeiro encontro, não v...