wow, boa madrugada, pessoal.
Mil perdões pelo sumiço. Aconteceu muita coisa na minha vida pessoal e até pensei em desistir do wattpad, mas decidi voltar para cá, até porque essa plataforma é minha segunda casa e eu não poderia fazer isso com vocês.
Prometo não repetir o desaparecimento e nem a demora nas postagens.
Boa Leitura!!!
⚘
— Oh, eu... — gaguejo, com os olhos arregalados.
Eduardo ri brevemente antes de assumir uma expressão meio séria.
— O que você está fazendo aqui? — a pergunta não está carregada de rispidez, está apenas... divertida.
Tento não me concentrar em seu torso nu enquanto olho para os lados.
— Limpando? — arqueio uma sobrancelha.
— Ah, você é a nova empregada da mansão, certo? Eu quase tinha esquecido. — comenta, passando por mim em direção ao guarda-roupa. Estremeço pela breve proximidade.
— Sim, mas não fui rejeitada por pouco. — murmuro, lembrando-me do surto da namorada dele.
— Ah, sei. Relaxa. Pilar não é uma vadia na maioria das vezes. —Eduardo volta seus olhos brincalhões para mim.
Meus lábios se entreabrem levemente com suas palavras.
A forma como ele se referiu à namorada é tão surpreendente. Na verdade, tudo isso é surpreendente afinal esse garoto na minha frente quase não lembra o Eduardo quieto que eu conheci no campo.
— Ok. — suspiro, recuperando-me da surpresa. — Eu tenho que ir, senhor. Já terminei de arrumar o quarto. — murmuro nervosamente quando ele leva suas mãos até a toalha.
Ele não está pensando em ficar nu na minha frente não, né?
— Espera. — paraliso quando ele pega meu pulso, me puxando de volta.
Fico frente a frente com ele, e me esforço muito para disfarçar a expressão espantada.
— O quê?
— Como assim você já vai? Até parece que sou um estranho. — comenta com o cenho franzido. Tenho que levantar a cabeça para alcançar os seus olhos, afinal ele é bem mais alto do que eu. — Por que está me tratando de modo tão formal, flor? Não se lembra dos nossos momentos no campo quando eu te enchia de beijos e...?
— Para com isso agora! Alguém pode ouvir. — resmungo meio assustada. Se Célia ou outra pessoa escutar, estou ferrada e serei demitida na hora.
— E daí se ouvirem? — questiona irritado. — Até parece que eu vou deixar fazerem alguma coisa contra você!
— Certo, então me solta. — desvio os olhos do seu rosto lindo.
Por que, Edu? Por que você tem que ser tão perfeito?
— Não!
Volto meus olhos espantados para ele.
— O que disse?
— Eu disse que não vou te soltar. — sua voz está carregada de determinação e não sei como conceituar o que estou sentindo.
Para minha maior surpresa, Eduardo me vira de forma que eu dê alguns passos para trás. Quando me dou conta, estou com as costas pressionadas na porta do guarda-roupa enorme.
— Isso é ridículo. Por que está fazendo isso? — perguntei sem fôlego. Essa é realmente uma experiência cheia de adrenalina.
— Realmente quer saber? Você tem ideia do susto que eu levei quando te encontrei trabalhando na minha casa?
Nossa respiração se mistura conforme ele inclina seu rosto em direção ao meu.
Ter ele tão perto assim e com tão pouca roupa é uma tortura delirante.
Minha voz é tensa quando falo:
— Você odiou, certo?
— Odiei? — o sorriso que ele expõe é de tirar o fôlego. — Você está maluca, né, flor? Eu realmente adorei a ideia de você vir morar aqui e está tão perto de mim. Sabe por quanto tempo esperei te encontrar outra vez? Você não tem ideia da falta que eu senti de você.
Meu coração está batendo muito rápido agora. Essas são as palavras que eu sempre quis ouvir, mas...
— Você tem namorada, então não deveria falar essas coisas. — eu o pego desprevino e consigo empurrá-lo o suficiente para correr em direção à porta.
— Flor! — sua voz é frustrada quando me chama, mas já estou no corredor, dando tudo de mim para não voltar para perto dele.
***
É claro que durante todo aquele dia não tirei a situação recente da cabeça.
Eduardo provavelmente teria me beijado, a julgar pelo seu olhar, se eu não tivesse o empurrado e praticamente corrido do quarto. Na verdade, eu nem sei como reagiria caso isso acontecesse. Talvez se o beijo tivesse acontecido, eu, com minha patética força de vontade, não teria negado e então a merda estaria feita.
Todos nós sabemos que meu passado com o Edu não foi carregado de promessas, afinal tenho certeza que pra ele tudo não passou de uma paixão de férias. Ele nem sequer me deu esperança de retomar nossos momentos no futuro e isso é provado quando lembro que ele até mesmo tem uma namorada agora.
Tudo isso é motivo suficiente para ele não ter o direito de lançar aquele olhar repleto de sentimentos para mim, causando um reboliço nas minhas emoções.
Agora estou totalmente confusa e um pouco insatisfeita por não termos nos beijado.
Podem me julgar, mas uma enorme parte de mim queria que ele tivesse ultrapassado os limites.
Droga!
— Aqui. — dou um pulo quando uma das empregadas empurra algo em meus braços no corredor.
— Soraia, você me deu um baita susto, poxa. – resmungo, pegando as toalhas limpas e secas.
Ela ri da minha expressão.
Soraia é a pessoa mais legal que conheci até agora na mansão. Assim como eu, ela também veio de uma cidade pequena tentar a sorte na capital. Algo nela me lembra minha amiga Ana Clara.
— Desculpa. Você parecia mesmo bem pensativa. — murmura. — Você pode levar essas toalhas até o quarto do senhor Edu? Célia pediu.
— Hm, claro. — murmuro relutante.
Só me faltava essa! Voltar ao covil do lobo não é o que eu esperava fazer tão cedo, mas ordens são ordens e tenho que obedecer se quiser o emprego.
E é isso que faço ao seguir para o quarto do Edu.
Abro a porta lentamente, como uma criminosa e sigo até a cama para depositar as toalhas no colchão.
— Sorrateira como uma cobra. — salto ao ouvir a voz divertida. Ele ri ao presenciar meu susto. — Desculpa. Não foi minha intenção te assustar.
— Não me assustou. — forço um sorriso, com o coração aos pulos.
Nesse momento ele está jogado sobre uma poltrona próxima a janela. Deixou o celular de lado enquanto me observa atentamente.
Quando percebo sua intenção de ficar de pé, eu me apresso em caminhar até a porta e sair rapidamente.
Ouço sua risada atrás de mim e um sussurro alto que diz:
— Você não vai conseguir fugir de mim para sempre, florzinha.
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Me Abrace Bem Forte
RomanceMargarida Bellini é tão peculiar quanto seu nome. Bonita como a flor do campo, consegue capturar a atenção de Eduardo Bittencourt assim que se veem pela primeira vez na pequena região onde vive com a mãe e o irmão. Depois do primeiro encontro, não v...