capítulo 13

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Eu sabia que estava reconhecendo essa voz. — Agnes se ergue e tenho um vislumbre de sua expressão chocada e ao mesmo tempo feliz antes que ela se lance em meus braços.

Eu a abraço, ainda surpresa ao descobrir ela é a dona do quarto e também irmã do Edu.

— Céus, que baita coincidência. — consigo dizer após me recuperar. — Sabe, também achei que sua voz me lembrava a de alguém. Oh, Agnes, é muito bom te reencontrar.

— É muito bom te ver também, Margarida. —afasta-se do abraço, mas o sorriso não deixa o seu rosto meigo. Como ela mudou desde que a vi.

Ela parece mais magra e o cabelo loiro está preso em um coque. Além disso, seu rosto tem muitas olheiras como se ela não estivesse dormindo muito ultimamente. Isso me preocupa, quando penso que o bullying que ela sofria pode não ter acabado. Isso explica muita coisa, inclusive o breu anterior desse quarto e seu isolamento.

— Me conte o que aconteceu desde a última vez que te vi. — eu a puxo para a cama e ela senta ao meu lado. — Aquelas nojentas te deixaram em paz?

Agnes solta um suspiro e abaixa a cabeça.

— Sim, deixaram. — diz de repente, forcando um sorriso, mas algo me diz que está mentindo. E se estiver, vou descobrir. — Mas vamos falar sobre você. Como conseguiu trabalhar aqui?

— Depois de colocar uns currículos por aí, me convocaram para uma seleção e o emprego caiu justamente aqui. Eu não sabia que você mora nessa casa.

— E eu não imaginei que você estivesse trabalhando aqui. Que surpresa agradável!

— Põe surpresa nisso. — empurro seu ombro com o meu de brincadeira e ela sorri.

Até seu semblante mudou agora e fico feliz por ter uma parcela de influência em sua evidente animação. Eu não gosto de vê-la triste. Não mesmo. Agnes é uma menina tão boa e gentil, além disso, é muito jovem e não merece está afundada em solidão quando pode aproveitar a vida ao máximo. Faço uma promessa para mim mesma que enquanto estiver trabalhando aqui, vou tentar melhorar seu humor gradativamente.


***

Durante o final da tarde, assim que tenho um momento de descanso, tomo um banho demorado e só depois sigo até o quarto de Agnes

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Durante o final da tarde, assim que tenho um momento de descanso, tomo um banho demorado e só depois sigo até o quarto de Agnes.

Eu a convenci a deixar a janela aberta e espero que ela tenha cumprido nesse tempo. Ela disse que se sente muito sozinha na maior parte do tempo e me chamou para assistir um filme com ela. Claro que aceitei e é até bom, porque também não me sinto sozinha nessa casa enorme.

Assim que passo em frente à porta do Eduardo, tenho o azar da sua porta abrir quase no mesmo instante.

Antes que eu possa correr para longe e me refugiar em qualquer canto, Edu estica sua mão e pega meu braço, puxando-me para dentro do seu quarto enorme.

Me Abrace Bem ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora