Quando Jungkook chegou em casa naquela tarde, Momo e Jennie entravam por sua porta da frente. Isso queria dizer que Jimin estava na casa do policial, e não na propria. Jungkook gostou disso. Era melhor que ele se sentisse à vontade lá, pois só o deixaria voltar a dormir na própria casa depois que o assassino de Lisa fosse capturado. Talvez nem assim. Ele se divertia demais com o menor por perto para abrir mão de sua presença, ainda que temporariamente.
O dia tinha sido um horror de quente, e o suor escorria por suas costas quando Jungkook entrou em casa. Depois de colocar a pesada pilha de papel, metade dos arquivos pessoais da Hammerstead impressos, sobre uma mesinha, ele ficou um instante parado, inalando o maravilhoso ar frio. Agora que seus pulmões não estavam mais em risco de ser prejudicados pelo calor, ele tirou a jaqueta e seguiu o barulho até a cozinha.
Jimin servia quatro copos de chá gelado, o que significava que o vira estacionar o carro.
— Você chegou bem na hora — disse Park.
Jungkook tirou a pistola e o distintivo do cinto, e os depositou sobre a bancada, ao lado da cafeteira.
— Para quê? — Ele pegou um dos copos de chá e deu um longo gole, sua garganta mexendo.
— Estamos planejando um velório festivo para Lisa. A irmã dela, Ryujin, vai vir.
— Amanhã à noite, no meu apartamento — disse Jennie.
— Tudo bem. Eu posso ir.
Parecendo surpreso, Jimin disse:
— Mas, se estivermos todos juntos, não ficaremos seguros?
— Não necessariamente. Essa pode ser uma oportunidade perfeita para ele encontrar todos ao mesmo tempo. Não vou me meter, mas quero estar lá.
Jimin soltou uma risada irônica. Se Jungkook estivesse por perto, ele se meteria. Não havia como ignorá-lo.
Momo lançou um olhar expressivo para ele.
— Antes de começarmos, tenho uma novidade.
— Eu também tenho uma novidade — disse Jimin.
— Eu também — comentou Jungkook.
Todos ficaram esperando. Ninguém falou. Jennie finalmente interferiu.
— Como eu sou a única que não tem novidades, vou organizar a fila. — Ela apontou para Momo — Você começa. Estou curiosa desde que nos falamos pelo telefone.
Momo levantou as sobrancelhas para Jungkook, e ele soube que ela perguntava se havia problema em contar às outras o que estivera fazendo. Como a informação teria sido passada adiante para os amigos de toda forma antes da sua chegada, ele disse: — Pode contar.
— Eu fiz cópias dos arquivos pessoais para o Sr. Kim— disse ela. — Ele disse que deu permissão para um detetive analisá-los.
Três pares de olhos se viraram para Jungkook. Ele fez uma careta.
— Eu trouxe bastante trabalho para casa. Vamos jogar todos os nomes no sistema para buscar antecedentes ou mandados em aberto.
— Quanto tempo isso vai levar? — quis saber Jimin.
— Se nada no computador nos levar na direção certa, vamos ter que analisar cada arquivo e ver se alguma coisa chama a atenção, algo que talvez precise ser investigado mais a fundo.
— Um dia? Dois? — insistiu ele.
— Você é chatinho com essa coisa de otimismo, não é? — Ele tomou um longo gole no chá.
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O homem perfeito
Romance(EM ANDAMENTO) Como seria o homem perfeito? Esse é o assunto que Park Jimin e suas amigas discutem certa noite. Quais seriam suas principais qualidades? Seria ele alto, atraente e misterioso? Precisaria ser carinhoso e atencioso, ou apenas musculoso...