Vinte e oito

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NOTAS DA ADAPTADORA

Oi, gente.

Sim, eu optei por dividir o ultimo capitulo da historia, teremos 2 partes.

Me desculpem a demora para finalizar tudo, a parte dois sai essa semana mesmo, divirtam-se e podem me seguir para mais adaptações e informações no meu twitter (chleebtc)

Estou penando em lançar o meu primeiro original, então fiquem ligados.

xoxo, Aliie



DONG HAE

Uma porta se abriu lá fora. Hae congelou, escutando os passos pesados cruzarem o corredor; então, veio o som de outra porta abrindo e fechando. Era alguém da manutenção, percebeu ele. Se o homem tivesse olhado naquela direção e visto a porta do depósito aberta, com certeza viria investigar.

Hae ficou agoniado. Por que não pensara na possibilidade de haver um zelador por perto? Devia ter pensado nisso; ele não fora cuidadoso o suficiente, e mamãe ficaria irritada.

Ele olhou para a mulher deitada no chão sujo de concreto, quase invisível sob a luz que passava pela porta aberta do depósito. Será que ela ainda respirava? Ele não sabia e, agora, estava com medo de fazer mais barulho.

Aquilo não fora feito da maneira correta. Ele não se planejara, e isso o assustava, porque, quando não fazia algo com perfeição, mamãe se irritava. Hae precisava agradá-la, tinha de pensar em algo que pudesse fazer, alguma forma de compensar seus erros.

O outro. Aquele com a língua afiada. Ele também cometera um erro com ele, mas que culpa tinha se o vagabundo não estava em casa? Será que mamãe entenderia?

Não. Mamãe nunca aceitava desculpas. Ele teria de voltar e acertar.

Mas o que faria se não o encontrasse de novo? o vagabundo não estava no trabalho; Hae sabia, porque tinha verificado. Onde ele poderia estar?

Ele o encontraria. Sabia quem eram seus pais, onde moravam, sabia o nome de seus irmãos e seus endereços. Sabia muitas coisas sobre ele. Sabia muitas coisas sobre todo mundo que trabalhava ali, porque adorava ler os arquivos pessoais. Ele podia preencher números de documentos, datas de nascimento e descobrir várias coisas sobre todos no computador de casa.

Park Jimin era o último. Hae não podia esperar. Tinha de encontrá-lo logo, precisava terminar a tarefa que mamãe lhe dera.

No silêncio, ele deixou o cano ao lado da mulher imóvel e saiu do depósito. Fechou a porta com o mínimo de barulho possível, e então saiu na ponta dos pés.



O detetive Min Yoongi  parou diante da mesa de Jungkook com um fax.

— Aqui está o relatório da pegada que você estava esperando. — Ele pôs o papel sobre uma pilha de relatórios e seguiu para a própria mesa.

Jungkook  pegou o fax e leu a primeira linha: "Não há registro da sola..."

Como assim? Todos os laboratórios de perícia criminal atualizavam regularmente os registros ou as bases de dados de solas de tênis. Às vezes, demorava até um fabricante mandar uma atualização quando mudava os estilos ou se recusava a colaborar por motivos próprios. Quando isso acontecia, o laboratório geralmente comprava um par dos sapatos em questão para conseguir a sola.

Talvez os sapatos tivessem sido comprados no exterior. Talvez fossem de alguma marca obscura, ou talvez o sujeito fosse esperto o suficiente para ter usado uma faca para modificar a sola original. Mas Jeon duvidava disso. Aquele não era um assassino organizado; ele funcionava à base de emoção e oportunidade.

O homem perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora