Vinte e seis

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Na manhã de domingo, Jimin acordou às dez e meia. E foi só porque o telefone tocava. Ele começou a tatear em busca do fone, lembrou que estava na casa de Jungkook e se aconchegou de novo no travesseiro. E daí que o aparelho estava do seu lado da cama? O telefone era dele, e a responsabilidade também.

Jungkook se mexeu ao seu lado, todo calorento, duro e com aquele cheiro almiscarado.

— Pode atender o telefone? — disse ele, sonolento.

— É para você — respondeu Park

— Como você sabe?

— O telefone é seu. — Jimin odiava ter de dizer o óbvio.

Resmungando algo baixinho, Jungkook se apoiou em um cotovelo e se inclinou sobre ele para pegar o fone, esmagando-o contra o colchão.

— Pronto — disse ele. — Jeon. — Houve uma pausa. — Sim. Ele está aqui. — Jungkook soltou o fone no travesseiro diante dele e sorriu. — Irene quer falar com você.

Jimin pensou em alguns palavrões, mas ficou quieto. Jungkook ainda não o fizera pagar pelo "puta merda" que ele gritou quando bateu com a cabeça na mesa, e seria melhor que não se lembrasse disso.

— Alô? — disse, aconchegando o fone contra a sua orelha enquanto Jungkook deitava ao seu lado.

— A noite foi longa? — perguntou Irene, sarcástica.

— Durou umas doze, treze horas. O tempo normal para esta época do ano.

Suas costas foram pressionadas por um corpo duro e quente, e uma mão dura e quente acariciou sua barriga, subindo lentamente para seu peito. Outra coisa dura e quente pressionou sua bunda.

— Rá, rá — disse irene. — Você precisa vir buscar esse gato. — Ela não parecia estar disposta a negociar.

— BooBoo? Por quê?

Como se ele não soubesse por quê. Jungkook agora acariciava seus mamilos, e Jimin colocou a mão sobre a dele para interrompê-lo. Agora era o momento de se concentrar; caso contrário, o gato acabaria voltando.

— Esse bicho está acabando com os meus móveis! Ele sempre pareceu tão bonzinho, mas é um demônio destruidor!

— A mudança de ambiente o deixou nervoso, só isso.

Privado dos mamilos, Jungkook desceu a mão para outro lugar interessante.

Jimin apertou as pernas para interromper o caminho dos dedos.

— Ele não está mais nervoso do que eu! — Irene parecia mais do que nervosa; ela parecia indignada. — Olhe só, não posso planejar o seu casamento se tiver que ficar vigiando esse gato demoníaco o tempo todo.

— Você prefere arriscar que ele seja morto? Quer ter que contar à mamãe que o gato dela foi mutilado por um assassino maluco porque você se importa mais com os seus móveis do que com os sentimentos dela? — Nossa, esse tinha sido um golpe de mestre, pensou ele. Magistral.

A respiração de Irene estava pesada.

— Isso foi um golpe baixo — reclamou ela.

Jungkook soltou a mão presa entre as coxas e escolheu outro ângulo de ataque: o traseiro. Aquela mão destruidora de pensamentos acariciou sua bunda e então desceu mais um pouco e passou para a frente, encontrando exatamente o que queria e acariciando ali. Jimin arfou e quase soltou o telefone.

Irene também escolheu outro ângulo de ataque.

— Você não está na sua casa, está na de Jungkook. BooBoo vai ficar bem aí.

O homem perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora