Suna estava no sofá com o celular em mãos, o mesmo digitava sem parar a algumas horas, sempre pensando bem nas palavras que colocaria naquele texto. A cada parágrafo uma memória, e a cada memória uma lágrima. Não é fácil dizer adeus a quem a gente ama, mas não tinha escolha, Suna não sabia se iria voltar então não pediria que você esperasse por ele, e ele sabia que se dissesse a verdade você esperaria nem que fosse o resto da vida.
As coisas do moreno ja se encontravam na mala e era por volta das 8h da manhã, Suna terminou de escrever a mensagem e te enviou, por conta do remédio você estava dormindo e não acordaria nem tão cedo, pelo menos era com isso que Rintarou contava. Ele guardou o celular no bolso e juntou todas as coisas que levaria consigo, deixando apenas as mobílias da casa e as lembranças vividas ali. Suna foi até o carro colocando as bagagens no porta-malas e entrando no veículo dando a partida, havia um lugar que ele precisava ir antes de ir embora.
Suna dirigiu por cerca de 20 minutos até chegar ao lugar desejado, sendo esse lugar um cemitério, estacionou o carro e saiu do veículo, caminhando até um túmulo específico e se sentando em frente a ele. Rintarou pegou o celular no bolso e removeu o chip, respirando fundo antes de começar a falar.
—Eai mãe, faz tempo que eu não venho te visitar, né? Me desculpe por isso, mas como pedido de desculpa trouxe isso pra você. –Suna pegou um saquinho que contia o pó branco e colocou enfrente ao túmulo fazendo uma pequena fileira, o resto que sobrou no saquinho colocou sobre a parte de trás do celular também fazendo uma fileira e em seguida cheirou todo o pó –É uma pena que não posso cheirar a sua, se quer saber, também é a ultima vez que faço isso. Me pergunto se você estaria decepcionada comigo agora, provavelmente esta brava por eu e o velho estarmos sempre brigando mas acho que isso é algo que não se pode mudar, você era a única que conseguia unir a gente, sem você aqui nossa relação de pai e filho virou um caos, ainda mais por ele ter sido o motivo de eu não ter ficado com você em seus últimos dias. Você não queria ir, então porque deixou que ele te obrigasse? É isso que eu não consigo entender, mãe. –Suna respirou fundo e fechou o olho logo sentindo os efeitos da droga em seu sangue. –Eu conheci uma garota, ela é incrível e eu a amo pra caralho, tenho certeza que gostaria dela, ela é dona de uma personalidade única e um sorriso que me quebra, ela é perfeita, até demais pra mim, eu to indo embora por ela e não sei se volto, acho que essa é a ultima vez que te visito, mãe, então adeus.
Suna se levantou e seguiu seu caminho até carro, entrando e dando partida no veículo, indo direto para o aeroporto, demoraria uns 15 minutos para o mesmo chegar. Quando chegou, o mesmo adentrou o local já com as malas em mãos, o pai de Suna já esperava por ele com alguns papéis em mãos, Rintarou se aproximou do mais velho tendo seu corpo envolvido em um abraço.
—Ainda não gosto de você, me solta. –Suna falou neutro e e o pai o soltou em instantes.
—Estou feliz que esteja indo, Rintarou.
—Tô sabendo, me dá logo os papéis pra eu cair fora daqui. –o mais velho entregou os papéis a Rintarou, que os pegou e virou a costas, saindo andando rumo ao embarque parando ao ouvir a voz do pai.
—Sei que nosso relacionamento de pai e filho tem sido péssimo nos últimos anos, mas quando você voltar eu queria que me desse a chance de mudar isso.
—Tchau, pai. –Suna seguiu seu caminho recebendo um sorriso do mais velho, fazia muito tem que Rintarou não o chamava de pai sem falar com indiferença.
Suna fez o check in e despachou a mala, indo para a sala de embarque, não demorou muito para que as últimas chamadas do voou fossem anunciadas e em poucos minutos Rin já estava sentado no avião prestes a decolar. Ele olhava pra janela e era como se um filme passasse na cabeça do moreno, ele sentiria sua falta mais que qualquer outra coisa, mas se ele ficasse não conseguiria se livrar do vicio, e ele não aguentava mais ser controlado pela droga. O aviãos decolou e Suna ligou o celular para colocar uma música, sorrindo ao ver a tela de bloqueio, era a foto que haviam tirado no dia que ele te pediu em namoro, isso o fez olhar a aliança que ainda estava em seu anelar, ele a tirou e a colocou no bolso pensando em alguns momentos bobos que viveu ao seu lado, desejava ter a chance de viver aquilo de novo, ele nunca iria te esquecer e sempre iria te amar.
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𝐃𝐈𝐆𝐀 𝐐𝐔𝐄 𝐍𝐀𝐎 𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐈𝐑 [𝐒𝐮𝐧𝐚 𝐑𝐢𝐧𝐭𝐚𝐫𝐨𝐮]
Poetry[Nome] é uma jovem universitária que terminou seu relacionamento a pouco tempo e não se imaginava amando mais ninguém depois de seu termino, Ate um Jovem problematico aparecer em sua vida e mudá-la completamente. *Possiveis gatilho* -Drogas ilicita...